A Guerra da triplice alliança

r 52 ant es do bombardeio annunciado quizessem deixar a cidade e r eunir-se aos out ros fu gitivos na ilha. Este pedido foi despre·ado, e Le a ndro Gomez de sua pa rte an ticipou o ataque empr ehenclendo na manhã de 31 de dezembro uma sor tida cont ra a · tropas r egulares brazileiras, a qual foi vigorosamente repellida (1) e serviu de começo para o bom– bardeio, que durou 52 horas sem inter r upção e fo i ,ivamente cones– pondido. Durante o fogo as divis·}es de infantaria, estendendo-se o mais possirnl para as barricadas nas sahidas das ruas , procuraram apro– ximar-se das casas. Cada edificio foi defendido com singular bra– ,nra e pteciso fo i fazer jogar por mais t empo a artilharia. A l uta que se t ravou fo i muito semelhante á que se deo em Puebla, no Mexico; a r esistencia e o ataque, nas rua , e casas, mostraram o maior vigor. Na tarde de 1 de Janeiro de 1865 já as cousas estavam ti:.io adian– tadas, qu e se pô<le fi xar o assalto para o dia seguinte de manhã cedo, porque as casas exterio res achavam-se em ruínas e occupadas por alguns grupos de infantaria ('1 ). L e andr o Go me z r econheceu que a defesa não era mais pos. ivel, e, receiando as scenas de sangue que os colorados prova– velmente provocariam ao penet rar na praça, pedio durante a noite um armistício de 8 hora para sepultar os mor to: e retira r os fe ridos da linha do fogo. (3) Respondeu- se-lhe r1ue tal armi -t icio er a de necessario, porque dentro desse prazo a cidade estaria tomada, e elle, portanto, livre do cuidac~o de sepultar os mortos; e que a sus ensão pedida podia ser aproveitada pelos sitiados para prolongar a lu ta . rem com esta resposta o valente L ea ndro Go me z se r esolveu a capi t ular; seu desanimo só se manifestou pelo acto de mandar r a par a barba e tro– ca r a farda de coronel oriental pela de cavalleiro gaúcho. Escon.deu-se em uma casa, e ahi esperou o as ·alto, que principiou à D horas da manhã do dia 2 de Janeiro . A's D horas em ponto parou o fogo de todas as baterias, as col umnas de infantar ia avançaram ao mesmo t empo de todos os l ado · e, só encont rando fo r te r e istencia em algumas ruas, apos– saram- se da praça principal, que era o centro ela defe a. As bate– r ias levantadas neste sitio estavam cles tru iclas , as peças desmontada, , muitas casas arruinadas e pre.-tes a cahir ; ror toda a parLe viam- . e cadave– re. e feridos . As 11 horas t udo e·stava acabado e Paysanclú achava- se em poder dos itiantes (4). Ou por traição, ou por acaso, L ea ndro Go mez (l ) A's 2 horas d1 rr.:vfrn gada el e '.l1 ele clezr m\Jrn . O 4· b~lnlli1io el e i11 fAntaria cl escobrio Jo,o o in imigo, qne ás primeiras desca1·gas recolheu se à~ s uas tri nchoir.1s . Nrssfl mesmn maurngaua rompeu o fogo das nossas baterias do terra e da esqu'1 drn. A',3 9 h oras el a manbi'i as 12 peças do exercito brazil eiro haviam esgotado as muni– ções que levaram do Rio Grande, e o geJleral l\Ienna Barreto vio-se, por isso, obrigacl n a ces~ar o fc,gn, avnn~anJo a infantar ia para atacar as posições inimigas . Tomados á hayonela os primeiros cantões, sustentou-se o combnte durante os dias 31 de Dezem– bro e Jo de Jane iro, ató a manhã de 2 em que penetrámos no interior da praça . (21 Desde o primeiro dia de ataque occupava a infantaria brazileira as casas exte– riores, soffrondo por isso perdas con iueraveis. (3) Esle pedido foi feito na manhã de 2 qoasi na mesma occus ião em que nossas tropas pcnetr{n·nm na praçn principal, sendo o gener.11 Lean Iro Gomez a pris ionado pelo coron el OliYr im Bollo. Emquan to os genernes alliad0s respond iAm á nota de Leandro Gomez, cahin ('sto prisioneiro, e a bandeira imperial, arvorada na torre da matriz pelo marinheiro Anto11io José da Silva, substiluia a oriental que ahi flnctuava . ( IJ P ou::o rlepo is das 8 horas da manhã tom ft ram os nlli arJos Paysandú, cahin do om 110s. o poder 15 11eçus ele 11rtilh aria, varias bandeiras, 700 prisione iros, entre os quaos 07 o1Ji cia's, e mais de 2.000 espingardas. Dentro ti a pra ça h aviR u us 400 mortos e feridos. A pt. rda <lo exercito brazileit·o foi do 5 offi.ciaes e 17:J soldados mortos, e 12 ofüciaes e !350 eyoJ. dados feridos. As tropas d<J marinha, que drsembarcaram, tiveram 1 oflicial (o 1° teneutc Hc:nrif1ue Martinp) e 10 marinheiros e soldados mortos, e 1 official e 30 marlnheiros e sol- •

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