A Guerra da triplice alliança

1:35 de uma amarra de Jistancia uPna peça de bronze longa e guarnecida por sete homens, quatro de cócaras e dous de pé juntos ao ~hefe da peça, que parecia e ·corval- a . _ . Não havia tempo a perder, e, portanto, emquanto nao a dt::;paravam, chamei a gente de um rodízio e fazendo a pon taria, disparei-a eu mesmo, mas antes que se dis ·ipasse o fumo e nos deixa --e apreciar o effeito da bala e metralha com que e'tan carregada a nossa peça, um clrn– veiro d:, balas de ar tilharia c:1hio sobre nós, a rrebentando dous cabe– ços da amurada, a r êde de abordagem, atirando ao convez um sen ·ente de peça, ferido no beaço esquerdo, e fazendo outras avarias no costado e apparelho. A peça que vimos foi realmente desmontada, porém, além della, ja haviam 10 ou 12 ?ccultas atràs d0 matto e com as l ontarias feitas sobre o grupo de nav10s occupados em soccon ·er o Jequitinhonha . Esperei alguns minutos a ver se nos se ria possi--vel mandar o unico escaler r estante á bordo do vapor encalhado para trazer o· r e to de sua guarnição, mas o foiro de terra era tão ,ivo que deba ixo do zunido infernal das balas t ivemos de co rtar o virador da pôpa, e, largando a amarra sobre boia, afastar- nos para a ma'rgem oppo ta, ond ~ pairando continuamos a amixel ar sobt'o elles com bomba e bal as razas. Assim nos conservàmos at é o escurecer, que fo i quando pude approxi– mar.:.me de novo ao dito vapor, recebendo I del le o commandante Brito, ela fragata A ma::onas, e cerca de 100 praça entre ~oldatlo;; o ma ri– nhagém . Feito isto pretendia J escer até junto llos mais naYio ·, corno o fizeram as canhoneiras I guate11 1,y, Y1w·a,ign, o ,1/ ea,•h;i , por ser es ta a ordem que tinhamos, mas, pedindo o commandanto do lJel,eriue que ficasse esta canhoneira junto delle, assim o fiz, com per,nissão do com– mandante Brito, conservando- me fundeado re la sua proa e descendo com elle as 2 hora· Ua madrugacla parn e te lugar. A's 6 horas dessa mesma manllã. tle 14 Jo corrente, foi outra vez para cima por ordem de V. Ex. afim ele inutilisar a chata, qu0 ficara. fundeada junto do J equitinhonha, b.~m como incendia r este vapor e o Paragiw;·y . Assim que fundeei acima da barranca do Riachuelo e comecei para tal fim a apromptar a canoa com o guardião Antonio ele Souza e os imperiaes marinheiros de 3" classe An tonio tle Souza Ferreira, Theo– t onio José Joaquim, Agostinho Pio, J esuíno João l\Iarques, Epiphanio Manoel da Encarnação, e da 2" Januario da Cruz, notaram o vigias grande movimento de gente em torra , e meia. hora depois marcharam duas columnas ou batalhõe para a barranca, que nos ficava a 20 bracas abai xo . · Não me era pois possive1 ficar ahi com o navio por ma.is tempo , sal vo _so quize ·se ficar entre dou· .fogos: por isso r esolvi suspender e ~anclo1 largar à cànoa d pois de dar in trucçõe bom claras ao guar– dno e a cada homem um collete sal va-vidas para o ca o de ir a embarcação a pique. Em quanto suspendiamos para cahir a re ante.· do sermos ag-g-rc– dido , romperam de terra o fogo por ver01n que lhes fru stava1110.' os planos de cortar-nos a retirada, mas como a balas não nos acertavn .rn, dirigiram as snas pontarias sobre a pobre canoa com um enc::i.rniçamentn proprio de inimigos cobardes, l}ue a proveitam a sua posição segu rn. e superioridade numerica para nelle ~e vino·arcm da derrota soffrida ; felizmente a Divina Providencia que vela s~bre a nação brazileira pro-

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