A Guerra da triplice alliança
53 foi descober to em seu escondrijo e condusi<lo preso para o acampamento. Com a con~ciencia de ter sido em toda a sua vida violent o inimigo do Brazil, parece que r eceiara ser fu zilado, pois pas ando diante de um grupo de « colorados » que o reconheceram e pediram que elle l hes fosse entregue, declarou ao official brazileiro que o e coitava, que e se era tambem seu desejo . Talvez suppunha que seus pat ricios, a despeito do od io poli tico, o t ratariam com menos severidade do c1ue os abomi– nados brazileiros, e :não pod ia ignorar quão fac ilmente na vida revolu– cionaria dos paizes do Prata os inimigos se tornam amigos, os adversarios , alli ados. Em resumo, elle consentio em ser ent regue como prisioneiro de guerra aos soldados do general F 1ores . O official brazileiro exigio dos ori entaes a pr omessa de que nenhum mal fa riam ao pri ioneiro até á sua en– trega aos chefes do exercito . De novo o grito de - << Quinteros ! » - produzio nma scena de sangue. O prisioneiro foi l evado para uma casa e logo se espalhou pela tropas a not icia da captura de um inimigo antes tão temido : Então echoou o grito : « Foi um dos assass inos de nossos camarada · em Quinteros ! » e esta reco rdação cu tou a viela ao misero Cruel ateou- se a chamma davingan~a, e ao: gritos de- « V e n ga n za, v e n ga nza por Quin te r os »- foi elle a rrastado para uma ca a proxima,- e l ogo fuzilado. Tendo sido aprisionado por soldados brazileiros, attribuio- ·e a prin– cipio sua morte a estes, e com as primeiras noticias da guer ra espalhou- se esta falsidade pela Europa. Quando o facto chegou aos ouvidos do vice-nl mirante T a ma n da r é, mandou este proceder a um rigor o. o inquerito rara completa elucidação da verdade. J ustamente indignado i:ela calumnia de attribuir - se ao seus comratriotas o fuz ilamento de um pri. ioneiro ele guerra, declarou o vice-al mirante ao general F 1o r e s que para reparaçlo do crime praticado soltava a todos os officiaes orientaes, que estavam prisioneiros e em qual quer cooperação posterior do. colorados contra os blancos pedia que se ab ti– ve sem de repetir taes attentados. (l) chtclos feri d, s. Ao t,ido 180 mortos (G e ffi ciaes) e 3()3 feridos (13 offici ncs) ou 5 :2 homens fóra de combatc.- Si tives~cmos nrtilha iia de ba ter, a pra ça teriR sidn toma da sem sucdflcio tii o grande de vidas. - A artiihaiia, arm amento e munições que cahiram em nosso poue r fo ram entreg ues uo gene ral Flor es. Das bund eiras tomadas, umu foi depositada no musêu mili tar do R io de J aneiro, mas o ministro oriental , Dr. Andrés Lamas, reclamou-a algLlm tempo depois, e o governo imperial ordenou que fo~se dc\"olvida. (1) Leundro Gomez foi aprisionado pelo coronel Oliveirn Bello, mas Gregorio (Goyo) Suare~, _um dos chefes do exercil? de F lores, reclamou -o, e elle proprio decla rou que preferia ser 1;1n s10ne1ro dos seus compatriotas. O resultado foi passarem -n'o pelas armes momentos depois . O almirante Tumandaré, dando conta ao governo im perial deste lamentavel acon te– cimento exprime-se nos st>gui ntes termos :- « .. . E ntreta nto, o fogo con ti nuava por toda << a parte, e nossas tropas foram ava nçando e chegaram ao in tericr •da 1iraça, qua ndo o cc general LPan dro Gomez escrev ia sua respostn a es ta ulti ma concessão, que nfio J?Oudc « conclui r porque foi nprisionado pelo coronel Bello, que o entregou ao coro•,el onental < 1 Goyo Suarez, om vii tude de reclamal-o es te em nome do g neral em cbefo, e preferir < 1 11quelle SCfinil o. D'a bi a poucos momentos oramos informados daquclle ftl clo , o de que « o general Leandro Gomez, com 2 ou 8 offi ciaes. t inham sido fuzilados. Não pude conter n a indignação que se apoderou de mim p'.l r ver ma nchar assim um a tão explendida « v1cto!·1a . Grande _cr~ a aflronta que tínhamos a vingnr, innu moros os insultos que o « Braz1_I e os braz1le1L:os solTreram deste homem; comLudo. ou queria qne sua vida fosse « respeitada, como ha via positivamente recommendado, com nma s0liciLutle quo não disfa r– « çava. Ma~ a fa tal idade o im pellio a seu dcslmo, fazendo-o, pelo sen orgu lho, deixar « a p_rotacça? da band eira brazileira, se io se recordar que os odios políticos são sempre «. n:ia.,s crue1s que os nacionaes. >- O ministro do:; negocios estrangeiros, Dias Vieira, dll'lg1~-se nos segni_ntes termos, em 22 de J aneiro de 1865 ao plenipotencia rio brazilei ro, Sr. Visconde do R10-Bronco :- (( Accuso a recepção do officio reservado do V. Ex. de 7 do « corre_nte sob n )5, em additamenlo ao os tensivo que mo diri glo nn mesma data sob « n . l J, relatand o o triumpho qu e, com. a tomada dn praça cte Pnysandú no dia 2, < 1 alcançámos contra o governo de i\fontev1déo o seus d fensoros ; e, in teirado el e tu,lo < 1 qua nto refere V. E x. a respeito do fui ilnrnento do general Leand ro Gomez e ou tros <t chefes do mesmo lado, depois de prisioneiros, e das reflexões que lhe s uscitou tão
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