A Estrela do Norte 1863

.,,., . A BSTRELLA DO NORTE. :i.8 1 II. .1.YJo ha Deo. \1e111 v0l-o di~~e? 1',;;taes bem certo d i to? Quem foi cn– ão qne foz o Cé , n tm-ra, o sol, as estrel– las, o homem, o m111:tlo ·t Fez-se por venturr>.. is: o a si mc31110 ? Q:1e dir iei' de um,t !1es5o:i que, mo tranclo– vos u,na CU.! a, vo. di SC$3e: cst:i casa foz. se á -i mesma? Diríeis que esse tal ou esta,·,, louco 011 zomb,w,t •ele vúo, n:io é assim : Pois se umn. casa, '.l. f'Í mesma, quanto ravilhosas 6-cat1 ra.i:l ·,rcrso? não Sl' pode ter fc-i lo mP110- :•intl:1. ati m,t– qu · povoam o uni- III. Eu sei lá! ncnguem. aindt. nn Deos ! J:;;' YerrlaJ,,, conY os olho!:! t!o corpo ntio, porri• 1 Elle é um pnro c3\1irito. Mas b m ~rff iuo r.stae~, meu , mi"O ~<' !<Ú n<lmi~ti!'l o qne vcrlcs com os oJh';;~'. Por ventura, 11ã0 haver:i ntes re:ics senão os qu st: podem ,·cr, om·ir, toc~r e senti r? O voss pens:nuen~o, a vossa alm:1, isto que -e~l/i pensando cm \- 6~. exi:;to 011 não existe? K-.::iJt<'. Tod:ivia j :~ \·i:;tes, j{L to– cust,03 YO.'S,t alma e s,.hoi de 'JIIC eôr 6 .o vos~o pens:Jm ·1llu? Vede eomo ú l'l· d!culo tli;~Gr : _.N tiv h,i Dcos, poquc cu amcla o n; · vil VI. .:\ ssim dizer : Quando eu . morrer tudo acaba, é dízer : Eu sou um bruto, um , nl:tdeiro bruto, um animal! valho airída. m, uos qqe o meu cr:.o, por quan to elle corre rn,1is do que e11, dorme melhor, tem \-isL,L mais peuet.ran e, olfacto ma.i, fino etc. : meuos que: o meti galo, que , ê á.s e~ctm1°, qne não ! .m que cuida r no seu vestuar·v, no sen calç: 1.1.lo etc. Em uma pala...-:c, en seu um bruto pobrissimo, o o nuiis inrligPnte de todos o animaes. 13.:im proveito l dizei-o se quizcrde' ; acrc<litae-o, se po<leis. Mas permilti- nos qne sej~mos 1m1 pouco mais altivos e que lecl: remos muito positivamente que somos homens ! ( Contim'ta .) Lourcnc,, era filho ele um rico la,ra• dor; quar;do foz vi nte e cinco auucis pen– so u em casar; com um nouie honrnclo e be111 o·tabelecido, julgou poder escolher. Como n:io era. ambicioso, não qni z ir longe prncurn.r uma noi ni r,cn - rcsoh-eu casar na ,rna tC'rra. 'l'inlm dirns prin1n~, ·uas m1Ligas :1n1igas da i11fancia, ambas forrno,;a · e boas, e gosavam da melhor reputação. Louremio hesitava entro as duas. pe r• guntn.n~lo a si me~mo qual dellas, Ignez e Clotilde, lhe da.rin.. mais garantias de Quando SI! morre, tudo acaúu ! folici,latle domestica. I · o é ,Prdacle, fallando-.:;e de <'ii"~, As clnas primas tinham sido educadas gato~, pa;;:sarinho:; etc., porem ,ser i~ ex- no con,<'nto da cidade, que ficava pro– tO,SÍ\·amente modesto, se vos trn1tle13 nessa xin10, o havia muito tempo que Lourenço e 11La. n.i as \'Í:t do pe"to. V 6~ :;;ois lwmem, mcn caro, o n,io um , 'em dizer o S('u plano á ningnem, bruto, e é con~n. c~tranha q 11e seja nc- propoz um p::i.sseio p<'lo campo, que de\·i:i cessari,i eu lcmbrnr-\·ol:l do. 'l'cndcs 1unn ,!mar dous ou tre?. diaE, e ao qual dcvi– AL~f.\, cap:,z d,} pemar, refl.ectir, amar am ir as !)rimas. . . ' . praticar o hem ou o mal. Pai·ttrn.m alegres e na melhor ha rmo- Essa rd111:i é immurt,t!, os brnloJ nií a n::1, o tempo estava delicio"o, o c,m1po tem . l li: dis,,imo e :t carruarrem offerecia optnno O que constitúc o hmHem 6 :\ alma; 1;0111modo.' Tm1u fo i m~ito bem clnrante ai– quero tlizer, i,to q 1c cm uó,, pen~a, o .~nrna, horas. :-.Ias pelo 111<'io-di:1, chega– que no~ faz conhecer a nmhrl e a.mnr rnm i• nm caminho pcs::ii1110, cheio de so– o bem. 1~' i. to o •1•w nos cli, t ngnc do., ln.vancos "qn" ehocalhava o viajantes n:i brnio,,. E p,w i,,o ti rpte it nnior i11j11ri: 1 ·ua carrn;1g ni, o C(llor era extremo e, parn que se podP fa✓.cr ~ nm hu111 c m é dizer• cunmlo <lc iu~!lici1laclc; o choch iro tles u· lhe: Hoi.4 111 ,1 hr11to, um animal etc.. por· cam inliou-se. Todos os e tomn.go. ; grit a– que isto é privál-o da, ·u:i. u1aior glorü1, \·a1u t!,! fome, úo mo11H•nto cm que, pnrn a tio ier h~111. o eu.garni.r, bcl>i:un t<Alos ele roda, U.l.l+ J

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