A Estrela do Norte 1863

A ESTHELLA 'DO NORTE. honra_ do imperio, ~ P?r sua propria h~nra , repellm as houranas, qne lhe off<-'recm o d emonio tentador <la politica. foi por toJos os governos posteriores, pelos dons impe – radores, pr]o3 se11s proprios t,O]lcgas Jo episcopado, pelo povo brasil,..iro em geral, e até pela opinião européa, co11si<lerndo como um patriarcha de saber e de virtude; e por caminhos rectos, e cm hor::s inespi,radas, a alegria e as honras pubiicas v iera m a~– sociar-se :i sua gloria individual, e á sua honra pessoal. ( Co ,1 /intÍa.) O obolo da ,•iu,·a. No período dos tn:s annos da sua Ttda. publica, Nosso Senhor J e!us Ohristo com _frequrncia ia 1\ cidade de J erusalern, e ao templo. Um dia ellc esta,·a com os seuil Apostolos em uma dae sallas exteriores que preced iam o Sanctuatio o que deno– minava-se a salla do theso uro, por qnf' ahi se recolbin, em uma caixa collocada á porta, a11 ~smollas do1 que vi nham :i orar. Elle poz-se parado ,dgnm tempo junto dessa caira, observando ao.~ que pa3• savam, e as esmoll:..s que estav;,.m depo sit:mdo na caixa do3 pobres. MuiLos rico,i generosamente depo~ita – vam offrendas considera veis. Uma pobro viuni .-eio a sen turno e lançou no tliesouro duas pequen:is moeda~ equivalentes a nove dinhP.iros. Qna.nào ella entrou no tem plo, o Filho de De0~ voltou- se para i;eus discipuloa e lhes clisa: Em verdade eu vol-o ded.iro, e~ta pobre viuva tem <lado mai11 que todos os outros. Por riuanto, os ricos t em , dado do seu s11 - perfluo, ma.~ esta t em dado do seu n ·•res– sario, e elln. tetn so p1ivado pe!o., pobres de ,eu pão de hoje. E sta s pala vrns elo bom D,-os não v-ô~ 11ão bem consoladora11, caros l,;tores, qnt– ao suor do ,·os30 ro~to ganhaes o \·osso pão, P, que só tendes o necessiuio cm casa • que no entretanto quereriE:is fazer o bem aos qu,. são mais infel izes do que ,·ós ·1 Esse obolo d:~ viuv:i. é uma pro va evi– dente de que todos os homens, os pobre corno os rico~, s:lo chamados pelo pai com– murn á. praticar a grande e a~nta lei da es– molla. Os ricoa para cumprir a. von1a: lt divina. devem dar muito e de bom coraçáo; 03 P9!Jroo ~VOOl do.r uw ~ a como por tJXperi encia conhe~em . :. d1ireza. d!. miseria, náo é neces~ano ªJ t:ntar que, o pouco qnc elles d.l.o, deve ser de bom cor:içrio. A pobre viuva do Evaugelho, d11.ndo sua pequena esrnoll:i, não d<!u grnude conso, e no i,ntr11tanto DeoR nô:J declara qn e sua esmolla é maia considcr~\' el do que as bri• lbantes oífrend1ts cios ricos qur. a precede ram. E' que o bom Deos, paris pesar as acções humanas, não o pesa rla mesma sorte, que nós. O que tille procura, o que eobr11 tudo clle ama em nossa!! :icçcies, 6 & puresa. da inlenç;to, o amor, a ·c:uida<le, e devo tamE'nto. Posto qne lambem lenha. QUU imporlanci:1, a acção exterior 6 apenas secundaria, e as::im a lei da ignaldnJe ,. pesar dn deõigual<lade dos lugares, d:u; for– tunas e <las posições sociaes. Vivemos cm um tempo que, graças ao ceo, a caridade fraternal ton1:i de dia em dia augml'ntos considernveis. Sob a -<li– recç:1o dos Dispos e dos Padres, esses ver• dadeiros amigos dos pobre:>, esses conso– ladores uatos de todas as mi8erias hum:i.– nao, ,·G-se todas 11s part es do mundo ca– t.holico c:obrir-se el e in Li luições bcmfa– ~eja.s. Em muitos l11g:1re. associaçücs de homens u mulheres se d1!votam, prlo amor de J \•s11,; Ch ri to, a vizita t1os pob re~, e dos informas, rccolh en1 oe orphão~, os_v r: • lh o,,, os aban,lonadoR, uão p:'ío aos qu,, u:'io o tem, e de~la sorte cnmprcm n ·r;rande lei do Gl,ri ~ti:111ismo. S eri:i 1i1uito ingrato o desconhecer, e prc5lu 01viclos a e~sae detestaveis acc11snçõe~, que os ini n!igos da religião e_da sociedade e palham, se111 ellee proprios o crercn\, em livros qne dão ao povo. So em nosso tempo em a E11rop:i. ha muita miscria, não é cu lpa dos ric<?~, qno salvo ra ra~ f'xcepções , são m11i s carido– st,s qne nuuea; mas sim é por culpa da<i r volu(;Gcs e dos re \·olucionario~, qne des– troem o paiz, arruinam a indn~tria e o co111mcrcio, e prirnm desta sorLr, os ebrei– ros do E1;;U ganho 1jllotidia110. 'l'odavia re pctin10~, não ó necei!sario 1er rico, para. exercer a ri<lade. l!'az a e11 molla, e a faz admir:i.velmente , e.se bravo e digno arti~ta q ue partilh a com seu ca– marada. que está sem trabalho, o ptdaço de pão ganho ao suor do 11eu rosto. E' o obolo da viuvn, e quando um bom rica entrar na mearua caia para eonsol11r " moama m.i.aeria, 600 ~ 0lllnOUa 80l'lt

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