VERÍSSIMO, José. A Educação nacional. Pará: Tavares Cardoso, 1890. 181 p.

, 58 A EDUCAÇÃO NACIONAL dade. Ora a melhor instructora da liberdade não é .a licença, é a disciplina, imposta como um de– ver moral cujo exacto cumprimento eleva e não rebaixa quem a elle se sujeita. Sob o pretexto de educação moderna tudo foi permittido, e a facilidade de tudo fazer em vez de, por exemplo, educar a vontade, enfraque– ceu-a porque na vida pratica essa vontade ami- , mada quebrantava-se ás primeira~ contr:arieda- des. É indispensavel não confundir a vontade com a voluntariosidade, si me permittem a expressão. A vontade é uma das forças vivas do caracter, é a somma de todas ,as energias moraes dirigidas no intuito. da obtenção de um resultado que a educação moral deve esforçar-se para que seja sempre util e honesto. A voluntariosidade é o máo lado d'essa virtude, é o capricho ridiculo que faz a criança exigir a lua ou não querer be– ber sinão no copo do taberneiro defronte, se– gundo a conhecida ane.cdota brazileira. Póde-se affirmar que todo o voluntarioso é um homem sem vontade, porque só a exerceu caprichosa– mente, inconstantemente, vaFiando de objecto a cada obstaculo, isto é sempre, porquanto a exer-

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