A Estrela do Norte 1863
92 A ES'rRELLA Dd NORTE, Elias são furrnae . , ellas são de uma clareza esrle f\dida. Q,ue quereis? E ' um facto contra o qual nada valem vossos sosphismas racionalistas. Jesu~– Christo, Filho de Deos, .deu aos seus A poslolos, a homens mor– taes e imperfeitos , o poder de perdoar ou de reter os peccados. Raciocinai a perder de vista· . - ' 9ue 11nporta ? O f..-1cto ;ihi está, 1rnmovel, incon c uç s,, diante de ·vós, d esa fü1 ndo todos os tvossus pobres -rac iocinio s . Mas esse poder dé perdoa r ou de reter os peccados não foi dado aos A posto los parn que elles o exercessem á to a , ás cégas, arbi– trariamente; evidentemente não. Os Apostolos não podiam ir pelo mundo absolvendo ou retendo os p~ccados, dando em nome de Deos o perdão a uns penitentes, r ecusando_o a outros a tor to e a direito, pot assim dizer, e por mero capriclto, sem examinarem primeiro o estado das consc ien– cias; a ind a uma vez, isto repuo-na. São ju_i~es, cujrt sentenç~ i::- vai ser rat1hc,1da no Céu· é mi s ter , que proceuarn com conhec imento . Ora, corno proceJerellíl corn co– nhecimento decausa,eomo se infor– marem do estado vercla<ieiro das consciencias; como saberem dos ·peccndos nu.e as mancham dos n ' habi~os e costu ,r.es que as ty- Tannisam,das per,as e inquietações -que as atormentam, senão pelas dec~arações do proprio penitente, senao pela •confissão 1, Loo-o, a confissão é necessaria. ' Neces;aria i sto é, obrigatoria para todos, \'ed~ bem! por.que os Apostolos não re- ceberarn só o poder de perdoar os pP.cca.dos, senão tumbern o d e reteL-os. M:11s se a confisiião não fosse necessaria e obri,raforia · por ou- r ' tra, se buuvesse outros meios or- din arios· á nossa di ~posição para obtermos o p~rdão de nossos pec– cados, sem dependencia dos A– postolas, enta,> do que serviria o , poder que llies foi outorgado, de perdoa r ou re ter os · peccados i Este ulLimo poder, sobre tud o~ fôra completamente illusoriu. Iria um a pessoa aos pés dos Apostolos, e, se não fosse por elles absolvida, recorreria aos outros meios, e perdoada fi ca ria em menoscabo dos me,; rnos A pos to los. E' iin poss ive l. Je~us-Chri~to não era capaz de dar ans ~eus represe111antes : obre a terra um pod e r, que se– ri a a cada passo fru ~t rad o e bur– lado na pratica. Elle disse qu e os peceados fi t:ari arn . re tid os _áC: ue ll es a quem os A postolos o~ retives~e,n . Está dito. Em ou tra parte se lê : " 'rudo o que vós ligardes sob re a te rni, ::;erá ligado no Céo, e tudo o que vós ::lesli gardes snhre a terra será de si ig-ado' no Cé ,, ,, Math. XVI, 19. L0go não h~ 01.1tro me1u ordin -,rio de receber o perdão dos pecca do~, de ser– mos desligado9 dos peccudos, se– não a abso l viçãv dos Apostolos(l ), Mas este poder dado aos Apos– los, notai ! fui dado na pessoa . (1) pi_z?mÓs moio ordiçiario, porque no oaeo de 11npomb11tdo.do d_o i:_ooo,rer á confiSBão, esta 6 eup– pnda pela cqntr1cç,10 perfeita, a quo.! ainda nssi,n envolve o voto do reoebor o sacramento da peni– tencio. quando for possível, como notam os theo- Jogos. ·
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0