A Guerra da triplice alliança

61 grande habilidade, t irar part ido de todas as circum tancias e r emover as difficuldades que appareciam. Tendo exercido uma influencia benefica, e merecendo seus acto ; em Mont&vidéo, em Buenos- \.i res, e em todas as terras do Prata, lisongeiros e imparciaes applauso , fo i grande e geral _a sorpreza produzida pel a noticia, chegada do Rio de Janei ro, da exoner ação que lhe fo i dada, e de fo rma as. az brusca e clescommu– nalmente severa. O governo imperial manifes tou-se descontente com a generosas condições do convenio de 20 de F evereiro e cedeu proval – men te á impressJ0 causada no Rio de Janeiro pelas c:>rr crias de Mufio z e Apar í c i o no Jaguar ão . O conselheiro Par a nh os receb u esse gol pe exactamente no meio de uma festa brilhante, organi ada em sua honra pelo novo governo ele l\fontevidéo, pelos di plomatas, al mi– ran tes e consules de todas as nações r epresentadas no E tado Oriental , em signal de grat idão pel o r estabelecimento ela par, (I ). P a r a nh os protestou em um manifesto, datado de 14 ele Iarço, contra a censu ra , que ao sGu procedimento irrogàra aquella clemiss".io (2), e este protesto fo i não só reproduzido, em todos os jornaes elo Rio ele Janei ro, mas t ambem commentado em sentido favor avel (::l). Seu successor foi o conselheiro F. Oe ta vi ano d e A 1me i da Rosa. A iniciação dos t rabalhos 1 ara a concl usão de uma al lianra offen– siva e defensiva entre o Hrazil e o Estado Oriental , contra ·o dieta– dor do Paraguay, t inha sido feita por Par a n h o s (4). Nó~ Yeremo depo is as bases desse aj uste no tratado da triplice allian~a. (1\ O Sr. visconde do R io-Branco teve conhecimento da sua exoneração, horas a ntes · de receber as pessoas que convidára para um banq uete que deu no dia 14 de Março em ho nra da Imperatriz. E' esse dia, como se sabe, o anH iversario natalicio de S. M. (2) Esse documento, escripto cm Montcvidéo no dia 14 de Março, foi aqui publicado no J ornal do Goinmeroio do dia 21. (3) Do Relatorio do ministro elos ue$ocios estrangeiros de 18Gi extrahimos o seguinte : « .. . . Comtuclo o governo imperial Julgou o co nvenio de 20 de fevereiro deficiente, por não han \r devidamente aitendido a graves oITensas, commcttidas no ultimo periodo dei admi– nistração Aguirrc, tacs como as inqualificaveis correrias do general Iui'ioz e coro nel Aparicio, que, mandados pelo govn nn de Aguirre para excc rc01· actos de vandalismo coni ra a população inoffensiva rio-grande1,se, depois ele um ataque infructifero sobre a ci ,h.le lo Jaguarão, comrnetteram em suo.s imme,1iaçõos os mais horrorosos aUentaclos, o i nsul to á bandeira nacional, e o insolito procedimento elos prisioneiros de Paysandú , que, sob palavra de ho1wa, posios em liberchde por llm acto ge neroso do chefe brazilei ro, recolhendo-se a Montevicléo, empunharam de novo as armas contra o Imperio. « Effeitos do aooo,·do ele 20 de F eve,·ei,·o. - Assumindo o Sr. senernl Flores o supromo poder da Rcpub1ica, organisou logo um gabinete inteirnmentc desllllndo a dnr ao convenio a mais leal execução. O primeiro acto elo governo provisorio foi co nsiüorar irrito e do nenhum eITeito o decreto de 13 ele dezembro, que havi a c.o ndcmnado ás chammas os tratados celebrados com o Bmzil. 'e. sn mesma occasião prohibio a exportação elo artigos bell icos Otl qualquer outi·o auxilio directo ou inclirecto por parle dos habitantes da Republica ao go1·erno elo Paras uay. Restabel'!ceram-se os consulados brazil eiros na Republica. F oi dispensada a mis– são em1ada á Enropn pelo governo do r. Aguirre. Expediram-se as necessarils providencias para tornar-se cITectiva a submissão elos c,mdilhos lll ui'ioz e Aparicio, e a ave riguação elos factos de que ellts e ottlros scelerntos er.1m accusa clos, po.ra serem processados auministral iva e j udicialmente. llfonclou-se igualmen lo syncl icar, po.r n o m esmo fim . (lo insul to foito por Susviela,, Palomeque e outros á bancleir.1 braz'leir a. QL mnlo aos cauuilhos lltni1oz e Aparicio, fi zeram-se logo cJfeclivas aquellns provhlenchs, tendo-se cllos submeLticlo e cl eposf o o.s armas; restabclendo-se assim complebimeoto a paz na Republica. n (4/. O futuro hi storiador ri o Brasil niio poderá deixar de consttltnr com inlorosso os discursos proferidos no se üa.d o, em Junh o de 1 65, soLre o cnnvenio de 20 de fe– vereiro, assim como o folh eto publi ca.do mezos depo is pelo Sr. Viscond e do R io Bl'anco com o titulo - cc A Gonvencáo de 20 do Feverriro demonstracla d luz dos de– bates d/J S enado e dos successos dá Uruguuyana, por JosJ l'.f nria da Silra P ai·anho:;. " (l8G5, l vol. )-Do opusculo publicado em 1871 pelo Sr. Al varenga Pe ixoto, nosso prezudo sm igr, tomilmos os seguiu tes trechos onde o le1lor Yerá re~um iclas as censuras feitas á convenção ele 20 ue fevor.iiro : , cc . . . . No dia HJ de fevereiro á noite estava coucluida à negociação. O visconde cio

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