A Estrela do Norte 1863

A ESTRELLA DO NORTE. 43 - MORRER. Eis .iqni o fim do horne:11, o ul– timo e o mais•terrivP.l de seus dias, o escolho de sua glorin mundana. Dcisras, pagãos, mahometano.s, chris– tãos e fin a lmente todo o mortal tem no tnmulo o sen lognr, e cansa nenhu– ma pócle desviar o raio q ne os deve re– <lnzir a pó. Separar-se para sempre do mundo, deixar na terra pan' ntes, amigos, bem– feitores, fortnnns e esperanças ; tornar á vil cinza donde se tinha sahiclo, dei– xar apú de si um cndaver, cujo chei– ro snffoca a respiração; dPscer ao sepul– cro, onde hnbitnm a tristez ·l e o hor– ror, se rvir de pasto nos bichos que, sustentando-se da sub tancia dos ossos, aniqnilam os miseraveis res tos da hu– mnnidade : eis aqni o que é morrer. P orém morrer segundo nos ensina a fé, é passa r da terra á incomprehen. sivHI eternidacie; é comparecer ante o tribnnnl de J esus Chri to para dar con– tas ch s acções da vida, e sr r pe,ado em uma hnlança sn pensa entre o Céo e a T errn. - Qne terrivcl não será para o pecca– dor a palavra mon·er, e que doce não se rá elb p,u-a ó justo. Assim deve ser, porque 11io?"?'e,· pna o peccaclor é incorrer para sempre na m,ddição Lie Deos e de Sf!ll'i Anjos, é fi cnr sen<lo vict1ma do furo·r dos cl emo– nios, é ser lançado na profund ezn da eterna noite, (: temer pela primeira vez um Doos, cuja mão ju ticeira o per.'0 - gue e suffocn. Morrnr pnra o jll to é deixar os soffrímentos e receber das rnúos <le Jesns Chri1>to a corôa d11 ver– dadeira gloria o bemavenru:-ançn: é nnir-se finalmente a Dcos por toda a cternidaLle. Oh! feliz es seri amos se pensasscmos bem no que é mo1·rer ! ( R'L·trahido.) ta estava um janlim delicioso, orna– do ele mui bcllas flores, e dos mai s exquisitos fructos ; e á esquerda um abysmo profundo, 11m horrivel pre– cipício. ... Um meninu trepado nes– rn arvore se dirigia parn os galhos do lado esquerdo, qne estavam p:indentos sobre o abysmo, para tirar um pouco de mel silvestre nhi depositado pelas abelhas: elle não considerava que essa torrente, que corria no pé da arvore, lhe !llÍnava insensivelmente as raizes, e a amcnç ...va d•! Um('. proxima rni11a. Seu pai,qncestnva nobcllojanlim, lhe cstcndi.i. os hr:iço,. M0u filho, rncn filho, lhe dizia elle lament.an . do-sP, qne honivel imprnclencia ! Vós nãovedesq ne essa arv.,re vni ser derri~ badn, q11e ameaça ruiun, e vos lançará nesse precipicio? Pn sa i, passai para os galhos do men Indo ; pri.ssni, porque se cahirdes eu vns npnrnrci nos meus urnços; entrnrcis neste jnrdim, onde achareis mel mnii, abunrlu11te, ma is doce, e mais nudrível mil vezes mais que esse que buscais •.•• l\IOilALIDADE, E tP 1nenino, di7. S. João Oamtis.. ceno, sois vós; a nrvorc é a vossa vida, a torrenle é o curso dosannos, que passa e lera a cmb in tante uma par– le da vo~a existencin. A' direita es'á o Parniso; e á es– qnercla os ul>ysmos <lo iufemo. O l<'ilho ele Deos vos convilb para o lado direi to, isto é 1 elle vos acomelhn as obras de piedt1de, Lle caridade, de mortificação, de penitencia; elle vos esten•Je Oi braços, e está prompto para vos receber e vos dar lagar no céo, nPste jardim de delicias, onde os ver– dadeiios bens, as fe licidades, os con– tentamentos de toda a cspeciese acham em ahundancia • • • • e vós vos atirais p ARAilOLA DO EVANGELIIO. a um favo de mel silvest,e, não sei porque vn idade e porq ne vol nptuosidac'e Ilavin uma arvore plc111tarla entre sensual ! , , , . Pobre homem! pobre ho– Jons Jogares bem dilf.: rcntcs; á direi- . mcm, não redes qno e-ta arvore vai

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