A Estrela do Norte 1863
A ES'l' lU: LL.&. DO NORTE. erro por b :i.se e o absurdo por conscqucn– cia, o scepticismo cmfim cm tuJo que ro– d eia o homem, a começar <lo J cpoiin ento de seus olhos e a aca.bar na attcslação de s ua. propria consc1cncia. Entiio um abYSmo horruroso convida este ente assim a ltri bu– h~o para trngal-o nas trcYas, e cllc, dcs– nurado e com ironia satanica, solta mo _grilo de desespero ~uprcmo. E ste estado mostra que a alma <lcslocou- 8C na harmonia tlc i,uas foniaS, e, J csiquil i– brando- sc, resvalou no plano do aniquila– mento. Experimenta- se a n ecessid ade qa fé, c!arna-sc por clla, mas cm , 1'Lo; o· lutar ~on_tmuo do sophism:i, da impiedade, <la mdifferença calculada, calcinou o tcrre:no da ft5.. :\.gora para com cguil-u fecundo ecr:i nustcr um csfon; o clc, ado da vonhi<lc 'C um auxilio tlo Alto, 11ma abnegaçüo n t ~da prova, acomv:1.11liada tle rnn a disposi• \•LO_ casta a receber a inspira<;~o. g a con- 1issa~crcclo, cu o creio-ser:i o começo da rcha.b1hta çf,o. }.~agdal ena nrrep<\ l\tlitla ao pé <la Cruz, expwn_do com lag ri1ua;; e J•euilencias a 1:nonmdadc dc- ~eu,; pecca<l.. s, S A 1· l . 1 . <l , . ,v. , . -·, gos 111 10 ' 0 \ CH O a. delesa do Christian ismo com e xtremo_ ferv or e enthusiasmo, e detestando ª" doutrinas de Manés e oulros muitos ex– cw_11lo,,, qi~o. se !Joucriam aprcsenhir, sào qu,,;lrns eclifa:antes do prestigio 1.fa fé. 1 ela raz~o O liolll cm remonta-se inde- r ectarucntc a D eo 1. 'Jé . · • s e as I as g cracB e un1- ·vcrs:1cs, nas qnaes t odas a . õ 1 -cimentos t · · ' ' s llEJÇ es, 0 ?~ l C· Juizos ee. rcsoh·cm defiml1v a- m e11lc · e tambon 1 . t . • ' . . ,isscn a com prec1s1!.o os axwmas sc1cnl1fico<> t' . -- r 1 t , -, · comt•roY'rL o 1tlill."-· --3n~n e• u:, ccrt~za_ c!11 todas as dc~ccntrnli - &'\ÇÕC:S <lu prn1c11Ho 11cnQ~•1tc t d lh · . ~ ,u ' \'Olll O O O a.pparc o d1dahco da logica. Pela fé ascende o homc,n lle 1 . =mrno d1rec;to e seguro aos <'. plendorcs da Di- O egoísmo. Qnnm1o se penetram de camada cm ca– mada .... n:i miserias que a humanidade occnlta nos . seus . abp rnos, e até debaixo ,las suas ma1c, bnlha_ntcs superficies, sem– pre, qualquer qne SCJa o lugar por oucle ae enLra, .-cm a topar-se com e ·te mal cen– tral, que é a origem primaria e :i causa. uni,-c rsal de_ to,los os outros : o egoísmo. Amor 1 1 ropnu desordenado, amor ele si atú ao_ o~li ? para com os ot~t ros, o cgoismo é o p~·1~c1p10 q1_w ~c.sorga111sa, o princip10 que dn,dc, o 1m11c1y1~ c!uc fere, o principi o que dc~h•rnra, o pnuc1p10 <1no ;wil ta, o princi– pio que dc:;troc, o prin cipio que mata : é, em uma palav ra, a 1lesordcm uni\·crsal. O cgoi~mo é, 1 ur sua essencia, J esorgani,,. ~ação e dcstrwçiio : é a prop ria uccaden– cia. Donde YCm ao cgo i mo este poucr per– t urbador 't D e ser inimigo da ord em • 0 porqu~ é cllc iuii:iii~o _da~ordem? P orqu e, impclhnrlo c•ftc1:1 111tl1n<luo parn se Lornar cen tro e ccnLro principal, despedaça a har– monia dos scrc~, que nüo existe, e nc,o se mautcm sen,lo pela unidade de centro. A caso i11wgiuai~, se11horcR, o que acon– teceria no mundo sidernl, i;c de repente cada pla neta, dota.do de liben1a.dc, e poclen– do clle mesmo escolh er o seu centro a sua. orbita e o seu ruoyimento, viesse tli~cr ao sol: " J {L n ão me agratla. g,r rar cm torn o de " ti; ba scculos qne le homo co111 as mi– " nh::t.'! marchas obc1li.e11 lcs e com as mi – " nhns cvoh1ções do ceis: cumpre agora " qu1: 111c escolhas para centro e gravit~r " cw lomo de mim; cabe-te agora rccc " bcr de mi m a luz e p rdi r-mc o impulso; " <leves agora saudar-me com oa tens mo– " vi mcnlos respeitoso~, at.ra Yc5sando para. " isso o espaço. " Snppondo que o aslro real poc.füi. ab~i.– car do seu direito de s ·· cen t ro, o que fa . ria ellc se cada planeta, que ,ê h a seis mil nnno::i circular cm torno <lc si, vic.,se fazcr– lli<' tal cxigcncia? Como conciliaria dlc, nos campos uo espaço, onde lhe estabele- Yinda~e por uma con fia nça inconcussa nas p rescnpções e ternas, que Sl· u peito cxperi– JJ1en ta e a gt~e sua caliô_ç:t sul.J1 nctte- sc. D ado o r ro<l1g10 de 11m cfie,to, seu coraçrLO acquiesce á. causa qne o p:rou uzio, p e14u 8 • trm1do-se, ou 'lta chamma ·de doces emo– çõc!!, ou em um simp'les -e magico sentir. A razão pára. om suas concf'pi,:ues nas r:iias <la. fé, e a fé confina.-sti cm Deos -o nde ella ec aqucc.c gloriosamcnLc. ' ceu D cos a re::i.lcza, esta.<i pretençõcs con– traditarias e se posso dizel- 0 1 estes cgois• mos do 'mtmdo :i.stronomico ? E o que acon teceria na cr caçu.o inteira, se este sol, que não é sem duvida senão um satellite de outro 1301, chegasse a dcs\-riar-se do seu Dr. J oeE' J O.AQUlM DE MonAES NA r Almo.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0