A Estrela do Norte 1863

A EF.ITRÉLLA DO 1'iOR'rE. 319 A Graça Divina. Havia um Fidalgo 'de máos costumes e muito libertino. Qunndo menos pensava adoeceu e desenganado dos Medicos, cbe· gou ao 11rtigo de morte. Sua espo:,a, pru• dent"e e njuizada senhora, cansou-se de– balde em pedir-lhe qne recebess_o oa Sa– E os pass:uos alegres festejando A.quem a tudo deu ser e belleza : Se é' doce ver das artes a princ~za, A agricultura, digo, que taihando A fortil tem,, em breve vai mostnrndo Os solidos c:maes ~:i. san riqueza : emmentos; a nada o ímpio se movia, e Se é doce ler ns obras afamadas a. pobre Senhora. _partidn de dor via com De tanto autor scicnte e primoros o l:igrin1as ~ua const:mte repulsa. Soube ella No Templo da memoria eternit.adas: quo havia nessa terrn um Sacerdote, que costuma.va . com caridoso espirito acudir Mais doce é ouvir cantar ao som mimoso aos moribundos. Mandou-o chawar, veiq De musicas divinas e afinadas o Padre, e dirigiu-se á camara do en- ·De Maria o Rosario portentoso. forrno. Meu amigo, lhe di~se o Padrê! com brandura, eu vr.nho visitál:-o, e prest:ir- J. J. M. C. me :i. seu serviço. - Nã o quero visita de Pndre~, <ÍÍ:;oe o doellte com voz rouca, - vá-se tmbora, deixe-me. O Padre, pe• saroso de um tal modo, fi cou nm pouco em silencio 1rondera11do e pedi ndo ao Se– nhor luz e remedio. O enfermo, V!::_nd0 que elle se <l emo• rava, tornou n d1zcr-ll10 cm voz al ti. e com raiva: Re-tire-~e Padre ! O bom Sa– ~e ~·dote, por uma daqncll:is inspirnçõcii felizes da divina. bondad e, lP. vauta-sP, e con1 eembhnte se vero diz ao enfermo: " N ão me retiro 1 H:i. tant os annos quo assisto a moriLnnJos, sempre D eos me foz a 'g rn.ç:i tle - os ver morrer ·contrictoa : v6s ois o primeiro obstina<lo qoe ;;e me npresanta., e como nu nm vi como é qu p mon c ,~º\ p~ccador _oh~ti nad o, quero ve r ngora . E d1zondo isto cruzou os braço3, e . pôz- se a passea r dC' lnrgo com ar tnste e carrega.do , e passo firm e. O ll· fe rmo de vez cm quando abria. os olhos, e via o P :idre em se u teimoso passei o, a~ . que ( 6, b nces preciosos da g-i~aça <l! vma l ) ate que com vo z entern ecida diss? : V cnha cá, Senhor Padre, assen te- se ª?.tu l Tndo en tão fo! mn par:i izo. Basta d_izer- sc, q ue aquella alma tuo end ure• Cllla. e rebelde, aquelle coração so berbo e _cego, agora al111111iaclo e l>ra :-ido, con– t~icto e arrepe11diclo, a ca bou :i. prese nte VH..ln. com todos os signaes de eterna salvação, Barão lfr:xnro:\'. N este numero ct>mcçamos a t.rashdar uma Memoria apresentada pelo nosso J~xm. Prelado á Sua .Magestade o Im - p_erador, ac;erca da. questão dos S emin:i.• T,_os. E te ducumento import:111te terá nm dia o seu_ Jogar na. historia rcligio:la de 11ossi1 p.üria.. Poss:i. cll.1 produzir os sa– lutares effeitos que se propôz S. ' Exc. Rvm. , lembrando aos Poderes do E stndo n. necessidade de respeitarem os di rei tos ~agrad os da Igr~ja Catholica, a.seguran– do a est,i pl ena liberdad e no exercic.:io do se,. go verno espiritual. De todRs· :is Ji. herJ~1~.:!s Hicnhuma mais j >i ~tn, mais n e – ccssi.n:t, e ma1:. fc cn n<la. H•mra. aos Bi s– pos catholicõs q1111 :i defemlem I Com ess a liberdade. ellcs fi,d rnm os p r· ucipios eter– nos da v er<ln(l,, o da ju~tiçn, e co111 el!e:i todo o futuro da sociedade. - O Diario de P erna rnbuco refere :i S<'guin to noticia que r epro<l nzim o.:> co ul f)faLl'l': Soneto. "Ka qnarta- foira. l() <l r, e0rrc n t n:t I g reja do Convento de S .l.nto 1 i.tonia de::.ta C!d_a<le, o rel igioso -Frei J o:irp1im do EJspm to Sa nto, po r n11c1.ori~açüo do E xm. e Rn11. Sr. Bispo diocesano ro• ~el.,:tr a nbjmaçlo . <la her L•sin e a 'pro– furao da fé cntl1ol1ca qu e foz um protes– tan_te que o mc:;mo reljg1oso hav ia ins• trn, i.cl o ~os d?grnns <l e nossa San.ta. IlC>lig i1to. Nao fo1! poré 111, esta a. primeira 'l"CZ qnc a. TgreJa. daq uell o C om·euto t cste – mn nbo· umn t:in h ,,11i e i •!i6c:>'lfe ,::cre mnu;, .

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