A Guerra da triplice alliança

,.. 68 i lançarmos um olhar r etrospectivo sobre esta guerra, que só en lão comecava a a ·umir maiore~ proporções, acharemos que pouco differe das lutas anteriormente havidas na Banda Oriental. A guerra en lre colorados e blancos não pa ·sou elo habitual systema de guer– ril ha , seg uido pe.los gauchos . Os colorados tinham ua ver dade um objectivo, que era a conquista da capital , mas não t i.1ham plano assen · tado : seus movimentos dependiam ·do: successos da occasião . Duas vezes surgira F 1ores a: · porta-; de lVIontevirlêo, cont ando sem duvida com o levante do· seu · particlarios dessa cidade, porque bem sabia que não possuia os elementos neces ·ario l ara superar as forti ficaçse.:;. Mesmo Rio-Branco havia convidado o almiran te viscond e de Tam a nd a ré e o bariio de S. Ga briel para assistirem ás conforencias. O viscon de de Tama ndaré provocou e r, tiio, na– presenc do go neral Flores e do comn ,issario do Sr. Vil la lba, um co uflicto de juris– d rcçâo. Declaruu que o competente pRra tra lnr de negociaçi'\o era el le. Desd e a che– gada do nosso dipl omhta ao Rio da Prnta cumeçarnm os e11 thusias!Rs da gm,rra a propala r que a m issão que Plle leva va era obter u ma solução pacifica , ev ita ndo o µrc •seguí111 ento das boslilidRcles. Tal pensamen to não linha nem podia t, r o visco nde do Ri,1-Rranco, q11e bem s&bia ti estado das cousns e conhecia que era chefrado o momento de fallar o ca u!Jão. O viticond e de Tamandaré deixou -se im pressiona r por esses b0alos e pelos conf<elhc\s de alguns amigos CJ U'l procuraram conve nce l-o de que a nomea çiio de um diplurnat11 era un,a offensa à sua aut oridade. Fo i p11r is~o qu., o al mir ant<' , apena ~ Leve noticia da proxi n,a chegada da m issão especial, segulo a aLacar Paysa udú, e n, dezemLro, tendo a tie nas 40U hor.:en s de desembarque, e es,a pn,ça l , lOO defenson ·s. Declarando, na co nfere ncia allndido , o nosso al111i ra 11te que ern elle o competente µa ra 1ratar, o visconde do Rio-Branco. com a prudencia que l he ó habitual, e d1J po1s de fazer al~umas reflexões, mostr0u-J!J e os seus µl1;11os µode res, com o qu e deo-se por convencido o n,esmo almirante, d ,zpndo riue já sti nãn qt,eixa,·a d'ell e, mAs sim do g»verno imperial. N'esta scena , o procPd iment11 deli cudo do Yisco nd 1:1 do R io-Bra nco foi u,ais !unge , purque accresce ntou: - " i V. Ex. dec: ara não estul' pelo que eu tizer, « Pntrego 11,e a ueguciaçuo, porque n'este caso a 111 ii,1J a respons,11.lil ivade lica rá salva. " E u lenh o a responsabil idade , não posso decli nai -a, salvo si V. lix. dissH q ne não « está pelo que eu fi ze r . » O almirante declArou qu e não, e qne, á v ista dos plenos podPrnS, eslava conver:icido de que ao r. Rio-Bni 11cn co1111mt ia diligir a neg»cia1:ão. O pen amento do almira ute, manifeslnclo n'essa confere11cia , e em t ncl os os seoo 11fficros ao governo, era que o g~oera l Flores fosse o presitl e11 1e da repulilira, que cahi ssem Agui rre e o partido blanco, e que se perm ilLisse aos 1Hais imporwn tes d.a facção en– tri ncheirad a e m MoneY tid éo, in clusivamenttJ os pris iuneiros de P ay.,an,lú , a retini da por algum tempn do paiz, comn consta ele sua carta d 1rigicla ao visconde do Tiio – lJra nco em 8 de feve reiro, c,fficio de 16 do dilo 11,,,z ao rniui stro de negocios es– t rangeiros. Tu do i b10 se fez, e o almirnnle ach,:;in o accórdo o rn e]l!l)r pass ivei , lem– bra ndo até que, sendo o dia 20 de fevereiro 1rn11 iv~rsa rio da b:ü al ha de Ituzain g••, devia arliar-se pa ra e ntão a assignatura do con veni o. Quando se es palh un a noticia da ce·ebraçãu do co11 vt11io, ondas de poYo vieram de l\fo ute\·idéo :i vill a da U11io11, con,– prirMntar os a llindus. O a lmirante e o general eui chefe estavam com o visconde uo Rio -Branco e o general F lores, recelle11do as man ifestações puhli cas, q 11 e se tnl– d 11ziam eu1 explosões de um grande regosijo uaciuna l. No dia 28 e11trava o exercito alli ado 0111 ~loutevidéo . . . . O almirante ti nh a ido pa ,a bordo . Ahi, as ob ·ervações de algumas pessoas q ue o Cdrcavam t urvaram -lhe o espí rito, Ti nh a-se aj us tado q ne, lngl) q 11e os allindos entrassem na . capit.a l, uma salva de 21 Liros saudasse a ba ndeira brazileim. O a lmiran1 e mandou declarar qull não communicava Com a terra p..rqtttl não ti11ha I.Javitlo ainda a salva estipu lada. Isso foz com que o genera l F lores ap,cs– sasse a demonslraç:io . O enthu~iasmo dos brazi leiros e eblrangeiros em Montev idé,i era immenso O commandante em chefe do nosso extJrcito. na ordem do.d ia que puLlicou, di8se: - « As 1,oss13s 1eclama çõ, s se rão satisfeitas; a amn istia concedida pelo illustre « ge11cnil F lores não compreheude os roubo~., :•ssassina tos e outros crimes co1 11 111uns, « pelos q uaes, a ntes e cJ.un, nte a gtterra , se assignalara111 algu ns dos ferozes sequã zes « do l1artitlu vencido. Taes crime~ crão- p•rn iti c,s, purque a moral, a civilisaçfio e a « j11st1ça assim o 1·eclamam. As armas e a diploma cia bras il eiras nfio podiam ser mu is " feli zes, nem mais gern,rosas em seo lriumpho. O Brazil i11teiro o lla de rn•·ouhec,· r « e applaudir. " - Cuu1 effoilo haví amos alca nçado tudu qua11lo se p0clia deseja r. oL– ten<lo Lodas as sati sf1:1,ões exi)(idas 11âu só i,elo ultimatw ,i el e 4 ele ngoslo, cumo as ,1ue se de\'iam ox igir depois pelos excebsos pra t.icados pelo govern o d~• Agrürre em i\l ontevid,éo. Fu111v~ alem : c,IJLivemos até promessa de inden,u •sttçào pel os prejLti1os ela a ntiga guerra civil. Os n!Jssos inim igos fugiam espavorid os; o guvorno que nns insnltárn caltira ; o nosso al lind,> est a , a no poder ; e a Republica Orien tal declarava guerra a u Paraguo , , unindo-se ao Brazil. Quando a noticia clJ egou á capita l do Iu,perio e-i.citou granclo ou– t!Jusiasmo. Mus o \'bcoude do Riu-Branco tinha , como todos os home11s quo se Olt'vom, riVues e in imigos. Expondo a situaçiio das Cll usas no .Rio da Prntn, li avil' ello es – criplo ao g veru v, declaranJ o q ue em sua opinião deviam ser nomeaJ os o duq ue de Caxias commandunte -'lll chefe do ex ercilo (o l>ari'lo Ge S. Gabriel, eufermo ia reli-

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