A Guerra da triplice alliança

58 ram-se a seus consules e encontrar am prot ecção. No meio de um ruidoso tumulto naufragou esLe projecto financeiro . Em geral Ag ui rre encont rava ma vontade e r es; stencia . Uma ordem sua para que fossem enviados as trincheiras todos os farelo de algodão que estavam na alfandega e nos t ra1,iches, suscitou gr ande opposição. Ao mesmo t empo os agentes diplomaticos protestaram contra a accumulação de polvora e munições em uma casa no centro da cidade, e, não importando- se Ag uirr e com este prot esto, annunciou-se um me eting de todos os estrangeiros r esidentes em Montevídéo, pa ra apresentarem uma petiçãv collect iva . Ag uirr e prohibio o meetin g, mas os negociantes estran– geiros reuniram-se em particular, e redigiram uma representação ele caracter político, rememorando a t riste sorte de Paysandú, a superioridade do ini igo, a pouquidão dos meios de defeza e, por todos estes mot ivos, declaravam que, no proprio interesse da capital, devia o governo procurar reconciliar- se com F l or es . Não precisamos r eproduzir os t ermos asperos com que Ag ui r r e r epellio esta r epr esenta~ão, nem descrever o desanimo e desgosto que se apoderou da maior parte dos habitant es, facilitando assim as operações elos inimigos. Em meio desta confu. ão, ainda o presidente achou opport unidade para uma mudança ministerial. O ministro da guerra, general Anclrés Gom ez, · irmão do heróe ele Paysandú, fo i demittido, sendo nomeado em seu logar um advogado, J a c y n to S u s v i e 1 a, que pertencia ao grupo mais exaltado, e que declarou logo que antes queria, como o Dr. Carrera s, reduzir Montevidéo a cinzas do que capitular. As providencia que tomava, manifestavam a firme r esolução ele uma resistencia tenaz . Mandou destruir todas as pontes de desembarque, não só no porto, como do lado do mar; fez abrir um fos o na principal r ua transversal (Calle del 25 de Agosto), como segunda secção ele defeza, no caso de succumbir a par te exterior da cidade; por generosa distribuição de viver es, poz em boas dispo ições de espírito a guamição , composta de tão het ero– geneos el ementos, e accelerou a formação do corpo de tropas l igei– r as sob o commando ele Ba zilio Muiíoz e Aparício, que, devas– tando a província do Rio Grande do Sul , devia cortar a retirada ás t ropas brazileiras . Ao mesmo ·t empo ideou- se um meio de arranj ar di– nheiro, que trar ia a participação dos neutros na lucta imminente. A g ui r r e exigio do Banco Commercial e do :Banco Mauá, um em– prest imo fo rçado, mas, negando- se ambos, houve da "" parte do povo disturbios e ameaças cont r a e ses estabelecimentos, o sogundo dos quaes fôr a fundado, e era dirigido, por um brazileiro, o barão de Mau a . No meio d'estas ameaças de violencias fez-se uma proposta aos agentes dipl omaticos e consules para que desembarcassem dos navios de guerra de suas na~( es destacamentos de tropas navaes e mari– nheiros armados afim de gua rnecerem os bancos, a alfandega e os ed ificios publicos (1) . D'est'arte pretendia A g ui r r e evitar o ataque dos alliados ou ao menos suscitar complica: ões, que embaraçassem a acção militar dos mesmos . Os ministros da Hespanha, Ital ia e França mostraram-sê dispost os (1) O autor refere-se provavelmente á circular do ~overno de :Mo ntovldéo dirigida em 11 de J aneiro ao corpo diplomalieo a\li residente, « solic1to.ndo uma declo.ração clara e tormi– nn11te sobre a attitude que assumiriam as f,irças rJavaes estrangeiras no caso de 1·epelir-se por parte do imperio naquella cidade a aggressão feita conLra a praçí1de Paysandú. » O corpo diplomatico respondet1 c1 que cons iderava prematura qualquer declaração a este respeito. » 1

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0