A Estrela do Norte 1863
t 2ü A ES'rnELLA DO NOl1TE. ven e infeliz mulher fria e hirta. O mo– ribundo teve ou tro acccsso e ·ae entre os uiyos qué dava ou viram-se tambem sup- phcas .... · Na manhã de Domingo de Paschoa dis– se elle : tenho os pés frio , deitai-lhe rou– pa, rezai a ladainha de Nossa Senhora. r.~commendo-vos a minha mulher ... a minha mãi, e inclinou a cabeça. Omedico j á não era deste mundo; mor– rera como tinha vivido: cheio de fé, de amôr e de esperança. ( Leituras populares. ) Entretenhn~ntos sobre o protestontls• ipo de hoje, pelo Sr. de Se9,ur. PRIMEIBA PARTE. ( Continuação. ) V. reveste todos os disfarces para chega:r a um fim desastroso, e que é_ preciso des– mascarar e combater; os outros são sim– plesmente dormidores, que não são ami– gos nem inimigos da verdade, e que bas– ta acordar e esclarecer. A' primeira e.lasse pertencem quasi to– dos aqnelles, para quem o protestantis– mo é um estado, quando não é uma pro– fissão , e a estes se deve ajuntar um µe– queno. numero de protestantes exaltados, que pagam largamente os s.eus agentes e faz.em dos seus successos um negocio do partido. A' segunda classe pertencem, salvas ra– ras excepções, uma multidão de indus– triaes, commerciantes, burguezes indif– ferentes, qtte são protestantes porque seus pais o foram. Elles não teem outra reµ– gião senão a do homem honesto , e ms– to se assemelham aos máos catholi cos. Está distincção era mui importante estabelecer no principio destes, entrete– niµrnntos. vr. CATHOLICOS E• CATHOLICOS, PROTES'I'AN'l'!S E COMO }; QUE, HA PROTESTA)'i:tES MUJTO BONS l'ROTESTAN'l:ES. E MUITO RELIGIOSOS? Hei feixes e feixes, disse o lenheiro da comedia. Da mesma sorte dizemos aqui, e disti nguimos ainda : Ha catholicos e catbolicos; verdadeiros catholicos e catholi cos de contrabando; catholicos serias, que conhecem a sua religião, a prati.cam de todo o seu cora– ção, applicam-se á oração , á penitencia, ás obras de caridade, á união intima com Nosso Senhor ; e catholicos ao contrario que o são só em nome, que vivem na. in– d~flerença religiosa, que não oram, que nao frequentam os Sacramen tos e despre– zam o serviço de D~os. Não confundamos uns com os out ros, e, ainda mais, não tomemos o máo catholico por typo dos catholicos em geral. Ha da mesma sorte, protestantes e pro~. testantes; protestan tes ardentes na guer– ra contra a Cgreja, animados do espírito da sei ta e de propaganda ; e protestantes, ao contrario, que se conservam protes~ tantes porque nasceram taes, que muito pouco se importam com o que prégam os seus ministros, e mesmo não sabem á qual das mil seitas protestantes elles per– tencem. Não confundamos es tas duas classe~ de _pr_ot1:stantes. os primeiros são sectar1os, 1mm1gos :\Cti vos, cujo zelo cego Assim como temos no catholicismo ir– mãos que nos fazem corar, e que, perten– cendo ao corpo da Igreja, são extranhos ao seu espírito ; assim temos fóra do ca– tholicismo irm:ãos separados, protesta.n– tes, que, não pertencendo ao corpo da Igreja, v.ivem christãmente e praticam, de modo verdadeiram.enle edillcante, os preceitos do evangelho. Pertencendo ao espirita da Igreja tudo o que estas bellas almas teem de fé e de virtude, não é se– não do catholicismo ; são catholicos que se ignoram, e a Igreja os reconhece al– tamente por seus filhos . São bons ohris– tãos, não por que são protestantes. mas apezai• de serem protestantes. o protestantismo, não sendo senão uma negação, nada lhes tem podido dar; sua acção se tem limitado a priv11,l-o.s de umª parte dos soccorros religiosos qll:e elle& teriam recebido se tivessem nascido ca- tholicos. . ~ Quanto 1:stes P!'Otestantes, rec.tos,e_vir tuosos, seriam amda melhores, se t,1ves– sem uma certeza absoluta. quan to á fé , um culto completo e vivo, as consolações tão santificantes dos Sacramentos da Pe– nitencia e Eucharistia, o. amôr da &anta Virgem, e tantos o~u tros thezouros, que a
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