A Guerra da triplice alliança
128 Os Srs. officiaes da armada e mais classes, e bem assim os do contin– gente do 1 ° batalhão de infa ntaria do exercito, marinheiros e soldados, portaram- se em seus pos tos com muito valor e sangue frio. Sendo todos dignos de admiração, pois, o fogo que soffremos foi vivíssimo. , Ao escurecer tencionei espiar o navio por EB, com um ferro, porem, falta.-a-me uma embarcação para isso, pois que havia perdido a lancha e os maiores escaleres. Appareceu então a canhoneira I gi(atemy, que. approximando-se, atra– vessou-se com a correnteza sobre a prôa do J equitinhonha, e só safou-se dessa posição quando o vapor Ypiranga veio tomal-a a reboque. Approximou-se então o Ypiranga para nos auxiliar e fi cou enca - lhado, atravessado na nossa pôpa. Principiamos a safar o Ypiranga, gas– tando todo o dia seguinte e resto da noite, mas nada conseguimos. Na tarde do dia 12, veio o Sr. capitão de fragata Theotonio Raymundo de Brito, commandante do vapor A n,a:onas com algumas canhoneiras prestar-nos a uxilio, no que foi incansaYel e conseguio, durante a noite, safar o rpúYtnga por cluas vezes. mas quandb tinha de procurar o canal, Yinha de noYo contra a rôpa do J eqiâtinhonha. Na manhã elo dia 13 de junho desencalhou o Y piranga e princi– piamos a fazer o mesmo ao Jequitinhonha, reconheceu-se que se faria com muito esforço, senão estivessemos a todo momento expostos ao fogo da bateria de terra : então o Sr. commandante Brito mandou que fosse a mór parte dos soldados para os outros navios, ficando o resto para embarcar, quando nos atacassem de terra . Foi entrw espiar- se um ferro pela pôpa para aguent ar o navio: es– tava- ,·e nes e servi~o quando rompeu de terra um fogo de artilharia que só parou ao escurecer, e disso nos aproveitámos para retirar-nos para os outros navios da esquadra, pois o Jequitinhonha estava arruinado. O Sr . chefe Gomensoro foi contuso cle1Jois que encalhámos e retirou-se na tarde do dia 12 para bordo elo vapor A mai;onas, bem a ·sim os doentes e feridos para o Heberibe. O fogo do segundo dia foi mais forte que o do primeiro, por estarmos com a pôpa para o lado da bateria da barranca, que, nos dominando, não con entia que estivessemos sobre a tolda. Deus guarde a V. Ex.-111m. e Exm. Sr Francisco Manoel Barrozo, chefe de divi ão e commandante da 2" divisão da esquadra imperial no Rio da Prata. Joaquhn José Pinto Capitão-tenente, commandante interino. Parle offichl do commnndante da canlwnciri BELMONTr,:: Bordo da canhoneira Belmonte, no Riaclrnelo (Paranà), em 11 de junho de 18G::i. lllm . 'e Exm. Sr . - Pessoa alguma melhor do que V. Ex., que esteve constantemente no passadiço do navio chefe, póde ser juiz do meu comportamento durante o combate que hoj e se deu entre a esquadrn paraguaya e a brazileira. Só sinto que não pode se fazer o que dc.<;ejava, })Orque depois de
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