A Guerra da triplice alliança

187 No dia 23 fui com o genei·al Mitre fazer o reconhecimento dos differentes pas~os do rio. A 3ª divisão acompanhava o vapor Cysne, em que iamos em companhia do Sr . consel heiro fi'ra ncisco Octaviano . O forte de Itapirú atirou- nos algumas balas, que felizmente não offen– deram navio algum . Chegámos neste reconhecimento até o passo ~e J!'Lguary, donde regressamos ás 4 horas ela tarde, sendo tambem hosti- ltsados na volta pela dita fortaleza. - No mesmo dia um vapor paraguayo, com uma chata armada de um rodisio de 68 a reboque, montou a ponta do Itapiró. e veio collo– car- se na margem do rio e na perpendicul ar da Beberibe, para a qual fez muitos tiros, que felizmente não acertaram ; a Beberibe respondeu ao fogo da chata, obrigando- a a retirar- se. _ Duas horas depois disto, voltou o vapor a tomar a mesma posiçã0 com outra chata, e continuaram a atirar sobre a esquadra até o pôr do sol. O Tamancl1{re ficou durante a noite encal hado em frente ao forte de ltapirú, conseguindo- se com muita difficuldade desencalhal-o no dia seguinte. Dia 24 de Março .- O vapor paraguayo com a mesma chata tomou a posição do <lia antecedente e fez mu itos tiros sobre a esquadra, con– seguindo acertar uma bala no B1·a::: il acima da portinhola ele vante a bombordo. Esta bala fez-se em pedaços, mas produziu uma depressão de mais de pollegada na chapa em que bateu, e abalou o madeira– mento interior . Dei O!'dem a alguns dos nossos navios para atirarem sobre o vapor, e assim a chata foi obrigada a retirar- se . Dia 25 - A's 3 da t a rde uma chata montou a ponta de Itapirú ror meio de espia ·, e collocou- se na margem elo rio, qua. i na per– pendicular deste navio, pa ra o qual atirou 14 balas, acertando apenas uma . Seguiram immediatamente o Tamanclaré com o chefe Alvim e o vapor H erwique J!a1·tins sobre a chata, _qpe foi logo abandonada . La rgaram tres e:cal eres para passar reboque à chata, os quaes foram re pelliclos por forte fuzilaria occulta no bosque vizinho da margem. Esta fozilaria foi r espondida por .fogo de metral ha cios dous navios, cont inuando-se a atirar com bala rasa e bomba sobre a chata, afim ele destruil-a completamente. Depois de anoitecer, o bravo 1 ° tenente Antonio Carlos de Mariz e Barros fez uma segunda t en tativa ele abordar a chata, mas então juntou-se a fuzilari a- elo mato vivo fogo de artilharia e de foguetes a congreve do forte; e tão arrojada empreza foi frustrada como era ele esperar. O capitão de mar e guerra Francisco Cordeiro Torres e Alvim dirigiu este fogo, que durou 4 horas e 30 minutos, e no qual só tivemos um homem fe rido, sendo de su ipor qt~e o inimigo soffreu muitas perda , em consequencia <lo vivo fogo de metralha do II em·ique 111 arlins a pequena distancia da praia. Este vapor recebeu duas balas de artilharia que produziram apen::i.s ava•fa · superficiaes. Os no sos officiaes e marinheiro bateram-se com bravura durante a 4 horas e 30 minutos ele fogo que usténtaram. Dia 26.-A's 2 horas ela tarde uma outra chata paraguaya veio tomar a posição do dia antecedente, e á 2 horas e 30 minutos começou a atira r sob re O' ie vapor, no qual acertaram 3 balas de 68, sendo 2 na caixa Ja roda e uma quasi na linha d'agua. Mandei avançar sobre a chata os e:1couraçados Ta>nanllare, Bahia e Uln•r,1so. O :;egun<lo destes re<;ebeu depressão de uma pollegada, outra ,1ue atrave.-;so u o ca<:tello tle proa, e a terceira no mastro de

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