A Guerra da triplice alliança

39 blancos do Estado Oriental esta procella, dirigia-se o general F 1ore s, sob o impul o da paixão causada pela carta de A g ui r r e, contra a cidade de La Florida, expellia a guarnição que ahi . e achava, e estabelecia- se n'esse ponto, apena5 :20 legoas distant e de Montevidéo . Aqui a lembrança de Quinte r os deu causa a um desses factos, que ha ciucoeuta aunos pertu rbam a paz d'e.,tas infelizes na~ões. Ao approximar- se a cavallaria do general F l o 1· es, içou-se na cidade uma bandeira branca, e, suppondo-se que a guarnição queria render-se, mandou Flores seu segundo filho, a quem mui to amava e que nunca o dei– xára no campo. Apenas chegou o mancebo à primeiras ca as, um tiro certeiro o prostrou no chão . Este crime fez com que Flor e. per– desse de tal modo o imperio sobre si, que se deixou arrastar ~ unica vio lencia, que n'es ta guerra ultrapassa o direitos dos combatente . O commandante de La Florida e ete offi ciaes blancos, que na fuga cahiram em sua mãos foram fuzil ados. Não podiam os colorados depois d'isto lançar nada mais em rosto aos seos adversarias, e inau– gurou- se uma guerra implacav_el, que as ignalaram scenas não menos lugubres depois da tomada de Paysandú. Era impossível fallar mais em conciliação, em ajustes, e F 1 ores esperava mais anciosamente do que antes qualquer indicio de accôrdo ou de copera~ão , por pa rte dos diplomatas e chefes militares do Brasil . Nada d'isto acontecia. Seus amigos os g ,neraes brasileiros Ne t to e Canavarro o informavam que tudo ia bem, e que o governo dos blancos e t ava pre.tes a ser derrotado. Eram, porem, partidarios, que entravam na luta por conta propria (1). Da tropas imperiaes, que acabavam de atrave,sar a fronteira, e lentamente avançavam para o Cerro Largo, n :í.o lhe chegou ne - nhuma mensagem, nenhum signal de que se dispuzessem a apoiar a insurreição e a operar conj unct amente com elle (2). O governo oriental t inha no rio Uruguay um vapor armado, o Villa clel Salto, destinado a pôr em communicação as cidades ri– beirinhas e impedir o transporte de gente ou munições de guerrà para os arraiaes de Flor e s. A c 1rveta brasileira J equ itinhonha encon– trou- e com este vapor e perseguia-o; o TT illa del Salto içou l ogo o pavilhão italiano, para illudir o adversaria, e, navegando rio acima, metteu-se n'uma funda bahia à margem direita do rio, perto de Con– cordia, em territorio argentino. O .Jequitinhonha n fLo pôde continuar a dar caça, por não viol ar territorio neutro, mas ficou de ob-ervaç-,ão. Comtudo o Villa del Salto conseguiu sahir, mas sendo perseguido e não podendo aceitar combate com o J e(juit inhonha, superior em tama– nho e armamento, foi incendiado pela tripolação, que se evadiu. munic.ção das forças maritlmas e terrestres Jo in:1.p!lrio com o terrif.orio da republica. Esta resolução foi cnmmunic:ida á. legn~ão imperi, l em nota de 30 de agosto, respondida no di1 immerliato pelo Sr. Loureiro. Do bordo dt1 corveta. Nictheroy dirigio-sc o Sr. Loureiro ao corpo Jiplomat1co , expondo-lhe o alcance d.Rs disposições coercitivas que empreg1wa o governo imperi:11, e mostrando que a responsabilidade do rompimento de relações recabia sobre o governo oriental que se recusára a todas as prop stas conciliadoras e rasoaveis que lhe baviRm sido feitas. (1). O general Canwat'rO não so ligou a Flores, como suppõe o Sr. Schneitler. Comman<laY,, as forças da fronteiu do Urugnay e Quarnhim. na provincia do Rio Grande do Sul. Netto, sim, organisou um corpo ele volu ntarios e incorporou-se ao exercito imperial, fazendo com este a campanhJ. da Banda Oriental. , (2). O exorcito imperial só mais tarde penetrou no Estado Oriental. A primeim força qne tmnspõz a fronteira foi a brim1tla do genenl José Lu1z Mcnna Baneto, em outubt•o, a qual marchou sobra a Yilla de J\Iello, cabeça do depiu-t.1mento de Ce1.·ro Largo.

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