A Guerra da triplice alliança

159 1 contrasta ab olutamente com as maximas de honra civil e militar con– sagradas nos codigos das_ nações cultas. Chamilly, Dufay , Martim de Freitas, e outros, qüe a h1swr1a ·rnnera como typos da l ealdade e do Yalor, não seriam heróes, mas insensatos o barbaros , se taes pl'incipios pre– val ecessem . _ E' licito ao militai-, accrescentaram ainda os mesmos génerae , desertar a causa do seu governo, quando o inimigo llle assegura. que este é um tyranno, e que os seus compatriota· vivem na condição do escravos! - Não o crêra se o não visse escripto em l etras impressas e authenticas ! · Men Deus I que for ça snperior e irre istivel fo i e s.a que levou aquelles distinctos militares a soccorrerem-se de .·emelhant es argu– mentós p~ra apl acar o ardor bellicoso do coronel par aguayo Estigarribia !. .. O ex- plenipotenciario brazileiro esperava do tempo, com ·dva fé, uma justificação, mas não a quizera tão dolorosa para o seu paiz . Honra-se o inimigo que se ennobrece na defe a de sua causa :- a se– ducção ou é um ultraje ou revela mêclo. Estigareibia o vanclalo, elle mesmo o comprehendeu assim, e r epellio altivamente. Com t:Jo adn'.liravel sobranceria se houve elle nes ·e momento , que por aqui todos o con ·i– cleraram como um heróe, sua po ição pareceu a todos mais inveja,el do que a dos generaes bi-azileiros ! Nimiamente vantajo as, a condiçõe · tão instantemente offerecidas foram por isso mesmo r epellielas. Mas, se o arrogante caudilho para– guayo houvesse querido, elle e seu complices de infames attentallos passeiariarn hoj e ufano pelas ruas desta capital, ou pel as ele Pariz ou de Madrid ; onde melhor l lle::; aprouvesse iriam destrahir- s a expenc:;as do povo brazileiro, a <1uem por· outro modo jú haviam e. poliatlo, e cujo t erritorio fôra por elle atrevidamente escolhido pai-a th ,·atro e.lo seu can– nibalismo ! Tenho eu, portanto, razão, e razão ele sobra, pa ra quer er comparar as nossas miserias ele hontem com estas glorias de hoje ; Montevideo com a Uruguayana. E não me ha ele ser preciso por muito t empo fati– gar a attenção do leitor, p1,ra fazer r esaltar a seus olho · a immensa difl'erença que vai de uma a outra ·ituação , deste a.quelle procedi– mento . Comparemos sem outro fim mais que o r econhecimento e.la verdade, e uma lição, talvez pro.ficua para o futuro. Em Montevidéo não houve insulto do inimigo que ficasse sem plena reparação. Os attentados de Muii.oz, que aliás até hoje nem sequer foram mencionados em algum documento ofilcial, acham- se exceptuaclos da amnistia concedida aos crimes polít icos. Toda a celeuma que a e te re - - peito por aqui l evantaram, e com a qual Yotaram-me à colera cele te, não teve outro fundamento senão a circumstancia ele não serem no– meadamente designados, na con...vcnção elo paz, aquelle • crimes, reaes ou suppostos. O miseravel de acato feito às côres de nossa nacionalidade, por meio de uma bandeira comprada ao mercadorés ele Montevül o, - de– sacato commettido por alguns energun'l.enos dentro da praça sitiada, no maior auge do seu furor, ou no· ultimos arrancos de sua col >rn. im– potente,-foi punido com a e~patriaçfLo temporaria dos autores, e _rc_pa- · rado com uma salva de 21 tll'os, dada. em honra elo pavillüio brazile1ro, por ordem solemne do governo da Republica, que jti enfüo era repre- sentado pelo general Flores. · A queima do tratac.1o!l .foi concleip.11ada por um novo ,lecreto que iigmatisou o primeiro, o riscou~o da collccçüo das leüi da Republk:a.

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