A Guerra da triplice alliança
170 • em antes, n em durante esta guel'ra, o governo paraguayo pro– vocou por seus actos tanta atrocidade. Argen tino~, Br az ileiros e Or ien– taes tiveram completa liberdade para deixar, com seus bens, o solo d'esta Republica 0 11 o territorio argentino occupado pel os - exercitos paraguayo. . i\Ieu gqverno, procedendo assim, respeitava as e5tipulações contidas em p:i.ctos internacionaes para o caso de uma guerra , sem le,·ar em conta que e. es pactos haviam caducado, considerando sómente esses princípios como ele interesse pe rmanente, de human idade e de honra nacional. Nunca esqueceu o meu governo o que deve à sua propria dignidade, não tem insultado os emblemas das nacionalidades inimigas, não mandou r1ueimar nem o r etrato de V . Ex . ne 11 o elos outros chefes alliados -e muito menos poderia. imitando a a lliança, em– pregar corno meio de guerra algum transfuga argentino, orim1tal ou brazileiro, p ara a. sa s inal-o. em seus acampamento. . A opinião publica e a historia julgar.lo sernramente estes actos . ' As potencia alliadas, J ois, não fazem a guerra como o determinam os u. os e as leis das nações civil isaclas, fazem uma guerra de exter– mínio e de hor rores , ,:.utori sando e nüendo- se dos meios atrozes que vão denunciados e que a consciencia publica marcarà em todo.- os t~mpos como infames . 1al sendo o systema de guerra de V . S. e de seus alliaclos, in– cumbe-me, em cumprimento dos meu. deveres como commandante supremo dos exercitos da Republ ica, fazer de hoje em diante t udo quanto est iver ao meu alcanee para forçar V. Ex. a desistir cl'este modo ele pr oceder , r1u0 não me é licito tolerar por mais tempo. Conv ido a V . Ex ., em nome da humanidade o do decoro dos proprio.- alliados, a renunciar a estes acto ' harbaros, a pôr os prisioneiro~ paraguayo. no goso de seus direitos <le pri ioneiros J c guer a, tanto os que se acham al istados na. :filei– ras, do exercito, como o~ que foram reduzidos a escravidão no Braz il ou à servidão na Republica Argentina ou na Oriental ; convido- o a abster- se ele noYos acto. ele atrocidade, preven indo a V. Ex . que a falta de respo. ta, ou o facto de continuarem os prisioneiros no ser– viço das arma, contra a sua pat ria, di. seminadas pelo exercito alliaclo ou servindo em co rpos eF.peciae ·, a appa1·ição da bandeira paraguaya nas fileiras do exe rcito riuo V. Ex . commancla ou alguma nova atrocidade contra os prisioneiro ' , me dispensarão de todas as com;iderações e attenções que até aqui ten l10 sabido g uardar, e, ainda que com repugnancia, os cidadão, argentinos , hraúleiros e orientae ·, sejam ou não prisioneiros de guerra, no tenilol'iO desta Republica ou em qualquer outro que suas arma.-. cheguem a occupar, ficarão sujeitos com suas pes oas, vielas e propr ie– dades á mais rigorosa represalia . Esporo a resposta de V. Ex. no prazo peremptorio de 30 rlia , em <1ue será entregue no Passo ela Patria. Dou. guarde a V. Ex Francisco SoJano Lopez. 1
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