A Estrela do Norte 1863

'l .\ t ::iTJ\ELLA DO J\0 1\TE. Tal é o liJ.baro que erguemos, com tan- 1 os outi:os athlclas da causa catholica, neste seculo tão ameaçado pelas tcnden– cias ao naturalismo. esta empreza tão difficil quan to impor– tante. . Dcos abençoará os modestos esforços que fazemos para o bem da Religião e de nossa cara Patria. Se esta publicação desempenhasse os . fins que temos emprehendcndo-a, não haveríamos mister justificar sua utili– dadP,. OS SETE • ACI1A~IENTOS. Fornecer ás familias christãs das duas Provincias amazonicas, leituras ao mes– mo tempo amenas e instructivas, pro– prias a inspirar o amor dos dogmas e praticas de nossa San ta ncligião, na qual, como acabamos de dizer, consisto o ele– mento pri ncipal do nosso futuro, pro– gresso e engmndecimonto : Defender a causa da Igreja contra os multiplicados ataques com que olla é nestes difficeis tempos combatida, fazen– do~conhecer, por meio do exlractos ·aos melhores Jornacs da Europa e de cor res– pondencias particulares deste Per i_odico, a verdadeira marcha dos acontecimen– tos que ali se produzirem cm referencia aos grandes in teresses da Igreja Catho– lica : Chamar r espeitosamente a atLenção dos Poderes pnblicos do Jmp!3rio, para o tris– te abatimen to em que jazem entre nós as cousas do culto ; e sobro tudo. para a grande obra da cathechese do nvssas populaçõca indígenas, assentadas ainda, vergonha nossa ! nas trevas e sombras da mor te, sem que se faça o menor es– forço parn. chamal-as ao gremio do chris– tianismo e da civilisação : Publicar, para conhecimento do Clero e dos fieis, os actos principaes, não só da act,ual Autoridade Oio esana, senão taro– bem dos seus Vencravcis Predecessores, salvando-se do olvido tantas peças pre– ciosas em que transluz o zelo o illustra– çã.o dos nossos an tigos Prelados, o fican– do enrir1uccidas nossas columnas com esses preciosos thesouros, pela mór parte ainda ineditos, entregues alguns a mãos particulares, outros ameaçados polos ver– mes de prompta consumpção, eis os fins que temos cm mira, lançando a barra a As obras de Ocos não são isoladas ; e posto que a vida sobrenatural seja per– feitamen te distinctcJ. da natural, corno é o mesmo homem que goza do ambas, era conveniente r1ue ellas se- harmonisassem entro si ; ora a vida natural tem duas faces, dous aspectos diversos : a vida i n– divülual e a vida social. o primeiro ac– to da vida natural é o nascimento, pelo qual o homem toma posse de sua pro– pria existoncia e se põe cm r elação com o mundo ex terior. o segundo acto essen– cial da ,·ida é o crescimento, o clesenvolvi– rnento, em vir tude do qual seus orgãos dobeis se vigoram, ao passo que sua in– tclligcncia dilata cada vez mais a esphe– ra de seus conhecimentos. Mas este des– envolvimento não se faz senão pela élli– rnentaçao, pela nutrição, ouLra condição es– sencial da vida no ente contingen te, que vire, por assi!TI dizer, de omprestimo, pela incorporação de elementos es tra– nhos. A's Yczes um obstaculo vem per – turbar o jogo regular dessa mesma vida, o logo a dõr, companhei ra da desordem, invade nosso organismo, e "ahimos no estado a que chamamos doença, para sa– hir do qual precisamos de r emedios. Emfün, des truído o germen ele mor te que se introduzira em nosso interior, não en– tramos logo de subito no gozo da saude ; mas e-nos necessario combater , pela con– valescença, essa debilidade, essa fraque– za, tristes restos do mal que nos atacára. Quanto á vida social, ella não subsiste senão com esta dupla condição : primei– ro, que a espccie humana se conser ve e se propague, e em segundo lugar, que uma autoridade publica vele _pela boa orcl em e seguran ça dos cid&d ãos. o

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