A Guerra da triplice alliança

34 ministro dos negocios e ·trangeiros, conc')rd 1 rn-se em dar apoio militar á,; r eclamações brâzileiras pel a formação de um exerci lo ele observação na província do Rio Grnncle, o qual t inha antes por .fim obstar à part i– cipação dos rio grandenses nas luctas domesticas do estado visinho, elo que uma intenenção armada. Sómente o apparecimento nas aguas do Prata de uma esL1uadrilha de 5 vasos de guerra, destinada a apoiar as negociaçõe do conselheiro Sara i va em Montevidéo, poderia. ser con iderado por A g ui r r e como uma ameaça contra o Estado Oriental, e de facto a imprensa da republica, pensando assim, nã0 tar,lou em denunciar a:i mundo a proxima annexação da republica, proj ectada pela monarchia. Foi nomeado commandante do corpo de exercito de observação, que deú a compor- se de 4, 000 homens, o general Men na Barreto . (1), sernlo de -igna<los para _formarem es ·e corpo 3 batalhões de fuzileiros ( J :; . 3, 4, 6), 2 batalhões de caçadores (ns. 12 e 13), 4 regimentos de cavallaria (ns. 2, 3, 4, 5) e um r egimento de artilharia montaua, tropa · que já se achavam de guarnição na proví ncia, não precisando mais que concentrarem-se. Para substituir es a força no ser viço das guar– nições foi de tacada a guarda nacional. Os quadros elos corpos não fo ram completado pelo recr utamento ou mobilisação de novos soldados, nem a columna foi munida de trem de guerra, pelo que tornava- se evidente que a concent ração só mirava a manter a paz na província, e não a inicia r urna campanha. O commando ela esquarlra foi confiado ao vice- almirante barão de Tamandaré, que, como o general Menna Barreto, rece– beu instrucções para evitar tudo quanto parecesse auxilio á insurreição do general F 1ores, porque convinha essencialmente não dar ao governo oriental motim ou pretexto de queixa, que nã0 pudesse logo ser destruído pela verdade dos facto ·. Tudo isto era habilmente calculado, ma. duas consequencias natu– rao · destas merlidas não foram previstas : as esperanças despertadas no genel'al F 1ores, por este proced imento, ainda que moderailo, do Brazil, e o enthusiasmo do partido colorndo, que incontinente se julgou r e(jonhecido e protegido pelo Imperio (2) . Não entrára, certamente, na intenção do governo brazileiro dar origem a taes factos, mas elles se apresentaram com todas as suas consequencias. O conselheiro Saraiva principiou sua missão, entendendo-se préviamente com Eliz a lde, ministro dos negocios estrangeiros da Republica Arg·entina, e com T h o rn ton, encarregado de negocios da Inglaterra, a respeito de sua maneira de proceder; em s ~guirla entabolou negociações com o pi·esidente A g ui r r e. Em primeiro lugar fez-se nenção das reclamações de prejuízos de guerra, reconhecidas e garantidas por algumas potencias ; o pres idente A g ui r r e respondeu que o governo da republica não des conhecia ta es obrigações, mas achava-se, por causa da insurreição, im, rossibilitac.lo _de attender a ella (3). li:;to levou !'l. discutir-se se . (1 ) O mwuc!ial ,lo cant ,..o J oâJ Prn .,icio ~le11na 13an'tito, ctllpoi barão de S. Gabriel, f111to d,1 illustro vencedor de Tuiraocahy e Uuabijú, o marechal de exercito João de De.,,; ôhnna Barreto, visconde de S. G-1.1brlel. ' . (2) Houve quem o previsse. O Sr. conselheiro Paranhos, viséonde do Rio-Bl'ané'l, <l_1aso logo no sen , t!J: « A.inda que o governo imperi al não o queira, nas circamstan– cias ac:tuaes em que se a ha a .Republica Oriental, a sua acção coercitiva ha de tr..1tluz1r-se em auxilio á revoln ção. » (~) A missã,> tl >. Sr. consc!heil'.:i Sat·aiva teve _por fim obter salisf ições de aggravos reccbulos pelo lmpcnv em vanas epoch:1s, a partir de }8., ·?, nas pessoas e prnp,·tedadcs <lc snhditos brazlleiros resident es na Republica OJicntal. Foi um ultimo appello amigavel, diligl<lo polo governo imperial ao da Republica. O Sr. Saraiva devia ex.igir repnraçào das graves ofl'eusas feitas aos brazileiros, cnj n. propriedade, honra e viela

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