VERÍSSIMO, José. A Educação nacional. Pará: Tavares Cardoso, 1890. 181 p.

56 A EDUCAÇÃO NACIONAL dencias egoisticas de cada acto de vontade rta criança, e atacar a tendencia e não o acto. O modo de atacal-a é questão de geito e delica– deza, de modo a conseguir-se que a vontade, em vez de ser violentada, se exerça ainda reagindo contra si mesma. A criança que primeiro qui.z e depois, cedendo a uma doce violencia, diz não quero mais, exerceu incontestavelmente a sua · vontade, com outra vantagem, a de realisar a suprema victoria humana, qual a de' vencer-se a, si mesmo. Qua~do a criança, porém, for apathica, indo– lente, cumpre desenvolver-lhe a-vontade, ~ qual 'não é sinão uma maneira de ser da energia, in– citando-a e procurando desafiar n'ella o senti– mento do .brio, da dignidade e da honra. Ella não quer brincar, incitae-a a brincar, mostrae-lhe as outras que brincam, brincae com ella, fazei-lhe sentir o attractivo dos brinquedos, arrastae-a brandameate e persuasivamente a brincar. Ha crianças - e entre nós por virtude. da hereditariedade são communs - cuja vontade activa e imperiosa ao principio, á primeira diffi– culdade desfallece. É preciso não consentir n'esse desfallecimento. Cumpre animal-as, encorajal-a

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