A Guerra da triplice alliança

,, 56 monte, ou serro , de 5 'J 0 pés de altura, compl etamen te despido de ve ,,·e– tação, que é o primeiro ponto avdado pel os navios que se a !)roxim:1,111 da cidade. Dahi « Monte Vídeo » : eu Yejo o mont e. A cidade esta situada em uma lingua d':l terra, que se e tende de norJeste para sudoeste na margem e3querda do Prata, em Jogar onde o rio constitue jà um l ar– g uíssimo estuario. A liogua de t erra inclina-se pouco a pouco para o rio e as emelha-se a metade de um melão, cujos gomos corresponderiam às rà as longitudinaes, em quanto que as transver.saes se dirigem, ao norte, p:. i.ra o porto, e, ao sul, para o surgidouro Na extremidarle desse pro– montorio ec,ta o antigo forte hespanhol ele S m José, que nenhuma re is– tencia póde offerecer á arti lharia moderna, e . ó serrn para dar sal va . Ainda em 1725 era este lugar uma p'.lvoação insignificante, mas de ,de então ele envolveu-se rapidamente pe' o commercio. Maior seria ainda sua prosperidade se não foss::>m as revolu ç.:. es que periodicamente a atrazam . Como já dissemos, um:i. língua de terra se..-iara do r io, ao sul , o porto de Montevideo, com r egular ancoradouro proximo á cidade Do outro l ado do porto, ao norte, l evanta- se o Cerro, em cujo cimo esta as ·entado u m antigo castello hespanhol. Em different es é 1 )ocas fortifica:ões capazes de deter qualquer in vac,ão pel o l ado de terra foram l ernntadas na grande sal iencia pen insular, onde hoje se vêem extensos arrabal des, orna– dos de lindas chacarac;, pertencentes a ricos negociantes, na maior parte estrangeiros . E ':itas fortificações n ílo foram construidas segundo um systema regular; foram l ançadas aqui e ali. Em muitos pontos Jhesse áqnella praça. No di_a 1() de Janei ro de 17:/.l foi cumprida essa ordem, e tres dias depois chegou a Montev1déo o general Z1vala. Achanrlo o ponto abanclonado,regressou elle para Buenos-Aire3, deixando em Montevidéo 1 lO soldados de linha, 1.0:lO índios armados e 10 peçíls de art.ilharia. Foram os primeiros povoadores d>\ b•;l la cidade que ah i se ostenta hoje. Em 1736 o brigadeiro Paes e o coronel de artilharia And ré Ribúro Coutinho, 'enviados do Rio de Ja11eiro pelo Conde de Bobadella para soccorrer a Colonia . que era sitiada pelo go vernador d•1 Buenos -Aires, Salcedo, tentarnm apoderar-se de l\fontevidéo, e com o fim de reco nhecerem Rs fort.iticações in imigas, desembarca ram no dia l ó de Setembro na ilha d.is Rüas, que os ncssos chamavam então- ilha das Gaivot.as.-Das bate1;as de torra fizeram para a ilha muito fog.1, respond id o vivamPnte pP-las 3 na.os do coronel do mar Abreu Prégo, que conduziam a expedição, composta de uma com– panhia de arLilharh_ e 4 de infan taria d~ Rio de Janeiro. O brigadeiro Paes, v~ndo que os uespanhoes J>l estavam bem fort1hcad os, embarcou na tard e à o mesmo dia e seguia viagom para a Colonia.-E_m _3 de Feve rre1ro de 1807 foi Montevidéo tom_acla de a~salto polos inolezes, mas sendo a principal f.Jrça destes derrotada em Buenos-Aires, cap1tulo1 L o chefe da expedi ção, em 7 de Julh'> do mesmo a n •10, e a evacuação de Monte vidéo fic"u lambem estipu lada nessa convenção. Em 1810, depois rl a r,evolução de 2-S de Maio em Buenos-Aires, conce11 traram•se as tropas hespanl10las em Montevidéo, e alli forJrn ~iliacl as em J8 ll pelos arge ntinos e orientaes, mas um exercito porluguez (em sna tota– lid ade composto de brazil eiros) penetrou até llfaldonado em auxilio dos hespanhoes e obri rrou os pat.riotas a levantarem o sitio. No anno seguinte term inou essa interven ção pelo" armistício assi~nado em Buenos-Ai res sob a med iação ingleza, e, voltando o nosso exercito ao Rio-Grnnde do Sul, tornardm os argentinos e orientaes a sitiar a praça, que afinal ' succumbio em Junho de 1813. Começou então a gnerra entre os argflnlinos e orientn es, e sendo aquelles derrotados no Guayabo, evacuaram a praça em 2-1 de Fevereiro de 18H. Os orientaes, que tinham por cn efe o celebre Arlig 1s, fie ,ram de posse de Mo:1.tevidéo até 1817. No drn 19 de Janeiro desse anno a praça capitulou á aproximação do exercito do general L ecór {portugueze.; e brazileiros:, e no dia seguinte entrá.ram solemn e– me nte nossas tropas, mantendo-se ahi at.é o anno de 182'2, em que, C'nn a procl amação da independ encia do Braz il, separaram se as fórças porLuguezas das brazileirns , fic;indo aqu ellas ás orJens do general D. AI varo da Co:5ta e estas ás do general Lecór {Visconde da Lagunf\) . Os portugLLezos r\efenderam se na praça de~de 1823, sitiando-os as tropas imperiaes. Em Novembro d 1 1 2-'3 conclnio-se uma convenção pela qua1 deviam embarca r para r or tug<il. apenas estives,em promptos os transpQrtes, as forças q 10 obedeciam a D. AI varo. E ste embarque effec Luou-se em F evoreiru ele 18 !4, e no dia 11 desse mez fe z sua entrad" em Mont~viclê1J o exercito brazileiro Mantivemo-nos nessa praça desde então até 2:{ de Abril de 18!9, dia em que parti ram pfl ra o Brazil as tropas qne ahi ficaram em virtude da conven ção preliminar de puz de 27 de Agosto de 16:!8. Em 1 '51, alliados ao go – verno de .Monteviuóo , desembarcámos alguma tropa para guarnecer o Cerro, perto da cidade. Em 185:í uma di visão l>razileir,1 occupou essa capital a pedido do g0verno oriental. Fim\1- mente em 1!3 de F evereiro do 1865 entraram de novo nossa$ tropas em MonteviJ óo, cJmO veremos adiante. •

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