A Estrela do Norte 1863
A ESTRELLA DO NORTE. 341 dendo ndmittir gratuitamente oi1' com mo– dicas pensões um numero <lc :ilumnos e,P relação com as necessidades <h nossa Igreja, qae vai soffrcndo de dia parn dia maior desfalque de Sacerdotes. A creação dos pequenos Scminarios, Senhor, é de im– periosa necessidade, se se quer salvar o Sa– ccrdocio e com elle a Religião de nossos pais. " Persistir no antigo uso de come– çar a educação dos alumnos do Sanctu– ario no grande Seminario depois de ha– verem terminado seus estudos prcparato– rios nos lyccus e collcgios é, no estado nctual das ,cousas, o mesmo que querer abafar em germe a maior parte das vo– caçücs e sacrificar o futuro de nossa Igreja. " A nimar os estudos do Clero pela cre– ação de Academias, ou Faculdades thc– ologicas, de accorclo com o ,Summo Pon– tífice. Dotação con,eniéntc assignada aos mi– nistros do Culto, cuja posiçõl.o por demais precaria e cheia de ve ames é um mal que todos lamentam. . · Concordata com a Santa Sé para a prompt:1. reform'.l das ordens religiosaR, q.uc convém restaurar e não abafar na deshonra. SupprcssrLo d.1, lei que prohibe a en– tr :i.da de noviço!!., lei r,nti-consLitucional e oppressiva da lihcrclade de consciencia, podendo-s? r?mediar ao mal desses ve– nerandos institutos que tant.os serviços tem prestado ao Evangelho e á civilisa,– ç1io, estabclecen<lo-sc nov iciados.cm con– diçõc3 melhores pela acção combmada do Episcopado e da Santa Sé, favorecendo 0 Governo esta saudavel reforma, que regosijará. nossa paLrm e toda a chris– trmdade. ALLcnçfio m:,is séria dada ao Culto de Dcos, cahido, sobre tudo cm nossas pa– rochias do campo, cm um abatimento incnarravel. E sforços mais generosos para a cons– trucçü.o e rest.auração dos templos que se acha. pcb m6r parte cm nma miseria e indecencia lastimosas. Aboliç:'lo da lei funesta que ordena. se façam dentro dellas as eleições populares. Re11pcito maior do dia do Senhor, sendo o governo o primeiro a dar exemplo, mandando suspender os trabalhos publicas nos Domingos e dias Sanctificados. Prcferencia da,la á. colonisação catho– lica sobre a protestante; uma, germe de viela, deposto no seio da nossa sociedade, outra, fermento de morte que lldO p6de produsir senão dissolução ~e ruinas. O go– verno náo poueria cooperar para a ru– ptura da uo~sa. unidade religiosa, sem cavar um abysmo. em que se engoliria no mesmo tempo nossa unidade política. "Uma convicção comnmm, isto é, uma idéa reconhecida e aceita como verda– deira,, diz o celebre protestante Mr. Gui– sot, tal é ~ força fundamcntnl, o vinculo occulto da sociedade humana; um mesmo sentimento, uma mesma crenç:1, tal a con– diçáo primeira do est:ido social; só no seio da verdade, ou do que elles crêem ser verdade, se unem os homens e nasce a sociedade.. . . o caracter e~sencinl da ver– dade é a unidade. " Ora é evidente que_ o protestautismo, estabclecemlo como prin– cipio a independencia individual cm ma– teria religiosa, não p6de dar essa unidade de crença,, elemento necessario para o ,erdadeiro progresso e estabilidade de urna sociedade. Desenvolvimento das missões e Ja Cate– cbcsc catholica, que chame cmfim ao grc– mio do Cliristianismo e da civilisação tan– tos centenares de tribus selvagens que erram ainda miseravelmente no fundo de nossas florestal!. Eis ahi, Senhor, o que o Governo de Vossa Magestade Imperial ptde fazer ele accordo com os Bispos para. a grande obra da restauração catholic:i. de nossa pa.tria; eis_ ª?i a gloria que está resen-~da ~o ' Pnnc1pe Miuonanimo q11e a Pwv1dencia collocou na iupula do nosso edificio so– cial e que se tem torn:ulo, pela. sua. iJ– lust.ração, sabedoria e banda.de, o 1dolo de todos os· brasileiros. Ah Senhor l nao dei– xeis escapar esta oc::asião ele illustrar · ainda. mais o vosse nome c chamar rnbre ellc a admiração e as bençãos de t_odo o universo catholico. As vastas regiões de Santa Cruz est;'i,o alvejando para a. messe; esta nação ainda no,•a, e por is~o mesmo mais curavel que outras, ancc1a por Deos, e os espíritos canç.'l.dos já. da lueta csteril dos interesses contra os prm• cipios s6 almejam vêr os princípios pos– tos ácirua dos interesses. Eis a vossa. obra • é a nossa tambem é a de todos ' ' . - 011 homens generosos em cuJOS coraçucs
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