A Guerra da triplice alliança

,.., governo, que t antas vezes derrotara. Respondendo-se- lhe que não se tratava de uma submissão, mas de um ajuste, Flor_es mostro~1 o escripto de Aguirre, no qual se estipulava, como condição do proJec– tado accordo, a ent r ega das armas por par te dos insurgentes. Thor n to n e E 1 i z a 1 d e :ficaram indignados , por terem sido portadores de tão doloso escripto , estando a carnificina de Quinteros ainda fresca na me– moria de todos, quando fôra precedida da entrega das armas, como agora se exigia elo general F 1 ores. Tornou-se pois impossível qualquer arr anjo. Voltando Elizalcle e Thorn ton para Montevidéo, mani– festaram ao presidente Aguirre o desgosto que sentiam pelo seu modo de proceder, e declararam que a Inglaterra e a Republica Argentlll:a deixavam o governo oriental entregue á sua sorte. Logo depois parti– ram para Buenos-Aires afim de informarem seus respectivos governos. Exhortaram o conselheiro S a raiva a adherir a e sa medida decisiva, retirando- e igualmente de Montevicléo, mas elle r ecusou-se, decl ar ando que seu governo ainda map.tinha r elações amigaveis com o governo oriental, que não t inha ele ingerir- e nas que tões domesticas da r epu– blica e que devia e perar novas instrucções para poder proceder, con– forme requeressem as circumstancias. Ficou- se nisto . A brusca partida dos do us diplomatas tornou- se logo conhecida na cidade e por seu ca– r acter ameaçador e sinistro produzia extraordinaria agitação . Ninguem , abia exectamente o que se passara, porque o governo abstinha- se de declarar os motivos, mas os blancos aproveitaram o ensejo para pro– palarem que por culpa do Brazil, e de eu ministro Saraiva, se haviam ele, vanecido para os orientae as e peranças da cessação da luta . E ta accusação provocou da parte da população uma attitude tão ameaçadora contra a l egação brazileira, que Saraiva, poucos dias depois, se retirou de Montevidéo a bordo de um dos navios do vice– almirante T am·andar é, e, dirigindo-se a Buenos-Aires, como haviarü feito seus collegas da Inglaterrn e da Republica Argentina, d'ahi com– municou ao governo o occorrido (1). Pode-se considerar a partida do o passo decisivo que devia conduzir a plenipotenciario brazileiro como guerra (2). No principio de sua (1) . No dia 6 de Junho, como ficou dito na nota á pag. 3-1, chegaram a Montevidéo os Srs. Elizalde e Tbornton e conferenciaram com o ,' r. ::;araiYa. No dia seguil)te ti– yeram os t.res mmistros uma entrevista com o p1esidente Aguirre. Aceita por este a mediação offerecida, partiram para o acampamento do general Flores os Srs. Saraiva, Elizalde e Thornton. Os rs. Andrés LRmos e Florentino Castellanos, na qu::i.lidade de deleg,1dos do governo da republica, acompanharam os mediadores. Em 18 de Junho, o genera l F lores aceitou as condições propostas pelos mediadores, assignando todos um proLocollo. Os commissarios do go\'erno de Montevidéo, porem, assignarnm-no ad ,·eferendwm. O Sr. conselheiro Saraiva não recusou, como sup1õe o aulc,r, ir ao acampamento de Flores. S. Ex. ahi esteve com os Srs. E lizalde e Thornton e foi um dos signatarios desse protocollo. As clausulas aJustndas for:, m tombem aceitas por Aguirre com pe– quenas modificações, mas para que cssA cünvenio pndesse produzir os devidos effeitos erJ. indispensavel que o presidente Aguirre tomasse em consideração a clausula addi– cio11al, relati va á organisação de um 110 1·0 ministerio, co ntida em um'l. carta rese1·vacla q ue na· mesma occnsião lh e clirigio o general Flores. Esta condição não foi cumprida por Ag uirre, wmpend o-, e por isso a negociaç5o. No folh eto do Sr. Saraiva, que já citámos, e no relatorio do ministcrio dos negocios estmngeiros de 1 65 encontram-se todos os dücttmc11 tos n •ln.livos II essa mediação. Devt-m-se Lambem lôr os officios do Sr. E lizalJe publicados 11a "]\,fpm,.ria presentada por ·el ministro de estndo en oi de– parl amento de reluciones e.\. Lcu ,,,.,:; al congreso nacional de 1865 » ,Buenos-Aires). Para não alo11g,w muito esta no ta, deLx.amos de fazer reparos sobre muiLos pontos da expo– sição do Sr. Sclineider no tocante á modhção de l '64. (2). O Sr. conselheiro , araiva tra nsforio se para Bt1enos-Aires, mas em Montevidéo fico n ainda o ~r. Lou, eiro ba rão de Jiwary, ministro residente do Brn.zil. i\lesmo depois <I•• apresentação do u.ltimatum Sarai\'a ( b de agosto) ~ do começo da repreaalias, per– m i 1Hicco em Montev idéo a legação imperial. Só em 30 do ngosto, foi que o governo oritint ,1 enviou os passaportes ao ministro Loureiro e ao pessoal da legação brasilei.r9.

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