A Estrela do Norte 1863
A l::STRELL-\ DO NoRTE. centro, e aqur.llc ele outro, e se a. revolta, se cstenrlcssc a·sim de sol cm sol nas profun– <l ezas inexp!orn,bs d,t creaç,,o? O qne vi– rin. n. ser o mnndo mn.tcrial, n, onlem a3• tronomica, n. harmonin, celeste? },; e1u Jo– gar destu concerto do~ céod que procl~ma, n. glorin. elo Crcn.dor, que ouYiricis ,·60, n o fundo do;i e·paços, senão o grito la-– timoso de todos os astros fe ridos, preci– pitando- se uns contrn os outros no meio de uma. desordem imrncnf':t, e de um cabos univer. al '? Transpo rtai esta hypoth e~e do mundo material parn as realiJadcs Llo mu11do 1110 - r,11 ; vêcle cada. homem, cm logn.r de acei– tar com a sun. dcpendencin. o movimento r egnlar tla ,mn. viela, aspirar nrL sna, es• ph crn. a tornar-se um rcgnla<lor; em Jogar d(I -se coordenar cm reb\:."io ao se n centro, occupn<lo face a face com o mnl, com a desordem, com a degrn.daç.,o. Pcrcorre:i rapicbment~ commigo esses typo., cgoia• tas que cxititcm sobre a sccn:1. do mu11<!0 · por mai:; radi antes t e gloria qnc \'OS pn'. reçnm, 11ão podeis Lleixar de n.borrcccl-o, . N:Í,o apon tarei senão alguns, mas se o.o 11:to 111ostrnr todos, nem por iasa nbsulro algum. Mostrarei mn.i a, nn.tureza humana qnc as peswaa; D co~ me é le~t('1111111bn. 110 qnc nn.dn . est{L mais longe do meu cora• ç_ão do que cmprcg:n n. palana, par:i. fo. rir um ~ó h omem. A vós pertence <lcci– dir se os typmi que vou aprcst.:ntr1r-i-os são puramcnle imag inarias. Em primeiro -lagar temos ..., . o egoiHmo sn.bio, pensn• dor, philoso pho. Que quer este homem ? Quer fazer um lino ; pnrn. que? Para esclarecer o mumlo cn1 trevn.,i? N,,o ; st<' homem quer faz~r hulha, no mundo cb~ idéas. Quer bnçar o se u nome aos écn. <la famn.: a, SLHL a, mbiç.to está. toda. nli. ':on publicar nm livro, diz ollc, e ó pro· ciso qno se ouça fallar dclle : o que hei du fo.znr? Se <ligo a n r<ladc purn, a verdade com• niurn, a v erdade velha., o meu livro c:1-hir,í H~ mundo como uma pedra no vncuo. Fa– r ei o contrario: \ "OU atn.car violt..mtamcnte as idéas recebidas• vou lançnr o insulto a ~~<lo que o mundo '\·onera; vou tomar uma 1cti:í:L bem ex trn.vngau te, bem exccntrica, hem contraria ao senso commum e fun · dibular_io iotrepitlo, arrojai-a-hei A' face da humantdade conlompor::mea: u. fama é in· evitavel. Eu, di;1; um, v ou nffirmar qno :i. -olÚ priedade é o roubo. Eu, diz outro, vou affi rmar que Jesns Clir_i&t,n não é sen[o um mytho. Eu, <liz um terceiro, vou rcnoyar <los gregos um systcm/L que p:i.recor:.í, no scculo XIX., u1r,:i. noYidaclc estupenda: vou dizer <[Ue a metempsyrn30 é a lei <ln. vid:l. Dizer e, tas consas n o rncnlo XIX, no meio tio Chri;:;tianismo, 6 dar proYa de imda• eia . O mundo nli csl!anl:i.r-se, os c~rls– tiios Ylo e. trcmccer; lia de foliar-se <l1sao, oston bem certo; a, ,:cnsaç.10 profontlo. ó ~egnr.1, o ~nccc~~o não ó cluYiuoso; e jií. ouço o,; ét.:os tlc, mundo qno rcpetPm o meu nome. A ssim cliz, a;;si1n foz o egoísmo penSll.· dor. }Jro.,tr:i.Lo ,h scicnci:i. ou da philoso· \)hia, para celebrar o scn nome b11çaria. fogo ao t emplo da. Yenln.de. 'l. 1 emo3 a <rora o oc:oisrno arti~ta. O egoiõ• mo philosipho qner que se compre u qne SP. luirL o 8en livro; o egoísmo nr• tista quer que se admirem e qnc comprem :is suas obras prinrn.s. O meio de fazer atlmir:rr I: attrahir as vist:13; orn, diz ellc, o que atlrahe :L, vistas d:i. humaniJa,lo cn• rio a, de~t:1 humanidade sensual e frolU'.a, cujas paixür: eonhrço, é i3so que ellH. ach:i. encantador, ao 111es1110 tempo qno o declara \-crg,mhoõu. Affrnntcmo3 o pnc!or, e tamo3 certos que a, obra prima não passara HClll ser vi~t.a ; me~mo a. virgens pudic3.s, através ,lo ,:e11 v~,, c1;scrclo qucrcráo v~r algnm:. cuus.1 . A s ca~ lidn.df "s atctr:i.r-so-hão e os prrgndore, tlcchmn r:'io coutra o escnmhlo ; cmborn, pn·firo ao silencio. O meu 1p1:ulro é indcccnh', a minhn. cslatun. ,5 volu]'tnosn: n. hmn:i.nidade em massa. virá \·cl-u~, nfinn• ça-m'o · n. tendcncia d:i. na.turc;1;a. 1! a mo· ralitlad~ elo scculo. O sublime e o ideal foliam n. poucos ; o real e o grosseiro u. totlos. Todo o meu geuio se desenvolvo G piutn.r o nú, e as multidúcs apre~snm-so :i admirai-o. AcJntcç:i o q11c nconlrccr, 6 preciso q110 se fallc no meu nome, e que o meu quadro 3C vencln. Asaim a arte, com o seu vôo sublime e as snas azas <le scrn.phim, cáho nisto ; aba.te- se na impureza doclicando-so ao egoísmo. [ C'onti11ila.] P!l.<lre FEf,IX.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0