A Estrela do Norte 1863

r 1 164 i: E8'l'ltELLA DO KOllTE. - Como? y(, nció me comprchcndeis? r<'cia auo-mcnt ar-. e. l-~r:1 11run intercssnnlc e nmnvcl joven: !'Od1a ter pouco iirnis, ou menos d<'se; ;r.is :wfws; seu vestido indi– c, 1.vn. ser t·lla <lo 1.:ampo, mas apurnrlo néeiu prr~idi:i a todos o~ seus omulo~. A mcni n:t knn·a ullla trouxa no hr:i~o, e conlit:cia- rn Clll se11 semblante to(lo~ o signae~ de uma grande. fadiga. . ~ a. pri:;fto a pão e agua. - Cco ! exclamou a pobre menina, pa– Iida de terro . Eml;,n UH tropa;; ti11bam entrado 1w c,– claJe e a pol,l'(: c,t r:rngcira, cunsnltando o ~emulante do:; que r~"- avnm, 1,rocu– rav:t cm , üo vencr·r a tin,iclcz. ]'ara pe– clir os c~clare;<::imenlo~ rle que necc,::;~ibva. Depois rlc 11111a g-rn11dc c!<pcra, fo i, trc– rn<:ndo, até ao pé de mnti ~lntinella que rslava de pô,lo na guarda principal, e que rn arcliav:i com l'ª· ~os reguhulo", e; com os olbos no th~u, corno cC lhe fus::;c inJi!ferenle tudo o t111 e ~e lhe pa~~n,~e m tomo. - Pl:rduae;-1>1 e. rn 11 raro senhor. disse li:!, não me queimes mnl se me atrevo :t <listral,ir-Yos; 1nn~ rn aqui não Collhc>ço r1e~~oa algum:i, e 1uererin. ,aher 011cle está. mcit irmão, o forrid Beirn:rnn. O moço <lt! bigo<l<'s lenntou os olho,; e olhon a menina com piedmle: - , ois ,~6s realmente a innr1 ele J orge Bcnnann 't disse e;lle. - Sim, 8<:;nhor militar: cu Yenho de muito longe, pa.r:i. o Ye;r, e J cscjo ter com ellc s •rn <lernora. Eu lhe trncro alo-m1s n n r,re:;cntcs riuc l!t e daram grande rnlisfa– ~:!.o. - E o •iur, ~ão c,se:s prcse;nles, minha bon. menina 't pcrgun 011 curiosamente a ientinella. .- Camisns de fino linlw, qnc cu pro– pn.~ li.e fiz, um bcllo lino de or:1ç,íc'. 1;1 :dalhas e loclo o di11li<·;ro 'ttie en e meu~ pais türuus pocli<lo njuntar. - Co1_n rffoito di-·sc o :;(J]rlatlo, <'llr liade ficar mmto conlt:ntc n:er•IJr11<lo e~,a~ lcm– l1ranças. Oxalá 'Jtte cu ti re,~c 1una. tfio excellcnte irmã como ,·6;; ! Depois continuou ell c sua marc!ta in– fadonha. parecendo nao leu1brar-s!! maii:: do. que lhe ti.úha, perguntadõ a. joV'cm al– dca. Mas esta. com dtiplicada instnncia dis1tc aindá ! ' - Eu vôs rogo, meu bom senhor dizei- me onde verei meu irmão? ' J orge pr<'so? F, que tem feito ellc par:t Jn(•rccer uma punii:ão liio seycra'? - J ogou e perdeu: nflO tendo com que cum prir un obrignrão, foi preú, por um:t rixa· éom Rcu ach-crsari o, e eis porque está, ell e no calahonro a máis de RO\'e dias. - J'.J1 ! disse n 111eninu, com tom lamcn– tav cl, en logo ,Yi ! P ol)rc irmr,o ! niio rc– nunciar:í. cllc :t fatal paixão do jogo? E entretanto, antes de sua partida, n6s 1.anlo llic pedimos que nfto rccahissc mais nes– tes erro s ! K6s lhe mostr{unos quanto ôf:Tendi a :t Deo~, e e;m qne desgraça. seu peccado o poderia lança r. E penetrado <le 11ossas pa– lana,, tinha promcttillo corrigir-se. - Pr metlcr e cump1ir não é a mesma <·óu!õa neste caso, re:spondeo scnLenciosa- 1,rnnte o soldado : 6 o me~1110 que espe– rar lJUC os gatos renunciP.m a pegar c,s ratos. A moça suplicou de noYcr: - ::\las, ~cnhor mi li tar, não poderia én ver mru pobre irmão ? Deverei cu volta.r a aldeia, selll qu~ me seja pcrmettido ao menos dizer-lh e alj!'umas ·palavras? . Oh ! meus pa is j L velhos adoecerão de tristezn. - De ordinario, os que estão presos nr.o ' recebem visitas, rcspond en a scntinclb: to<la,ia roe parece que b0m se poderia fazrr nc~La circumstan<'ia 11ma xccpção, poic1 que sois a irmã de .Bcrmnnn, e Yi n- dcs de longe, para o Ycr. Ide :i pri– s;lo, 111inlia rncuin:i, e pc<li ao ca rcereiro liccnçn. pnra fallar-lhc j xplicare:is YOSSO cst:.ulo, ell c certnmentc attcuderá, - V osso irmüo? está, prezo. - Prezo? repetiu fracamente Que é isto? - Uh! meu bom senhor, exclamou a jo,·cn camponesa com ns mãos posla~, não me recuseis nm obsc~r111io: vinde commigu, rfümai-,os lcn1r-me t ·r com rnc11 irm:10 r, intercedei a meu fayor. Ycde, que não coubeco a cidadr, nem sei onde é a pri– são, n~w se quer me atreveria a fa.llar ao carcereiro, que crrlamenlc nii? me on• cederá :i felicidade do Ycr J orge. Oh 1 não m • recusai este obscqnio, peço-vos, - Menina replicou :i sentinclla., sor– a rnorn. rindo-se, qu~ me propon<leis v6s? Káo itlheis "tue d, prohibirlo nm mil itar dei- ( •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0