A Cultura do café no Estado do Pará
cução de animo dos que se mostram indifferentes ás contingencias de seu proprio eu. · E, só assim, poderemos conquistar o predominio que · nos cabe,de fórma a sermos collocados na altur;i. a que devemos chegar. Dispomos de forças in&entes e capazes de nos da• rem a preeminencia que almejamos; mas,. para isso, é preciso a sua ligação, de molde a não havei: disper– são da dynamia q'ue ellas produ~em. E' sabido- que varios municípios do Estado se prestam, .admiravelmente, á cultura do café, como Vi– gia, Bragança, Viseu, Ponta de Pedras, Mojú, Porto de Moz, Marapanim, Curuçá, Maracanã, Quatipurú, Sa1inas, Alenquer, Santarem, Altamira, Monte Alegre, Obidos e tantos outros; e difficil não é, pois, incenti– var a plantação do cafeeiro nas terras apr.opriadas, o.ndEl, eom proveito e resultados exuberantes, pode-se colher abundante mésse desse fructo por excellencia. Almeirim foi o logar no P'ará onde, pela primeira vez, se . plantou o café pelos frades da Piedade. No sitio conhecido por «Fragoso», no Jary, ainda · se encontram restos de sua plantação, e d. frei Cae– tano Brandã_o, quando bispo do Pará, viu e admirou, alli, a cultura que se fazia da refe'!'ida phmta. As terras, portanto, de tão rico município são aptas para o cultivo do cafeei-ro; e o senador José Julio de Andrade, que é o mais laborioso e intelli-• gente proprietario dessa opulenta região, já conseguiu plantar vinte mil pés de tão ·precioso fructo, que já é colhido para o consumo local. Na colonia «Clev,eland», do Amapá, existem vas– tas plantações de café, c.omputadas em .40 mil pés, pro– oorando o dr. Gentil Norberto desenvolver ainda mais a sua cultura. Muito confiamos nas energias do illustre gover– nador do Estado, que é filho prestimoso desta terra, a que temos por de,ver coqsagrar a nossa estima, por motivos de particular affoição; e por isso, para elle appellarnos, convicto de que não será em vão a sup– plica que. lhe dirigimos nestas linhas, no sentido ex– posto, relativamente á cultura de que nos occupamos. O commercio paraense é constituido em sua maio– ria, por elementos da colonia lusitana, o que quer dizer-gente que nos é· affecta, em razão de principias primordiaes, que 1~os unem e entrelaçam nos mesmos elos, formando, assim, por interesses vitaes, uma só
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