A Guerra da triplice alliança
r 42 das represalias, nas agua da Republica Or iental, a todos os minist ros e consules nos estados ribeirinhos do i rata . (1) E · la communicaçfio fo i r ecebida com mui to de:;agrado, porque o almir,mte brazileiro pretendia exercer o direito rle bu. ca e detenção n9s navios neut ros , po r cau a elo cont rabando de guena . L et t s om , enca rregado de negocios da Inglate1·ra, rcct1. ·ou explicitament e r econhece r nos nav ios brnzileiros o direito de visitar o-,; ua,-ios mercantes Lla Inglaterra , alleganclo que não havia bellicrerantes, porquanto Fl o r e s não pas ava de um rebelde, e tornou o governo brazile1 ro responsavel por to--los os prejuizo., que os negociantes ingleze podessom vir a padecer pelas projectadas opera~ões. E' muito sing·ular (]Ue nesta sua resposta o dipl omata inglez , falLt nclo el o general F 1 o r es, declarn po~itivamente que o Brazil esposava a cau:a da r evolur fio, quando pelo cont r ario i. to se tinha e crupulosa– mente evitado . Na turalment e arlhe,·i1·1un os outros diplomatas a est a n icando-lhes a ~ ulti mas deten n in açõcs do govern o i,npori :11. nfim de qu ' se proccJ es~e mais energicamente no emprego das represa!ins . O exe rci to rle obser vaçiio clP.,·ia i mm r,– diatamente i nvad ir o Estado Oricnt·tl , expeli ir ;h, Serro L nrg0 as forçns do g0Yerno do Montevidéo , e atacar P aysa 11dú e ~rllt o, do eombi 11n~ão com a csq 11nrlra. l\Ias o exercito que o Sr. conselh eiro SRrniva suppnnha prom ptn p,1r,1. opera r ,i pri meira voz, só l1 es inczes depois póde pór-se em ma rct,a. Como em ontrn nota rli$s,, mos, en, 12 de Otttub ro uma brigr,da ao mRnrlo d o genera l J os é Luiz llfon na Bnrrcto. pen etrou 110 cl e;,orlamen to de Serro L nrgo (buta lli fi, , 3 de in fa nt a ria e •~ cor pos de cav111la ri a), e lln dia 11 entrou na villa rle Mell o, conscguin cl o pôr em fuga a guRrni ção def 311 p,rnto. 'o dia !11 reti rou-se Pssa brigada e 1J1 clirecção a fü1gé, e cncorporou-se n , P irn hy Grnlldll ao resto do oxr rcito. O al mirirn le Tamnndaré , :'t 1•ista da resol ução tomada pelo gove rn o impe.ria l de occupnr P aysnnctü e Salto, dirig in-so co1t fidc ncinlmentc, por ci, cular de ll de Oul t1br i , ao cor po diplomatico em l\1o:1te\·idéo . so li citand,, providencias parn que os navios mercrrntcs estrangeiros, no i11teresse do commcrcio licito, se não prestasse 11 1 no tran sporte de tropa e munições tle guerra pa ra esses d,,us pontos Os age11ti,s di plomaticos estra ngeiros recusaram-se a essa reqn isição, a llegando, e com razão, qn o não ti nha lrnvido clecla n:içiio el e g nerrn e nem ao menos noti fi ca ·i'io de bloqtu•io. De facto nossa posir íio não deixava de ser ori ginal. Seg un lo as uecla raçõPs do governo im perinl, níiu estavamos e m gue rra com o go,·crn o rio l\Io nte\'iuéo. E xercíamos r epresa/ias pam chega r n um ncco1 d,1 que evitasse a gu erra . 'üo h u,·i:1, pni~, b elli gcrn nles, e nno pod ia 1110s fa ll ri r cm dever~s do n eutros., em contr abando de uiiei·ra o om direito de i;isita. O olmirante T,imnndarr, e m consoqu enci.1 da res vosta do cor po dipl omati co, ufcl .r,,u bloquci,1dos os p r tos de Pa ysa nd ü e Salto, sobre os quoes Linha cio opernr em apoio do cxHcit > imperial (2.} de Ontubro), e ent, on cm accordo com o general F lores, chefe da revo– l ução ( O de Out ubro) com promell cndo-sc a cntrrga r-lbc essas d u ~s praças e n a uxil itn· suas o perações de gnerra, cm troco ela egu rançA, por clle olferecid 1, ele que a re,•o– Jução, 0111 1101110 elo paiz , a ttenrleria {1s reclamoçõcs do go verno i mpp1·ia l, formuladas p elo S r. conselhei ro ::iarniva. \Vejão-se os notas rc,·ersacs de 110 de Outnbro de l:fü l, t rocadas e ntre o alm i rnn le Tamandaré e o general Floro; nn b:llT:l. do San b L vcia.) E ste a ccor clo, púrci m, licou secreto, e isso prevc ,ii o contra nós o corpo di plomatico estrange iro , porque ns noss11s dcc!f1 rações 11fficiacs esta va m 0111 contrncl irção com os nossos actos . No e9tado a que tinham chegado as co11sas, u ão h avia , utro proceui– me.: to n seguir se não reconh ece r desde logo o genernl F lor es como belligeran tc e con – fessar frn ncumcnte n allia nça, que d e facto já Pxistill, e o estado ele gu erra co1n o govern o de l\Iontovidéo , que niio se pod in mu1s cl iss im nlar. Estns dect.u,1ções só foram fr ilRs em J aneiro pelo Sr. consel h~ ÍL·o P a1·,111hos , viscQncle do R io-Bran cn, cnliio reprc– se•, tante <lo Brazil no R io da Prata. (Veja -se n dcclnração e manifes to do guerra, rela – ti vos ao l!:stndo Orienta l, circular cio conselheiro P aran hos de 19 de J anei ro de l % .) Dcpoi~ do nccord o s ecreto cio S ,nta Luci n (20 de Ontubro), o a lmi rante T ,rn10ndaré fez b l,,queinr os porto~ tio , 'a lto e P aymnclü pela 3" cl iYiEíio ela esquadra ao mantlo do chefe de di vi8iio 1". P -,reira Pi nto (barão cte I vinhcima) E sle ch efe conser vou-se J io.nte dtl Paysandü o e nviou pará o Sa lto as cnnhoneiras ltajqhy e · ]lf earim., :'Is ordens do 1° tunontc J . J . P in to U coronP,l L eand ro Gomez a chava-sê nesse punto, mas sabendo que o gen ern l Flores se aproximam, en tregou a prnç<1 ao coron~l P a lomeqne, e retirou-se varn P aysa11dú. Flores cffccLi,·nmcn to cltego u 110 dia ~ 1, e, po ndo se do accorJo c0111 o comma nuant c braziloiro, cerco u a vil la. No d ia 2~, Palomc'1ue capit ulou. Um dcs laca– mc uta dos nwios hrnzi le iros, ficou guarnecenrlo por a lgwn tc ,npo a pnvo 1çiio. Dins depois o ex1frcito brnzileiro invad io o E stado Oriental, dirigin,lo sua,; m\\rd1as s obre Paysa ndú (1 de Deze mb ro) Antes de sua chcgllcht, poróm, o almirante T,i nandaró e o µencrul FJo re:1 1 6, 7 e 8 de Dezembro) atacarnm esta pr,1ça, q ue só foi tom~tda no dia 2 de J ::111ei1o, depois da chegada do general Propicio Menna ilnrreto, (l) O autor refero• se evidentemente :\ soli citaçiio ele quo fall ."1mos no. nota n1,le rior, t,, ita em l L de Outubro, pelo a lmirante Taman,l aró, no corpo diplomatico estrangeiro. ., •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0