A Estrela do Norte 1863

A l!;f5'L'RELLA DO l{OHTE . 357 1Iingunrnm c1 ' ))OÍ8 e rnfim csgolnrnm• ee tola\mente os rccnrsos ; e a obra prin– cipindn com Ui.o piedoso zelo, n. obm nlil etn uma, ilha qne tem sete legnns de ex– tensão e ontle os soccorros espirituaes são cli fficeis em rnzão du. dist:rnci:i. em que silo procurados dos pontos extremos, pon– do agorn dn. protecção <los municipes de A ngrà t1os Reb , on <lo auxilio cfa pro– víncia do Rio de J aneiro, de cuj a. pro– sidencin. consta-nós que Sr . L im:i o v:u ' impetrn.r, retir:md0-se amanhã pam a sua ilha. Quanito é doce e consolador cnmprir um voto cÍ, Divindade, qtte vella eom rna Pro- 1Jidencici sobre os déstinos do homem ? Os votos clevern- se f azer com prudente conse– lho e macli1rct conside?·açiio, e uma vez f ei– tos devem ser cwmprid-0.•, A11 p edras 1,rcclosa11. e nciri do rnpnz, o omivm, bem amn.rga– mente so arrependeu da injustiça que lhe tinhn. feito. Chamou-o loµ;o de novo pe.ra sua casa, passou a trntal-o sempr<l com granile bon, dac1e, e guardou-se d'ahi por di:mte de tornar a suspeitar do seu pro:x.imo com tnnta lcvian<lade. · 1Vc10 sejais precipitado eni suspeitar 1nal • d'aq1tello qu.e- á primeira v-ista parece mau. A expcl'iencía cliz-11os que depois vem o arrepc·1idimc»to p elos ju,izos teme– rarios. Varlotlades. Encontrando certos libertinos o. um Re– ligioso de Ordem austera e penitente, po- ' zoraru-se a. gracejar com olle sobre seus jejuns e mortificações, e concluiram dia zendo : Ah! meu Padre, quii.o logrado ficareis se nllo houver paraiso 1-E quií.o logrados ficareis vós se houver inferno 1 -disse o Padre e os deixou calados. Uma senhom c1e alta jerarchin. tinha encarregado a um ourives de lhe fazer um magnifico, a<lereço para o qual lhe ontr~gou uma grande porção de pedras Tenlia ~u as _afllições que ~ver, dizia o prccwsas. Santo Rei DaV1d, não t erei boca para R oberto, aprendiz do olll'ives t eve im- ..queixar-mo do Doos e sim para o louvar menso gosto ao vêr estas ·ped:as tão bri- e bem di,;er, pois tudo vem d'Elle, _font~ lhauteu e de tão v ariadas côres O n:1o se do todo bem. Se Saul me perseguiu, foi cn.nç ~va Üo olhar para ellas. Algum tempo Deos que assim o quiz. _ Se tanto so~ri dcp01s de tel- as recobido O mostro no- do A.bsalllo meu filho, foi Doos que :i.i:;sun t . h d ' . " ou_ que tín am esapparecido duas das o qmz. mms bellas ; e suspeitou loo-o do eeu aprendiz. Foi examinar-lhe o 0 quarto es– poranclo alli achal-as ; e com effeito lá. es– tavam em um buraco d:i. parede por cima de um velho m·mario. Debalde sustentou Roberto que n1'w tin1½1. rouba<lo as pedras ; seu mestre ca~tt~ou-o asporn.meute ; e clopois elo lho te~ feito sentu: qnanto era enorme o seu cnme, ~- de lhe mostrar o supplicio a qu;,Fle tmha e:i:posto, dospediu-o. Um Impera.dor romano fez c:nar e~ Palacio um ve~o que elle muito osti· mavn por Btla formosura. o m11nsidão. Era tlio manso o animalzinho que v agava pelas iloreetae e vinha outra v.ez. Parn evitar nlgum engano mandou o Impera• dor o-mvl\1'- lhe uma colleira de ouro com este ~etreiro ; " N inguem me olfencla que sou de Cesar." Ora pois, n6s somos de Doo8, trazemos na alm3: e no corpo o sello divino - não nos deixemos levar dos , o outro dia tornou a notar quo lhe faltava um:i.. pe_<lm. Destn. vez o ourives, . que Mo podia J6. suspeitar do aprendiz, poz...se de observação e com 11 maior vi– gihmcia para surprebender o ladrão que l~o levava estas joias : e ni'to tardou que visse chegar uma pega, que Roberto ti– nha sustentado. Elh desceu para o mos– trndor, tomou no bico uma dae pedras e foi leval-a para o buraco cla parede 1 • qonveBcid0. por este modo , da inno- eng:mos da iniquidade. Certo. pessoa teve vergonha de fazer o signnl da Cruz ~a presença de um os· trangeiro em occae1:i.o em que era uso fuzer-se. U m a.migo sincero que percebeu isto lhe disse : Que I J esua Christo não se envergonhou de morrei por v6s! e vós vôs envergonhaes de fazer o sma.l au– gusto de nossa R edempção ! Nunca obreis

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