A Estrela do Norte 1863
A _ES'l'RELLA DON OH.'rE. 59 1 Como en te disse, a ini ss~LO to rnon-s,, parochia ; o , u perior ecdesiasl ico 1111: qniz co nsnvur :.i incl a em m eu posto ; mas foi Jni ster ret11M1cia l-o. Faltavam– me jii as fo rças p11 1a tão 111dc 111i– n i, te rio. Os annos le vam muis J o q11e tra– z em; uepois as memor ia da pnt, ia me pun g iam a i11d n o co ra ção. Qu e• rin morrer onde tinha n·,sciLI P. T enho 70 nono,; e não liesej o tll i:!Ú S<'não ir ver se lú do alto podere i a vis-– tar a m i~ ão que fundei, e orar a ÜPos pnr ti e por ella. P nní, 7 tle fe vereiro de 186: l. À . F I M. DE OS E' ·.runo. Deos é a pl enit11de J e 10Llns a g-rn– ç as, de t0rlos 09 bens, UL~ todas as pe rfeições as mai s snbl1111"S. Deos é i11 fi r.i i10,-; por isso faz os ma io– res ben,fi ciw (ts cren-111ra, , e cun·;a 1w - 11huma recebe por e\ll-':,. Tudo o q ne temos 1i11s vem d e D co~; mas El le J1âo tem nada 11 0. s ,1. D eos é e{e rno ; E ll e cxi. 1i u, e cx is– ti1 :S. sempre. Nós Ccrn1 arnos os u11no,, os dias d e ·nossa ex istencia : Oeos , porém, não co– nh ece principi o, e nu11w terú fim . Deo::1 é in11 ne nso, e e sel'\dalmen te .presente e n; tocln a pa ite. Qua nd o nos nch.imos em um Joga r, niio podemo· esta r eni outro ; m.s Ü,·os e~ tá eni todos os laga res, no séa, soh1·P. a terra , no mar, de n1ro e fó ra de nós. Deos 0 irnm utavel : tudo qunnto E ll e q uiz sa uta mc nte OPsde toda a etern idade o q ner e quererá sempre. Deos é poderoso ; e ant e 1•:ll c touo Cl po<lcr dos li omens €: pnra frnq ueza , é nada. neos é sr1bio; e na 5ua presenç.i toda a abedor ia dns creatnras é so- mente igoorancia. _ Deos é jmto; e pcrnnre o ,eu tn– bunal celeste> toda a juitiça clri. terra ê viciosn . Et -in angelis sitis reperit pravitc1tcm. D ,)OS é m iseri cord ioso ; e na ua di – vina pte~euça toda a cleme ncia <los horn ell3 é impe tfr•ita . D eos é ~a n to ; e pera n te e'll e toda a sn 11tid ade das c ret\ turas é inhn itu – rn e nte defei lllosn . Deos é rico, e rrn sua J>res<."1lÇa ro– da~ a~ riquezas do mumlo não passam de pobre~a.. , E lll ii m, Deos é tudo; ti. vi tn clelle todas .i~ creatnr as siio u ,11 nada. Tarn– qucun nihilwn aulete. (Extrahido.) --- º QUE E' UM SACERDOTE. S abeis vús o q ue é ll tl"\ sace rdote, vós a qnem ,ó este nome i1ri ta ott faz ri r de des prorw ? Um snce r, 1 ote é, por dever, o amigo, a pro-viJeni;ia vi– va el e todos os infe li;,;<'s, o cor~so lado r d 1s a ffiic lus, 9 defenso r de íJ.U '-' rn gue.r que é i11defenso, o a poio da viu va e pni 1l o nrphão 1 o re pa rador de todas ns uesoruens e de todos os ma les, qne a~ vossas pa ixões e as vossas fo ne -tas dontri nus prod t1 ze1n. A sua vida in1Pi1 a é nm longo e hero ico sacri ficio ÍL fc l1cidnde de seus seme lh11 11 rcs. Q ual <:lc e11t re vós consenti rtn em tr ocar aq a lr gr ins rlomestica~, rodos os gozos, tud os os bens que os homens procuram tão avidamente, corno fo7. o sacerdote, por traba lhos obscuros, por dPve res penosos, por funcçõ es, cujo exc1eicio pnrrc o coraçf10 e de~gosta os scn ti dos, não reco! Ilendo muitas vezes outro frnc to de tantos sacrifü:ios rnai3 do que u tlesdem, a i11gratidão e o insu lto? Vós ,1inda estais mergulhados em 11111 profu11do omno, e já o homem ua cciridade, prevenindo a amora, re– começou o curso de suns beneficas obrns ; ai livion o pubre, visitou o en– fe rmo, cttxngou as lagrimns <lo in– f~r tuiuo, on tez _co rrer ns do nrrepen– d1mento; 111strnm o io-norante furta- i - 1· <::> ' cccn o raco, e firmou na virtude a'l a lmas . perturbu:..lns pe las tempe~tades das paixões. 1
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0