A Guerra da triplice alliança

40 Soffreu com isto o governo de Mont evidéo um revez, se não na forma, porque não houve combate, ao menos na realidade, porque perdeu o unico navio que possuía (1) . Logo após a ent rega do u llimatum , ordenou A g uirr e a V as c o S aga s tu me, seu encarregado de negocios no Paraguay, que procurasse por t odos os modos obter o apoio do presidente L opez. Mais t arde saberemos qual o resultado d'esta missão. Depois da dest r uição do Villa del Salto conseguiram os blancos uma adhesão nas províncias argentinas de Ent re- r ios e Oorrientes, que ao menos se manifest ou por palavras, demonstrações e preparativos. U r q u i z a reuniu seus esquadrões de cavallaria e declarou que não con ent iria na reunião das t ro pas brasileiras com F l ores (2). N'estas demonstrações, porém, fi cou, por isso que nem Ent re-rios, nem Corr ientes se moveram quando succumbiu Paysandu , tão perto d'essas duas províncias argentinas. A g ui r r e ainda procedeu mai~ v10len tamente, depois do incendio do V i lla del Salto : cassou aos consules brasileiros no Estado Oriental o exequatu1·, publicou as mais violentas proclamações contra o Imperio e t ratou de fort ificar Montev idéo, porque estava fóra de duv ida que a capital seria atacada, ainda que o Paraguay, Cor– rientes e Entre- Rios prestassem opportuno auxilio. A esperança n 'estes occorros externos em breve se devia desvanecer , por que o presidente M i tre, sabendo das manifestações em Entre- r ios e Corrientes, declarou que n :: o toleraria a parcial cooperação de algumas pro– , vincias, quando o governo da republica estava r esolvido a conservar- se · neutro n· est e confl.icto, que assumia cada vez maiores proporções. O exercito invaso r brazileiro subia então a cerca de 9, 0,)0 homens e constava de duas di vis-es, uma commandada pel o general Jo ão Prop i c i o Menna Barreto e a outr a pel o general Osor i o, tendo o commando supremo de ambas o primeiro destes dous generaes. (3) Desses , 9,000, eram perto de 4,000 de tropa de linha, isto é, os r egi– mentos já mencionados, quando fallámos do corpo de observação fo r mado no Rio Grande do Sul, com 28 peças de campanha . Por estes dados se conhece a forca de uma divisão militar na America do Sul. Nominalmenté estavam comprehendidas as milícias e os voluntarios, (1 ). As communicações officiaes, sobre a perseguição e incendio llo V i ll a d e 1 Sa l t o encontram-se no rel<\torio do Ministro dos Negocios Eslr,ingeiros de 18G3. (Q). Urqtüza nunca fez essa declaração. Tentou ttma nova negociação ele paz sob os auspícios do governo argentino, mas nada alcanc;on do Aguirre. • (3) O exercito brazileiro quc\ invad io o Estado Oriental, não se compunha de 0,000 homens, como suppõe o autor. Em 20 de F evereiro de 18Cl5, ao term inar a campanh~, e com os reforços recebidos, elevava-se ell e a 8,116 praças de todas as classes. I nvadimos o E stado Oriental e atacámos P a ysandú com uma fo rça de 6,711 pra ças do todas as classes, niio fall ando na força menos regular ao mando <ln gencrn l Nett o. q ue não chegava a 1,300 voluntarios de cavallaria. A força de in fantari a era de 1.(i9::, praças de pret, e a de artil!Jaria de 198 homens, incluldos os officiaes. Não tín hamos a1 t illia ria de bater praça; nossa artilh aria a Lahitle era de calibro ,1, e a elo Paix~ ns de ca li bre O. Esse pequeno exercito, cujo command o foi dado an mareeh al de campo J. Propicio Menna Barreto, ba rão de S. Gabr i l. reunio-se no P irnby Grande, e so rm principios de Dezembro se poz em marcha sobre Pa:Ysanelú. O Sr. Schneid er Pngana-se ainda dizendo que fo rmava du as di visões. O chamado ea;ercito do Sul estava divid ido em duns b.rigaclas de in fa ntaria, ás ordens dos coroneis Antonio ele Sampaio (l" brigad;•, batalhão 4, 6 e 12) e Carlos Resin (2u brij:?ada , ba talhões· 3 e 13), commnu– cladas ambas pelo briga deiro José J.uiz Menna Barreto, e uma brigada de caval ln ril1 no mando do brigad eiro M L . Osori o, h oje marquez do IIerval. A artill1aria era commnndada pelo teuent e-coronel E . L. Mnll et. O brigadeiro A. de ~ouza Netto comman– davo e. hrignda de cavall aria composta de voluntari os. Essa força só om Drzembro pôd_e i11vodir o Eftado O1ientol. Em OutuhrQ umn brigada nn mando do goneral Josó Luiz ?llennn Barr~to penc·trnu no depart~mento do Serro Largo, mas retirou-se logo que a villa de Mello Cab io em poder de F lo1es.

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