A Estrela do Norte 1863

ANNO DE 1863. DOMINGO 6 DE DEZEMBRO NUMERO 49 sono~ AOSl'ICIOS Dr: s. EXC, ncnrA, O SR. D. A!!T0:<10 DE ~•ACEDO COSTA, :JISPO DO PAnA' , Venite et nmbulomus in Ituniue Domini l sAT. II. 6. Carta pastoral de Sua Emine ncia o Cardeal Goussct, Arcebispo ,Ie R cirns, conde1nnando o livro in– titulado - Vi da d e .Jcsmi, 1,or E . U.enan. O antor do lino qne é objecto da presente pKstoral uão temeu escanrla1isar seus irmãos, n ,no,ando e propagando as her esias de .\ rio, de nfacedonicl, de N csto– rio, de Soemo e de Strauss. Ousou decla– T hornaz Ma ria J osé Gonsset, Carde&l-padre rar-se contrn n. propria pessoa de J esus da Santa Igreja R omana, do titulo de Christo, nPgaudo sua dirindade, e todos oa S. Calixto, por misericor<lia di vina e grn· outros dogmas relatiYos ao ineffo.vel myste– ça da San ta Sé npostolica, Arcebi;;~o de rio da encarnação do Verbo, Filho de p eus R !!'ims, etc., etc. Ao Clero ll aos fi .d J e Jeit0 homem. Nã.o o demov eu ai mald1ções nossa diocese, saurle e ben ção ~m Nosso do Salvaàor do mundo contra o escandalo, Senhor J esus Ohristo. nem o anatliema que os ~?:clllos chr,11tãos . T endes fü1o no Evangelho, charissim_os irmii.os , e ouvido repeti r do nlto da cadeirn d'.1- _vcnlar1e as seguintes palavra3 de nos_so divino Salvador, Jiriaindo-s~ aos sens J1s · cipulos: " Ai do mundo por caus.1, dos es· candalos; porq ue é necessario que snccedam escaudalos; mas :ii daqnelle homem, por quem v em o escandalo: •i:erum ta-men vae homini 1"lli per quem scandalum veni"t. ( l ) Infoliz, poid, t!'ez vezes in feliz daquelle que commette escandalos por seus es?n ptos, onde se não re~peita nem o ens1110 tra · di?ional dos antigos Patriarclias, ~em ~ missão sobrenatural de r--Ioysés, o leg1slu10 1 do3 H ebreus, nem os divinos oraculos dos propheta~, nem a inspirai.;ão dos livros san– to■ do antigo o novo T~stam<'nto, nem a. sa– grada autoridade dos Apostolos, nem . n -crença geral e constante dos povos ch~is– tãos do Oriente e Occidente, nem o cnsi ~o unanmie dos Padres e doutores da IgreJ_!I, nem a fé do suprem F ontifice, e dos Bis– pos de todns 11s partes do mundo. Nosso dever, ch:uissimos irmão~, é pre– caver-vos contra a leiturn dessas ohrns CR· pazes de perturl,nr :is almas, deixando nellas germims de iucredulid~de, porque o veneno do erro é tão pengoso, corbo o contagio do mau exemplo. L 1 J Hnla , cap. 17, "·º· pronunciarnm contra os hereges, dos quae11 fez-s e disci pnlo e continua.dor. Contestar a divindade de Jeaus Christo era obri2:ar-sc a. desconlwcer, e rejeitar a inslitui<:fi.~ divina da igreja. R enftll :i.ceitou u consequencia. D evia porém ell11 esquecer que na opini ão de todos que tem estu?ado :.i. histo rip. religiosa dos povos, a. IgreJa _ou a sociedade christã, é pelo roemos a maior :rntoridadô moral que tem apparecido na terra, no que respeita a R:eli~ião, aos de– veres e direitos do homem, assim como aos princípios da ordem socia,l. . E' vrrcb.de qne differençando-se de Vol– taire e sua escola, que tratavam a Jesus Ch risto de impostor e de i,~famc, Renan o con•idera como 0 maior d'entre os filhos dos. homens como o rei'orm:vior da. lei de, Muysés, c01~0 o autor da fé christ~ 11 d_a. re-"" vclação a i:i ais admir!.vcl qu~ J:Ím~1~ so operou no interesse da htimanidade , as elle falia de J esus como só tendo alguma cousa de divino. . . 11 Esta ~ublime pessoa, diz elle, q_n-e am- da hoje preside diariamente o_s ~estmos do mundo, póde ser chamada. d1vma, não _s6 no sentido de que Jesus tenha absoru~do · tocla a divindade, ou ella. lhe tenha. sido adequada, ( par?- f~llar como o esc?last1co ), mas por ser o md1v1duo que_ mrus concor• reu };'ara. a sua. especie cammbar pnra. o

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