VERÍSSIMO, José. A Educação nacional. Pará: Tavares Cardoso, 1890. 181 p.

.. I 72 A EDUCAÇÃO NACIONAL mínima verdade picante o exaspera; deve~se lou– var desde as formas do seu falar até as suas mais solidas virtudes. Nenhum escriptor, qualquer que seja a sua fama, póde forrar-se a esta obrigação de incensar seus concidadãos. A maioria vive n'uma eterna adoração de si 'mesma; sómente os estrangeiros ou a experiencia pódem fazer pas– sar certas· verdades até aos ouvidos dos ameri– canos. Si a America não -teve ainda grandes es– criptores, não ha pttocurarmos as razões alhures: não existe genio litterario sem liberdade espiri– tual e não ha liberdade espiritual na America. A Inquisição não poude jamais impedir circulas– sem na Hespan~a copia de livros contrarias á religião do maior numero. Nos Estados-Unidos o imperio dá maioria consegue mais; tirou até a vontade de public,al-os. Encontram-se incredu– los na America, mas a incredulidade, por assim dizer, não acha orgão. Ha governos que esfor– çam-se por proteger os costumes condemnando os autores dos livros libertinos. Nos Estados– Unidos, não se condemna ninguem por esta es– pecie de obras; mas ninguem é tentado a escre-_ vel-as. Não é entretanto por terem todos os cida– dãos costumes puros, mas a maioria é regular

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