A Guerra da triplice alliança

i 167 Do mesrnp J Oí'1Utl e da mesma data ó a corre pondcncia e cripta de iYiontevideo, onde se lê : « Na excursão ã. Itaqui e S. Borja a comitiva de Sua l\lage tade horrori– sou- e com os vestigios que encontrou da barbaria do sel vagen , que invadiram estas povoaçõe , que, como Uruguayana, mui Lo soffrerarn. « Em Itaqui foi objecto da mais viva compaixão uma menina, que servio de pasto à lascivia do chefe destes cannibaes, que, não con– tente em ~11a~d_ar-p10 assa sinar o pai, honrado portuguez que por muitos annos all1 v1v1a, roubou-lhe a honra de um modo irreparavel , porque nem sequer se póde unir semelhante monstro à ·d ct1ma de sua brutal concupiscencia . » De accordo com estas funebres tradições estão as que antes dos ult imos successos no~ transmittiram o· diario ·· rio- granden ·es e aquelles me ·mos corre pornlente: elo Rio da Prata. Confirma-as ainda uma carta , escripta pelo Dr . Jo ·e Cand ido Bustamante, digno r edactor ela T1·ibuna de Montevicléo, ex- secretario elo general Flores, e hoje um dos bravos com– mandantes elo exercito oriental em operações . Vamos tran ' Crever esta carta, j à traduzida, do Co1•;•eio Jf ercan til n. 232 : « Ante-hontem it noite (11 de Setembro), apezar do máo tempo, foram expellidos ela Uruguayana as fami lias a lli existentes, em numero de cento e tantas pes oas. Emquanto permaneceram dentro das trincheiras não foram maltratadas, mas, desde que chegaram à guarda. paraguayas, 1nuitas clellas fm·am violadas e .':mrzuea'{a~, ao ponto de chegarem ao nosso acampamento completamente nuas (l) . r ão se lhes permittio t razer nada. « Fallei com wna senhora <lc uma elas p1·incipaes familias ele Ui·it– guayana, cuj o nome não elevo revelar, a qual foi Yictima da violencia, e o que mais horrorisa é que essa viol encia atroz foi pe1·pel'racla '[)Clo ' 7,liclre Dum·te, blaspltemo que .·e inLiLula ministro elo Altíssimo ! « A pobre ::;enhora vem aterrada: vio açoular mitlhel'Cs, saquear as ca ·as mais respeitavcis <la povoação ; e não se commettoram maiores abuso·, graça· à influencia, pouca ou muita, que al li têm os orientaos que seguem as sua-; bandeira. , ao. quaos, em geral , ja os paraguayos w'io abomi nantlo, depois do Yala.v, porque dizem-. e trahiclos por elles, visto que lh : Jir.eram crer que · o: 1f,r'lt[J1tayos eram alliado.- do Pa– ra.guay. » ão é preci:o que ou somhrêe ainrla mais o quadro cm que se pintam as feições dos innvorn:-; <1uc affrontaram a no sa soberania e se cles– crnvem o-: Cacto.; atrozes com que clles escanclalü;aram a nossa civili ·açrLo. Por e -te la.elo, E~ligarribia e ll scn hando não podem anão inspirar-nos tlespreso e horror . •\ccre ·centarei simplesmente que os Yandalos vieram ao nos-,o terrilorio., não :ó como instrnrnentos do destruicão e ele ludibrio, rnas tan:bem com; cx:ecui.orcs <le um tcnrhro. o planÔ politico, tendo por fim subl evar a parto mais rude ele nos a populaçflo, o conflagrnr a H.epnhlica Oriental; plano que, graça-; a. Dons, foi intcil'amenie .fru ·– traclo. Accrescentarei ainda que dou· destês inva ·ores, os orientaes Zipitria e Salvaüac, foram elo: que in. ultaram a bandeira brazilcira nas ruas de MonLevidéo, nos ulLimo · rlias do sitio de ta I raça ; e quo, por– tanto, tinham agg-ravado aquelle r1esa.cato, el"\1 riuc tanto se fallúra ne ta côrte, com afl norns e horroro. as hostilirlacfr,-, '}tte elles e os sem; alliaclos praticaram no solo rio-gra.nrlense . (1) O Dia.dn elo 1 'oroncl l',1.llej,l roforc ostc lacto com 11tros pormenores.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0