A Estrela do Norte 1863
( A hSTUELLA DO 01\TE. que elles lhe proniettessem voltar por sua sorte não se deve lamentar : elles aqu ella cidade, depois de terem preen- tiveram a gloria, não só de morrer por chido o piedoso fim da sua viagem, para Jesus Christo, mas de morrer em logar o informarem em que lugar estava o Di- delle e de adquirir-assim uma immortali– vino Infante, para que tambem elle, co- dade feliz . Talvez que se t ivessem vivi– mo dizia, o fosse adorar; mas, assim do mais tempo, o mundo pervertesse a que os Magos adoraram a Jesus C~isto, maior parte delles. Que acções de graças um Anjo lhes orden0u que voltassem não tributarão ao Senhor por toda a para o seu paiz por outro caminho. He- eternidade, por ter exercido com elles rodes, cuj a ambição se tinha perturbado uma tão grande misericordia l REFLEXÃO. com a noticia do nascimento de um rei dos judeos, vendo que os Magos não vol– tavam para llie dar a informação exigi– da, apoderou-se de uma estranha cole– ra, e ordenou que fossem mortos todos os meninos de Bethlem e dos seus arre- dores, até á idade de dous annos, pre– tendendo por este modo su!Iocar no ber– ço aquelle a quem temia. _ Quantos pais e mãis, peores do que He– rodes, matam os seus filhos com .os máos exemplos que lhes dão e com as paixões que lhes inspiram, fazendo-lhes amar o mund0 e as suas maximas? Foram, pois, tomadas todas as medi– das, e elle tinha por certo qÚe o no:70 rei havia de ser comprehendida- nesta mortandade geral. Com e!Ieito, a cruel ordem de Ilerodes foi executada ; os in– nocentes meninos foram barbaramente degolados. Respeitemos a innocencia dos meni– nos ; e não permitta Deos que lhes de– mos a morte com os nossos discursos, nem com os nossos exemplos. DEDICAÇÃO HEROICA DE U~l MENINO DE OITO ANNOS. Eis a historia de um menino verdadei- Mas o que podem os conselhos dos ho- ramente extraordinario, não pela preco– mens contra os decretos de Deos? Um cidade do espirita ou do talanto, mas por Anjo foi enviado a s. José, e lhe disse,da uma força de vontade, por um poder de par te de Ocos ; « Levanta- te, e toma o Menino e sua J\lãi e foge para o Egypto, e fica-te lá, até qne eu te avise. Porque Herodes tem de bu<;car o Menino para o matar. n O Senhor do universo fugindo apenas nascido ! Que espectaculo para a nossa fé I José cumpriu exactamente as ordens de neos, e asimulada politica de Herodes e o seu iniq1:o projecto foram il– ludidos. caridade, de dedicação e sacrificio, como são favorecidas as creaturas mais privi– legiadas de Deos. Um pobre operaria, chamado Pedro, ti– nha cinco filhos, todos do sexo masculi– no , o mais velho dos quaes contava ape– nas oito annos. A al'guns mezes tinha subido consideravelmente o preço dos objectos necessarios á vida. Trabalhava Pedro di~ e noite, e a grande custo ga- A Igr jn. honra como Martyres os inno- nhava coo que comprar no fim do dia cente§ meninos que perderam a vida. A um diminuto pedaço de pão que rapar- o I
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