A Estrela do Norte 1863

A ESTRELLA DO NORTE. 29 No fim de dou'! ::i.nno. passeava e u á sombra de b ell ns arvo re: s fructife rns que m e l ewbrnvam os a rnenos verrreis d . o à pntna unsente . Nossos alg odoeiros nos forn eciam s 11.fficicnie a lg odJ. p a ra o fau ri co das redes e dos vest i<l os da al leia. Todas as mulheres fia vam; os me– ninos ajuda vam as mi:'Lis . O bom Deos sorria do alto do céo . Qua ndo t odos t i nham con s tru ido u m t ecto pa ra si, p ensei em le vantar um p a ra o Senhor. E sem recursos, sem opernrios, che– g uei a l evantar uma bella ca pelli n ha, q ue puz sobre a iuvocaçJ.o da Virge m Immaculad::i. . Ahi cel ebrei o Santo Sacrificio pela primeira vez no d ia 15 de Agosto de 184 .... dia da Assum- p ção . · E' uma d e m inhas doces r ecor- dações . Era u ma forma.sa ta rde. O sol se occul tav 3: j á por trús do eterno cin to d e vArd nr a qu e b orda a. margem dos g randes rios d o B raz il. Eu tinha r ennido os m eus Indios para a. oração el a t a rde. - Meus fübos, disse-l hes eu : ten– . d es t odos cab anas p ara vos r e. g uar– i1 ar elas intempe1ies do ar. E o Senhor n i:LO tem h abitação no meio de vós. o la do elo cru z iro do snl , e sa cons– tellação qu e ro e acompanho u duran– t e ru inhas lo ngas viagens de ultra – mar, e entoei o A ve JJ:la,- is S tella a que toLlos os indiosre~ponderam e~ côro. .11 n oi te cobri a já a terra ; o vento sop rava de ma nso ; a l ua mostrava se u di sco a rgenteo, e as estrellas nos pa recia olh ar com curios :<lude. S eria por demais refü rir aqui toda s a s partícura.lid a<l es; mr.s o que posso dize r-t e é que seis mezes depois umn. gentil ca pelln os tentava aos rnios do sol strn vi st osa foch a1la, e a cruz fixa– da no ci 1110 mostrava que a li so ado– rava o D eos d os christ ãos. O tccto era <le colmo ; mas com o tl'll! po eu es perava mandar vir t elha. da cidade ; era meu sonho de todas as noi tes. Eu via minha Igrej a orna– da de uma for mosa cob ertura , verme– lh a como o co rul ; depois, em meu des– per tn r, ach ava -a outra vez com se u pobre vestido <lo ubirn . E a pezar di sso o Senhor De os descia todos os <li as sobre o altar, c01Do sob as magnificas abob adas de S. Pedro de R oma . N ão tinhamas ricos orn amentos ; DfüS suppriam-nos as flores nat u rnes . Cera sil vestr e extrahida d o concavo das nrv orcs allumiava nosso altarzi– nho modes t o. U m di a não t ive mais vi nh o para celebrar o a ugusto sacri ficio ; me us Indios anclarnm nUtis de 50 l egnas afim el e comprar a1g u1Das garrafas. V iva é a f6 dessas popul aç0es indi– genas ; por cer to, mancebo, qne_ uüo fo.1ias t anto caminh o 11ara ouvir a missa do teu Cu ra .... ( Continua . ) 'r emos mach ados, mnrtellos, ser ras, braços ortes e n ervosos ; a flo resta possue madeirns inco rrup Liveis ; n ter. rn, argilos a est(La nossos pés tLflo r da terra ; e<li fiq ucmos nm templo a esse Deos, q uc de tão longo vos vim a nn unci ar ; elevern':\s uma mora da de– cente ao bom Senhor, cuj o Evangelh o v os annu ncio. Comecemos cles<l e ama– nh::-~, e pouco a po uco veremos levnn- t a r- se as pa redes sag rnclns, n. cuja -- sorob ra n os reuniremos para orar ao O CARDEAL l\'.IEZZOF ANTI. 'I'odo -Poderoso. (Conlinunçlfo) Prometteram t odos os Indios flju- dar-me; as mulheres e os meniuos <?. mesmo na~urn_l, a m es m u se o-fl'erecernm tambem; fo i para mi m (ac il 1<l ade d e 1m1taçuo que ostcn– u roA. doce alegria ; njoelhc i-mc raia t a rn ell " 1 reprodmsi ndo a bri l ltun.. ..

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