A Estrela do Norte 1863
230 A ES'rRELLA DO NOitTE. ===================================-= uma bdlesa aurprehendente, mas já dormi– am o sumno eter110 .. . . . F m tno doloroso especUiculo fez cruelis– .si 0111. impre~são no coração <la. desditosa mãe; e foi atterrada com jncspcrn.da morte de seu;; filhos, que clla am:wa t~rnarucute. Todavia acabou por se resignar e pro– numciar estas pa.l:l.\'ras: Dcos de bondade! Ou ,·istes n~ 111inhas supplicas. Ccmprehendo agorn. que uma morte surn-c e foliz é a melhor consa. qne o homem p6de desej;ir, o 4.ue é mesmo u111 dos maiores bcnefü:ios que cm Yossa mi– sericordin. Y 011 1.1ig11aes couel"dcr aos ho– mem. i\Icus filhos estão j,i juntos de YÚs. ~\ terrn. n,1o tinha lJastantcs riquezas para us recompensa r do se u ttmor iilial, eis a l\:_~>tO porqne os ch:imt.. tes p :1.ra junto de \ os na celeste hr,b1t..'lç,,o. , Caros {1:,1.tores, o maior beneficio que nos JJ(,de concede;- a P,·ovid1:ncia é •vz·vcr se1,i– pre em espcrançci e paz e mo1To- nci úi- 11ocencia. A Ora~ão. X.lo podemos ser chrislaü~, nem :,gra– ,br a D cos sem a graça, isto é, sem es– tai-mo3 umJos a J esus- 'Christo, Rcu Fi– lho; esta graça, e;:La união ,ivificadora , .1 ' so poucmos olJlc:l-a pela oraç.10 e pelos l!acram eu tos. O que é a or:;_çáo? Qn,nlos ill u<lem– se solJre c_tc ponto, e tomando po r orar o riuc csu'Í longe ele o ~L•r, imppocm qne, pani sen7r ao IJ0n1 Dco~, e orar, preci,a– S? n:'.io t(;I· occupa.,:õcd a cunipri r, potlrr tlr,por _de todo ~eu kmpo, ir to,lo o tlia a Ig eJa,, e 111il onLras cou as aincb im– pralican!is_ n. nm arlistn. obrigado :i ga– nlrn.r a YJlfa pelo trabalho as,iclno de ca<la <li.a ! Orar ~ pensar C'm Deos, amando-o, e adornndo-o., lhe ao-rndecendo seus be– nefitioH, e pe<limlo ~om confiança as gm.– ças de que tem lleccs~icladc. Orar é 'um a_cto do c"ração e d_o ospirito, que é pos– ~11· 1 ·1 <'m toda.:3 as c:1rcum~lau('ias, no seio do trn.l;'.dho e <las occupaçüe~, a que s,J– mo~ uh~·1gatloB. Quem ·m,,e<lir- nos-1,a rpH·, <lmantu o tempo <1ue e:1tan 10.; ~n<lau,lo nas ruas, ou rpio c~tamu,; applicadus ao trabalho <lo ll•Rfü (''Lado, 1l1• mru1hr, in<lo para llOf<sOs tralmll10", n, tarde voltando para nossas casas, duranle a noite, em quanto estamos accvrdauos; qnero nos impidirá clcn1 r nosso pensamento, c- nos~o cornção n, J esi(s- Clirislo presPnto ao in– timo de nossa al ma, e 11, c di3er - Jfcu Dcos I Eu vos adoro e i·ns amo. J;;u uno os meus traball,os, e us m111has a.ffli'çúes nos i·ossos sojfrúnenlr!s. • Perdoo i meus peccados; le11de piedade • de minhct fraqucsa. Abençoai ?iteu traba – lho, e dai-Me 1'0sso amor; e mil outrns c.:011sas simples, e assim :t{:Trtl1avcis '? Om ccrtifico-,·os, meu hol!l leitor, que si\o estas :i s melhorc3 precefl, as \Jll ae. Deos de prcft,r~neia esc ul:i, por quaHto silo as mais nnlur:ws, e cxpriu1cm os scnlimen– tos os mais ín timos dn. R eli gião. J\ ft~·un1hs das oraçücs que se deno – minão pr,ccs 1·ocacs e e achiio 1 os liYros de pieélade, s:io rnci0s utilissi,nos de ex– ciiar no·sos cor:içücs a orar, comludo con– Yem ler-se cm ,·istn. qne estas formnlas s;";o boas qun!.!<lo aos labios se m ,e oco– raçã.o, recitando- :is. E' lJom se1Tir- sc del– las, to<l:wia eleve ser como de um meio de melhor orar. T aln,z tliga-sC': p:ua que orar, o bom Deos não conhece minhas neccssidalles, .-em lli'as dizer? , 'ii n ; Deos eouhcce 110s– sas necessidades ·cm que lhe <ligamos. Oom tudo Dcos, apesa r LfüLo, riuer que lhe exponhamos essa;; ncce. si<lac1 cs, como fi– lhos a seu pai, couw escra,·os a seu se– nhor; é bon saber que a oraÇfio não con– siste tmicamenLe em pedir a D eo;; ·o que Lemos n ccc,si~1adc parn. a alma e o corpo. Em ,·erd:1,l,·, apenas 6 isto nm Llos me– no elc-vado.; ac o~ dessa hclla virLuuc. Comidere-se em primeiro lognr rp1e orar 6 1ulo,·a,· a D~os, é l hc uíli.:rccer nossa3 profnnda::1 l1omenagrns ele crcatura::1, tp1e existem por nm cffoilo de sua oHrnipo– tencia; de St.:rrns que estiío sobre a terra collocaclos para lhe prestar serviços, e c:t1mprir suas vontad s; de filhoi que elle am:i. como terno pai, e <111e IJ1e retribuo amor cum amor. Ado,·ar o amar siío os dous a.elos princip:tcs dn. oraçiio, e por i~~o mesmo II fondamen to do LuLh vida chrisLii. J)cyenws não F<Ú aclor:tr e amar a Deo.;, c:01110 ainda orar :-.fim ele \[li lhe agrt'l· dc:c:(Unos itJclo3 os bc.:ncficio::1 qne noi faz, e ;ulirc tmlo o amor, <['le 11ignn-se ter– nos e o bem eterno que nos prepara so lhe' formos fieis. Este acto de agradeci• mcnto ó muiLo supcriôr ao do p edir.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0