A Estrela do Norte 1863
l' . - A.N~O DE 1863. DO:\U~GO 2:2 DE .l?EVEltEIRO. :NUlIElW 8. oOJl o s. Uôl'!ClllJ 01: 5, 1,;x, in: nu. O , n. µ . • \:-1·0:<U) Ili: ll.lCJ;IJO COST.t , V I l'() DO 1•.u:. ' . • O ·OURO. R O .,IA :'i C 1:: . [Cone! ~dlO- l v. - O que é o s-e1·irtgc,l, sr. Cura, perg untou o Jovcn An<lré ! - E' o Seringai, filho 1ncu , co11ti– n11on o nncião, 11111 logar eh .floresta que contém grande numero t.l t>ssns ar– vore~, cuj,t leitosa seiva, coagulada, depois enfumaJa, dá o prndnct!J co- 11hecido sob o! nome de i.Jorraclia (caout– cliour;). Em 1853 foi e sa gumma mui procurada nos mercado~ d1t. Europn, a11ingindo o preço f1bulos-.> do 36$ a ;uroba. Todos os lavrn.Jores deixa ram sens campo. sem<>ndos, as roça~ tornaram– ~e baldias, era um fnror ; a febre do ouro devorou em um mome nto e., ·es po– bres Iud ios tão dcsi nLCrcs ados; os fa · zeliores de seri n~a angariavam pro e– lytos, oITerccentlo-lhl!s exorbitantes sn– lnrios; despovoa ram-se as aldeias <: Ot:! seri ugat>s se abiurotaram de tralm– lhadort>s avido ·. Deba ixo desas amenas somb ras ela florestas umazonicas, ne ··us ilhas ~ol1- tarias n1,11c.i devassoclas por olhar hu. um 110, (! ue de crimes se uão co111111ct– tera111, q11e de excessos su não per– petr;rnrn1 ! Tudo motivaclo pe la funesta st:<lc do onr,,. E, como P11 te diSiic, ,.;obriram-~e nus– s_as roças de hcrvn.s pa.rasytas, e, no ~m uc alguns mo:tes, upcnas se pode– l'IU <li tingnir um togar cultivado nes– sa grnnde á1ci1, em <1ue antes se dcs- Vcnitc ot o.mbulcwus in luwino Dowini I ,u. II. 5. Pnvolvia111 com wuta opulencia e f~, rmos11 ra as vii e u tes lavoura · d~ noR QS uo11s i11digc,nas . Todos os dias uma caba IH\ ela. 11,is– são apparccia Vrl::;in, e q uando eu per– g-nntava ao s11hdelcgado u que era feito dos habitalllf'~ da choç:a aban– donada , elle me dizia com ar meio mofodo r: Fornrn fazer setinga .... Um din, sem nada tl.izer, deixei a alde13, e foi ao teringul. A arvore que dá essa tüo umbi..:io– nada droga cresce en1 tcrreuo de aL l11vião; iJS l.>arrncas sob as 4uaes se abrigam o trabalhadores, são pela mór pnrte roJeuda , Je aguas estagna– tias, focos de emanações pulridas; horríveis febres 1einam tiob es ·1 s som– bras seculares, 011de .ipenas pc11et ra111 os domados raios do sol. A alimentação é escassn, pourn sã e comprada ,l peso de ouro; algurnns gollas de nguarclente ahi são pagas por n111 dia dti pt>uoso t1nbnlho; pa– ga -se bem o se, viço, mas tambcm os objec1.us uecessa1 lüs ú vida se vendem a preços excess1 vos. Mata a febre avultado numero de trabttlhadores e todus n1aldizern, ta11Je, sua lo uca impru<lcni;1:1. Logo que a nova de minha chegada ~e c!pa l liou entre us sering11e11·0 ,, os ln– t.lio:s tfa n·iissãu vil'ra111 a 1111111, d1ori.t– rn.111 ao vcr-111c, 11111 1tu.:1 fnltara1n a.u np1,ello; os que rc ~tn.va, n , palliuos cx- .1, ' ' t 11uados, cau ·avam uo e luslima · as pobres mais me beijavam as miws' e os meninos c~tavam todos inchadus c'omo hydropicos. Cheguei a tempo pa ra aum1111~trar
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