VERÍSSIMO, José. A Educação nacional. Pará: Tavares Cardoso, 1890. 181 p.

.. CARAC l'ERISTICAS BRAZILEIRAS 37 foi o pagem do sinhô-1noço, o escudeiro do sinhô. Ama, amamentou •. todas as gerações brazileiras; mucama, a todas acalentou; homem, para todas trabalhou; mulher; a todas entregou-se. N~o havia casa onde não existisse um ou mais moleques, um ou mais çorumins, victimas consagradas· aos caprichos do nhônhô. Eram-lhe o cavallo, o leva-pancadas, os amigos, os compa– nheiros, os criados. · . As meninas, as moça~, as senhoras tinham para os mesmos misteres, as mucamas, em ge– ral creoulas e mulatas. Nunca se frizou bastante a depravada in– fluencia d'este característico · typo brazileiro, a mulata, no amollecimento do nosso caracter. « Esse fermento de aphrodisismo patrio,» <?Orno lhe chama o Sr. Sylvio Roméro, foi um dissolvente . . da nossa virilidade physica e moral. A poesia popular brazileira nol-a mostra, com insistente preoccupação apaixonada, em toda a força dos seus attractivos e da sua influen•cia. O povo amo– roso se não fatiga em celebrar-lhe, n'uma nota lubrica, os encantos, que elle esmiuça, n'uma sof– freguidão de desejos ardentes. Canta-lhe a volu– pia, a magia, a luxuria, os feitiços, a faceirice, os

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