A Estrela do Norte 1863

,, A ESTRI!LLA DO NORTE. 11 mão-no Ghetto. E ste quarteirão~ a1i á.s muito misern.vt >l e d oentio, pouco fre– quentado é dos R omanos, e d e b om g rado ovitariam estes toda relação coro os que o h abit{im. D esde sua· elevação ao throno pon– tificio, trabalh,pu Pio I4 em melhorar o Ghetto e tornal - o mais h abi ta vel. Veio uma d eputação israelita t este– nrnnbar-lhe seu reccnhecirn ento e offertnr-lhe um.ealice antigo conserva– do h n. dous seculos no Ghetto. Pio IX acolhen os enviados com bondad e : - M~us filhos, lhes di sse, aceito vosso mimo com prazer e vos agra- deço. • Depois, assentando-se cm s ua mesa, ebcreveu sohre o primeiro pedaço de papel que lhe cahiu eutre m ãos : Or– de1n para mil escudos, e d epois poz sua ass ignatnrn.: · - Aceitai, pois·, tambern es ta fraca somru a , di z elle aos rnvi aclos, e t1i s - 1ribui-a da parte de Pio lX com as mi seras familia s do Ghetto. O POBR8 PEDR.IN: !]:O, OU O PRIMElRO SER :.VJ AO DE FE– NELON. nelon, e a mais luzi<ln companhia foi convidada pa ra fnrnrnr o auditorio. .l.'.i todos o _ fiLlalgos e nobres clamas da côrt c de Luiz XIV tinham toma– do lognr no vas to salão para es te fim p1epnrndo, e se admiravam de não ver ap pnrecer o j oven prégador, emquan- 10 s<:>n pai, mu ito impaciel:!te com aquel. lu tlPmorn, que não comprehendi f1 , prQcnra va ei-cusnr o filho no pé da sra. d e Bouffl er:!! e dus priucip"es per– s011n o-P 11s da companhia. E m fi rn, c rn ra 11,1 sala o dislincto moço, e , com a fronf e cobe rla de mo– deRIO rubor, toma assemo diante de uma mesa di ~posta para esse etfeito. Re ina profontlo sil encio, " SC:'nhores e s enhoras, diz clle, peço- vos perdão de ter fei Io espe rnr ifio illust reaud itori 0 ; incJa, potém, que fo H' mister fa zer-vos esperar urna ho• ra ma is, e o proprio rei nqui es li vesse prese 111 e, e u não terin hesitado em fa– zei -o. Ao approximar-rne do palacio dr srn . de B uNfrl c r!", divisei em nma est111ina um pobre menino de Snboy<1, deitritlo no chão, e meio coberlo pelos flocos e~pe,sos de neve que eslâ caltin~ Llo 1ws1c:: momento. Do]o}osam nte sor- Ha duzentos · ann @s, era ll ~nnça, p ura os ina111~ebos qn e se d r stin a.vacn ;.o est:ido ecclesinsti.co, se en n.inrem n fo li a r em pn blico p vr mei o de ce r• tos ex0rc icios ornt urio , e pura este fim se ren nia 11111 itas vezes nos m e lhores salões de P a ris espl e11 d id a a embléa de fida lgos e da mas christãs, em pre– ~ n~.a das q uaes fall ãva m os Jovens nsp:ra nt e..~. pre nd iclo por es te espcc:acnlo, pa rei e me cheguei á desditosa criança : " - Qnefozesahi, meu am iguinho ? lhe disse. " Ellc se debulhou cm lng rimas, e, sem 1es pond e r á lllinha perg unta, rnnr- 1n uron estas p a lnvrns de desespero: ' ' ,-- E u qnc ro inorrc r. - " - Mo rrer, n1e11 pobre peg ue– no 7 • Tu és en tão bem infeliq Não tens ning nem q n e le ame 1 ( '~inha F ~nelon quinze annos, ~ já trazia o hubito eccl~·s1as1i c0. Em pie– doso como um AnJ o, cheio de graçn– e de modes tia , laborioso, já sn bi o t> sobre tndo rnni cnridoso com os pobres. Seu pni, o ,n a rquez d~ F enel n, es– co lh eu a casa da sra. de Bonf!ie rs para· n e5tréa fi o jovcu e.cclç_~iastico, ce rl o corno tistava de um resultauo br ilh an– te. E m consequenci a, fo i fi xndo o dl n, ,1pcw.11.r das resist11ncms Jo 1i11ttu('!il F c- ' ' - 011 ! i.i m, meu rico senhor, bem iu fe l1z q ne cu s011 , excl amou o men ino. Es ton perd ido ! Não posso mais voltar pa ra a casa de minha mã i, só me resta m on f> r 1 " P e1guntei pelo seu n ome, idad e e as ca usos (le seu pezar, e eis como e ll c m e contou su a historia: " - Ch amo-me Ped ro, ten ho do– ze, nnnos. Sou d n Sa boya , e deixei a li rra e n rnêi i, li A jâ per to de ci nco

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0