LE COINTE, Paul. A Cultura do cacau na Amazonia. Belém: Imprensa Official do Estado, 1918. 32 p.
.-28 - prm·ncadas pelos cogumel11s qu • se dC'seiwolvein em suas 1'aizes, nos galhos ou nos fouetos . Uma dessas, a que na, .\mazonia causa a s pei·_das· mais importantes , é a- "po– dridão ne:gra .. do cacau. ,\laneh as µar das ou rn·m:_as rnos-_ iram-se em diversos ponlos da casca do fructo , JJ1'll.1êi– palmente perto do pcnduculo e lomam, ponco a pouco , foda a super fiei c; a polpa dccompõC'-se e endurece, os ca– roços sef' cam e se cobre1il de bolores. Quando o fruclo já, se acha mad,uro , os bag·os podem aind,t ser utilisa.rlos, mas não se deve mistural-os com o 11cslo da colheita., pois, depois da dissecação , eslão negros , os reslos da pol– pa adherem fortemente e clles dão 11m eacan de qnalida– de muito inferior. Chama-se de ''cacau lagarlão ,. ao Cf},– ean attingido por essa doença, qlle se desenvolve sobre– tudo quando as chuva:i> são muito abundantes e nas p-ar– ies do cacaual em que a sombra muito densa, impedin:. do o acces80 ela lnz e a renovação do ar, mantem uma lrnmidade muito grande. Essa doença é attribuida a diversas especies de co– gumelos: Phy/ophtora omnívora, - Bol1'1jodiploclia theo– úr:ómre e Co lletotrichum. DP um. modo geral. porrm. pode-se dizer que os ca– cauei ros ria ,\mazonia sii o mui lo sadi os, apezar do esta– do de abandono em que vivem, de sorte que a pessôa que se dê ·ao incommodo de cuidar de sua plantação não terrí a temer, epidemia devastadora alguma. Uma vez seccos, os bagos do cacau podem aindíl ser deteriorados pelos inscctos, especinlmenle por umli especie de ttaça, a Ephestia e lutella ( Lepiclopteras– Phycidas ); a borboleta qne [em cerca de 18 mm. de lar– gura total , cleposita seus ovos nos caroços e as larvas, de 13 à 15 mm. ele comprimento , Yivem ás expensas -da arnen.doa cm que ellas cavam galcri_as cm todas as di.c recções. _ ·'E' mpito :difficil dcsembaraçal-os dessas traças, e_ o melhor para· .o planta.dor, é evi tar c:onservàr por m11ito tempo o seu cacau secco no armazem. · EXPORTAÇÃO DE CACAU PELA .\:\L\ZONIA.– Desde 1773, a ex portação de cacau pelos portos amazo– nicos altingiu 863.548 kilos. Era de 2.963.152. kilos , em t85'1; d~i 3.480/~01 kilos , em 18fH ; ele 4.191.22:2 lzilos, em 1871; de 5.405.000 kilos. em 1881; de 6.555.000 kilos, .efu" 1891; mas cahiu para 2.904.000 kilos em 1901. · Depois ell a tem oscillado entre 2 e 4:.000.000 de kilos. O maximo foi atf ingido em 1888 com 7.539.000 kilos. .A--rrraior par– te d<t Cflcau é ex.-po1't-ada pelo porto de .Belem. Itacoatia-
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