A Guerra da triplice alliança

38 missão, Sarai v a cingira- e exactamente às instru .ções que recebera, as quaes lhe determinavam que apresentasse com firmeza e energia as reclamações bra ileira'5, tendo o cuidado de tornar bem patente que o governo imperial não nutria pensamento algum hos til contra o Estado Oriental, pelo contrario, prelendia resolver todas as reclamaç es amiga– velmente, pois havia nece siclade de regularem-se afinal as questões pen– dentes agora que os vexames praticados contra os brasileiros estabelecidos nes-e paíz se tornavam c.tda vez mais insupportaveis. O come _o das negociaç· es parecia prometter um arranjo conveniente n'este ponto, mas ante o procedimento de A g ui r r e e a explosão de oclio fa– natico dos montevideanos contra o Brazil, Sa rai,· a não podia mais desconhecer a gravidade da situação . Por isso apresentou no dia 4 de agost seu ultimatwn, no qual, recapitulando t odas as reclamações do Brasil, fixava o prazo de seis dias, para serem s:üi: fe iLas, sem o que começariam as repre alias (1). Saraiva demonstrara por seos acto que o governo imperial nada queria ter de commum com o general Flores, não tocando siquer em toda a sua corre pondencia na questão da guerra civil. De facto, porem, esta ,- ua nota comminatoria aproveita,a ao partido colorado, e o blancos comprehenderam muito bem que o ultimal um • bra ileiro deddiria da permanencia d' elles no poder. O Dr. Oarreras, ministro de Agu irr e e eu mais intimo con– selheiro, nã.o achou outra solução para as tliffkuldades senão devolver o tt llimatum, por ser « indigno da republi<.;a r eceber e archivar :;e– melhanle documento » . l sto aconteceu no dia 9 de agosto; e logo no dia 1O chegou de Buenos-Aires a resposta de que as t ropas impel'ÍaJ 1·eunidas na província do Rio-Grande do Sul pas ariam a fronteira, em defe.:a dos brazileiros e -tabel eci<los no norte da republica . Ao mesmo tempo ordenou-se ao vice-al mirante Ta mandar e que expedisse um navio com esta not icia ao general Me n na Barr e to na província do Rio G1 ande, outro ao Rio de Janeiro, e tomasse as providencias necessarias para proceder a represalias, logo que tives e conhecíntellto de qualquer violencia praticada por orientaes contra bra ileiros ou propriedade d'estes. Obedecendo a esta ordem elo plenipotenciario, dirigiu-se 'Iamandaré com alguns navios pelo Uruguay acima para apoiar a marcha do exer– cito no norte, cll'.'ixanclo apenas uwa parte do esquadra no Prata para o bloqueio dos porlos (2). Emquanto do lado do Brazil desabava sobre os (1) . O governo imperi al or,ie11ou em 21 de Julho ao Sr. S!lraiva que apresentasse o sco itltimati~ni, inlim'\nuo ao govcruo oriental um prazo dentro do qual désse r ~te as satisfaçõos que exigiam<s, sub pena do pa•s~rmos a fazer pelas nossas pt·opnus mãos . a just iça que uos ern neg 1Lla. - Vej . ? rehtorio. d_o mimst.ro dos_ negocio~ es– tra ngoH os tle 18"63 e o fulheto do Sr. Sar0.1va. - O rr11mstro das relaçoes exlenoros da republica r,•spomleo em 9 le agosto devoh·~nclo o ultimatum . Devem-se ler a rosIJosta do enviado br:1sileirn, de 10 ele agosto, e a circular da mesma data ao corpo d1plo– matico, assim como o offi cio <lo di 1 l l no almiranLe Tam 10d tré. (2). A esquadra brasileira no Rio da Prala não começou as represalias pelo bloqueiu dos i:,ortos do Estado Orie11 l-1l. E nt re os anu exos encontrarão os leitores as inslrncções oadas ao almi nnLe '1'11 m mel ll'é e ao general Monna Darrelo. O primeiro acto pr.iticado polo a lmi ante brasil eiro f••i in im n· a in11nnl>ilis 1ção dos vJ.poros ue guerra onenlaos General A ,·tir;as e YiUa, clel Salto, empr,,gados l! O lnnsporte elo tropas e munições entre Montevidéo e os port"s do littr,ral " t·1nLlos pelos reYol11ri'.)nario~. O Oe,1ual _A i·tir;as obedeceo á intimação e não s11hio ue l\lc,u1ovi léo, 111·1s o T'1/la, del S alto, perseguilo pe la corveta J equitinhonha, refugiou-se em rigoas ,1rgenlin·,s. No dia 7 de setemhro, sahindo esse vapor, foi perseguirlo de novo peh mcsnu e r veta, e encalhou per to de Paysandú onde foi incemliado pela propria guarni ,iio. Os documentos rolalivos a esses fnclos cuco ntram-se no relatorio do ministro <1 ,,s negocios estnugeiros ele 1865. - Quando_ teve unlicia elo primeiro eucontro ,10 J eqv itinhonha com o Y tUri clel Salto, o governo o:·1~ntal rornpeo as relações diplomalicas com o i111perio, enviando os p \Ssapol'tes ao nosso m1111stro rosirlente. cassando o exequatur aos agentes cousularcs brttsilei1'l,'l, e prr,h1bi.ndo a com-

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