A Estrela do Norte 1863

4.12 AESrt' RELLA.DO NOR'l'E . sua palavra de honra e desde enUio uunCl\. maia poz á bocca um copo de ,-inho. Cont.a-se um rasgo sememelhante de Carlos XII, rei da Suecia, famoso por sua coragem militr..r. Em uma occnsiii.o em qnc estava embriagado insultou gra,ementc sua mãi; passada a embriaguez soube do iusulto que fizera i sua mã.i. Y ai imme– diatamente ::w quarto ela rainha e mandou buscar uma garrafa de v inho e um c6po; bebeu sem dizer uma palana um c6po cheio de vinho na presença de sua mãi, que estava admirada. Quando acabou, dis– se á sua mãi com. a maior emoçi:Lo : Se– nhora, acabo ele beber .i stw. saudr, o ulti– mo c6po ue ,inho em minha ,·ith. Sei até que ponto a embriaguez àe hontem me tornou criminoso, e por isso peço-Yos hu – mildemente que me perdoeis. " J; dizen o estas palavras deitou f6rn a garrafa que tinJ1a na miio e fel-a cm pedaços. Car– los XII nunca nlais bebeu sen,1o agua. Conta-se na ,ida ue S . Felippe K cry, que um mancebo de uma vicb libertina, que tinha vindo procurar o Santo- pnra s.i confessnr e emendar, com a sua a~sio– tenci~, de seuil criminosos hnbitos, tivera o. coragem de voltar á confcs~;ir- sc treze dias consecutivós, a(} cabo dos quncs ficou ·vencedor. 8 . FPI ippe N'er_y Linha-lhe pe– llido que o viesse procurar toda$ ns ,·ezes que a sua fraqueza o arrastasrn ao pec– cado. lsto é que 6 ene rgia ! Is tn 6 qne são homous. Qtiantos cxem1)los Je força e rersf.Ye rança não podiamos citar ainda I l'ódc di– zer-se que todos os bons christ;los ( e gra– ças á _TY-eoõ não sã.o elles poucos) s..1.o uma v1,·a condemnaç.,o do famoso: N'ã.o poi,so ! Todoi os homens tecm rts mt>~mns " f'aixõcs; a unica differença está. na com gem em sahcr ,cncel-as. Coragem pois, amigos lcitorc,, corngem, e sejamos bons christáos. Nãc c::rngcreruos as difficulda<lcs, e lembremo-nos da mao-ni – fic:i. recompensa prumc tida aos Ycnc:do- • :.cs, O trabalhador cm·1,,0110, Em uma pequena. cidade de :Mosselle vivia ha ten!pos uma poure familia de ar– tistas, O pài morreu depis de ter esgotado todos os seus rccw·r;os. Por sua morte n,,o ficon nrm um ccitil rm cn~a A pt>nas ha.- via nm en1cif1xo <lc mA<l ·ira, porqnc todos os outros moveis tinhnm <ll'.• aparecido. 'fodav;a a mfii não perdcn o animo, e fa. zendÓ da sua p:utc Lo<l:is di ligencia Iara. snstcnt.ar os seus rlois filhos passani. os dias e as noi te a trabalhar. .fa css,\ pobre mulh er niio f,Ji mais feli z elo que seu ma– rido : passnd as n_lgnmas s, manas adoeceu gravemcnt.e. Em uma manhã do mrz de mnn;o, um:i visi.Óba entrou em sua c:isa para lhe pres – tar aquelles pcrp1enos sen·iços que cosw· mava fazer- lhe e r1uc pedia a. Slln posição : achoH-a morla. A more ti11l1a pa~s~do por :ili naqnella 111oitc. A offic:u;;a visi11 lrn Yiu os dois o;·pliãosinno~ qnc dorm it.arnm no berço com o sorriso da innocrncia. Pobres creançns ! . .. não sahinm da clesgraç:i por r1ue acabavam de passar. A pobre mu hcr njoelhon-se diante do cadaver desta mili cerrou-l he piedosamente os olhos cobriu'. do-lhe o rosto com o seu ultimo lençol. J~m quanto se oc?npava destes _ana1 1jos ::icordnrarn os men100s. A boa v1smha tor- 11 011-0s a adormecer com bra11dura, r1 acon– ,;elantlo-se s,\ com o seu coraçii.o disse com sigo : ".Yot1 lcntl-o comigo .. '. Dco;; far{i. o rrsto !. . . . " O resto ! . . . . era tudo ! Esta 11iu hr-r mfâ como a viu1·a eia Uio pobre como elh. O seu rnnrido, traball,acl:,r hborio.,o ga– nhava me,ios mal a sua Y1da, qunndo faziri. bom tempo; m:is no inYrrno poucos meios podia h;.i:·cr para ~neLcntar aqncll~s qne hnto cst1rna-va. A hom do Jantar Ycin :í. casa e aehuu a m11lh<"r pe1rnaLiq: 0 .i:la– "ª seisnrnmlo como lrn.,ia de ::commodnr os cloi filhos da viun1. - ~fulhrr, lhe diz _e-le n.br ::ç,mdo-n, porque r ::UÍ3 tn tão Lnate? ü <titl' é quo te dá cnidado? -1·,, ,. men amigo. nada ha que pcr– tu1 bc n. minha. felicidade n(•m a. tua ... O 'lllC me affi1ge ó a desgraça dos ou– tros .. .. - Então qual ó 0ssa. Uf'sgraça? Expli- -, 0 ca-lc. L> -Pois nii.o sabes? A noi;sa visinha morre 1 esta noite. - :.Iorren ! diz o trabalhador, Oh! "ll niio te~1 l~o pena. della . . . . para <:!la foi unia fehculadc 1.. . 111ns para os filhos 1 K verdade q~e el leH não morrertio de.fo· – me nem de fno, pw· que lá está O a::ylo para os recolhrr .... Conitnclo, s" 111 .,J°o-u. o

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0