A Cultura do café no Estado do Pará

31 .................. -, .... ' 87 de area territorial, talvez o mais rico do Estado pela extensão e variedade de recursos naturaes com que foi fad,1do pela mão dadivosa do Omnipotente. . ·Dispomos de uma natureía ç:iue encanta por seus primores, de um clima S'lturadq de balsamicos ares, vivendo quasi to:ios no goso perenoe de uma existen- cia sadia e fr1rta. 1 O que nos falta, porém, é o vigor de animo para ernprehendermos iniciéJtivas de vulto, que redundem no bem estar commum e no desfructe de maiores ven– turas, que a propria natureza nos offerece com t1111a- nha abl!ndancia. , Nenhum outro municipio participa de maiores bens, eguaes aos nossos, pois dispomos de terras de qLLalidade superior para o cultivo do café e de outros . producto;; que constituem a riqueza nacional. O qi,1e nos falta, é a immigração por diversas mo· dalid1des, -são novas forças capazes de transformar essa apathia que nos enerva, em substancia vigorosa, de maneira a produzir effeitos heneficos e res1_!ltados proficuos. · Não traterµos agora de pre ferencia das minas que afloram a flux das nossas terras, não só em alluvião como em vieiros de quartzo e camadas, encontrando-se n'ellas a platina, o cobre, carbonatos, nickel, o alu– minio, pedras preciosas, etc. ' A immigração japoneza, para a qual o governo do Estado se mostra tão adepto, em razão das qualida- . des moraes e da capacidade de trabalho, que tanto distingue esse povo, intelligente, sobrio e heroico, é a que melhor nos convem no aclual momento, e só ella será capaz de satisfazer o nosso desideratum, que .con– siste na cultura extensiva e intensiva de nossas terras, para n 'ellas serem planfaàos, de preferencia, o café, e, digamos tambem, o algodão, cujos prodw;:tos serão fontes permanentes ele vida e riqueza para o munici– pio· Um halito de torç8 viril pe rpassa pelo Estado, que desperta de um longo torpor, · ao itnpulso generoso e forte de quem o acciona, com tanta firmeza de braço e segurança de espírito . Não podiamas ser mais felizes do que vendo na adininistracão dos destinos de nossa terra, um filho que a ama com a mais sincera _affeição, e. com o devotado desejo de vel-a se!npre engrande- CJda . ·

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