A Estrela do Norte 1863
A ESTBhLLA. D-O .NORTE. Yclas; a luz; se tlcrr::i.m::i. len'tt.,rncnte e quan– (lo o altar re~pla11deccl'ttc revestiu seu m::i.uto cstrellado, quando os fieis ai.tentos t omaram lugar na na\·c, comcç.~ a ccre– lllonia, nfw tumultuosa e cheia. de ruido, - mas com placii'lcz e modcstia, como con– Yém {i. 1tma. festa. de familia. O éco da. Ave Maria murmura. ainda por entre as sombras do crepusculo; 7 · horas soaram; o orgam prcludía. lTm by– mno, cheio de i1woc:içocs tocantes e J.c piedosas suppli cas, se faz; ouYir: é o h y– mno querido do povo Siciliano, 11fto canto febril e s angui.u:trio nascido ,1.10 meio do estampido das baionetas q_uebradas e do fumo dos ca nhõe~ nos campo de ba.talhn, mas sim urn a melodia dcsabr0clrnda. -sob .o bello Céo ,da Italia, ao som .tla Btmn ora– <;áo que cncei:.rn o dia.. Corno um ly ,-(o enti·e os espinhos, ial é Maria e11lre as filhas de A dáo. M líi amada, Mái inviolavel, Mái puris– síma., ro;1(1i por 11Ós. E ~ta rnu:siéa mngüslosa, executada por vozes puras e cheiaa de frcscor, é de bcllo cffei tu. E' a. terra. que ora, é a. cxpress.i.o ,de todo um povo crente, ajoclliaclu; e o ·homem que ora, just© 0u ,atiJpa<lo, é .sem– pre digno de reSJJCito. .Alãi amadq, .i.llêli JJiedos.issima., tragai por 11ós. A este cn.nto largo e solenmc, succeJe um ca-ntico foes00 e J.igciro como a. brisa matinal; ji não -é mais a idade viril que , ora, é a infancia. chei:1. de confiança. que .agradece antes <lc ter recebido, que ora ,agradecendo, que n1ío duvida. orando. N este dia lTirgem Marúi N6s te damos N osso amor. Céos e tu m ~ tdo canta11do Celebrando 1eu loltt'Or. E' o grito dn. alma, que, nascida para ·amar, o!Tercce seu coração i :Mãi do Céo. E ste ca.ntico entoado com animação, com·ida a assistencia, á confiança. <l á fé. . Mas a hora da predica se approxima, e .Já. -0 Sacerdote com o povo ajoelhado in– voca o E spírito Santo, que far; os Prophc– .tu.s. O côro continúa seus cantos· mas -dcst.a vc.,l muda o rythmo, e á ari'a al e- grc succcdc um canto gravr, cheio e n• gestoso: T"cm, ó E Jpirito de lu., Diuino consolador, Abrasa nossos corações 1.Vas cha1mnas do ten amor. Súo ps filhos de A.dilo que p edem a. Dco3 uin raio dessa luz do ::!to, que no principio ill.:minarn a intelligenci a do pri– meiro ho,ncm, scicncia inspirada. que a culpa. lhe fez perder. e da. qual 111!.o conscr– YOU senão algumas fai scas e uma. vaga recordação, transn:íittida. por ellc a. seus filhos, faiscas que no orarmos o E spírito Santo rcaccemlc cm n6s, e que poJem tornar nossos corações fornalhas de luz o de amox .cli,ino. Do alto da ea.Jcira cvangclica uma curta rnstrncção lembra ao povo unra. vir– tude de Marin. ,e ensina a. prntical-:t. A' :voz -do Ministro sagrado que c,ange– lisa, succcdc G Ky:-ie da. Ladainha da. Sa~Jtissima Vir-grm. .Aimla uma supplica: a ornçáo não é uma cadeia. que liga. o Céo i terra? &nhor, com:padecei-vos de nós. Pen· ce– leste, Filho &dem.pior, Espirita viL>ifi• eantc; Sa11túsima 'lh11dade, · que sois um só D eos, leml8 piedmle <k nós; responde o povo, e depois uma a uma, como perobs de um longo rosa.rio, ,·ão-se tlc-ffand n ~!'I invocações da. La<lainh::i.: Santa Jlu,w, Santa Jlái de Deos, R ef11;1io dos p eccado– rcs, rogai p or nós. A musica <lcssas Ladainhas é formoso v~rdadC>i~a JOaucira de interpretar as sup'. plica~ fihacs; o Om pro nobi's parece-se quas1 a um::i. acção ele grai;a&, .o.r.a.çào de um filho que agradece pecfuado, certo de ser ouvido. Mái admú·avel, rogai p or n6s. Ao .Agtws D e~ ,cantado sobre as nol::i.s do Kyrie, segue- se um motctto sciutil– lnntc como uma plciadc de cslreUas: ó· o O' Gloriosa Dcnnina, o Ave .líaria stella, o Regina Cceli. O ve Mari:J stella é o canto elo navegante, que sem bugsola olha a cs– trella que guia sua brancn. vela; o mar é o mundo, a. tempestade as paixões a. esu-olla a Divinn. Múi de Dcos colloc~d:i, por sua maternidade acima dos astros • nova Ev::i. que esmagou a. cabeça \la ser'. pente. .o R egi11a Creli é a. Cl.'.prcssáo da. ale– gn a dos pobres pesc11dore-s Galiloos, qua~-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0