A Estrela do Norte 1863

o A ESTRELL.A. DO NORTE. 23 Providencia de te ter feito nascer ao pé do arad~; cultiva a 1e_rra: foi ~sta a nobre profhsão dos antigos Patnar– chas. Ganha teu pão com o snor ?º ten rosto, e não peruendo tua al eg ria, tua saude e talvez tu a ulma. À. ( Oontiniia. ) O CARDEAL MEZZOFANTI. Deos, d a ndo ao mundo e~te il– l us tre Carcle:i l, pa rece ter tido em vista mos t rar-nos em que con_ siste a sc iencia dos Anjos, estas intelliten cia s tão puras, tão su – blimes, que bebem em u1!1 ma– 'Tlancial divino o conbecrnwnto das linauas e das ideias, em uma ~ . _palavra, todos o mystenosos e profundos mecani smos a palavra S njeita nos vínculos ~o _co_r po, não tem a alma a mtu1ç~o das percepções n1pidas, que, m ~1s vel0zes que o rel itm pago, se prn– tam no e s pírito do· homem para se apa<>ar e nwrrer. Em oulros termos,º uma aln1a não póde se communicar com outra senão pelo intermedio dos corpos a que es – tão unid.t!-!. Para ser comprehendiJ o, parn chegar á a lma, o pensa mento ne– ces~ita mater ialisa r-se de alguma sor te, torn ê\ r- se um s ignaJ, um som, uir,a palavra, uma phrase. O sent ido impress ionado é então como um tympano, que, re• soando e ,,ibrando até a alma, lhe dá a percei:;ção das ideias de outrem. ·Em sua infinita m1sericordia, quiz o Creador que a principio estes signaes do pensamento hu – mano fossem por toda parte iden• ticos, e por • conseguinte formas• !õ>etn um idioma prirnitivo, falia– do por todos os homens. A h! o orgulho veio destru!r e sta bella h a rmonia. Os povos não se per– ceberam mai s, e torm,ram-se es– tranaeiros uns aos outros. Não houve mais comm unic ações fa. ceis, porque não hou\'e. n~ is analoo-ia entre os sons e as 1de1as. Debalde as pal a vras ferem o ar: não ha senão vibrações, ,,ãos susur ro s q ue narl a dizem ao es– pirita. T 1 a11Lo rn_leria ouvir o z~– nido do moi-qu1to ou o gorge10 do passarinho. . Ago1 H, tantos _flº· vos quantas lmguas; e se pode dizer que o sabio qu e ~p~endeu muitos idiomas se muluphca de alguma sorte, e torna -se o irmão de tod os os povos e o cidadão de todos . os p oizes, cuja língua folia. O Carderi l Mezzofanti foi ver– d adei r amente u unico homem cos– mopolila (1) C ?nhecia e fal_lava qu as i todas as l1nguas do Univer– so com seus dialectos principaes. \\.s línguas dos povos cjvili sa– d us como as dos barba rosi tudo l l·e era familiar, até os toscos idio– mas das tribus da America. Conhecia a fundo as lin,guas mortas, e os habitantes das ilhas ha pouco descobertas nos mares austrnes teri am podido achar nel– le um interprete. Era tão fami– li a r com os di a lectos do Perít, do Chile do B raz il e de todos os outros' paizes Jo Novo-~lundo, que fazia ve rsos nestas diversas lincruas e os estudantes da Pro– pa~and~, em Roma, por occasião da~sessão polyglotta da Epipha- (I) De todoi os paize,.

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