A Guerra da triplice alliança

17 aguas do Prata uma esquadra brasileira, foi o general O ri b e forçado a leYantar o a sedio de Mont evidéo, que j á dura,·a oito anuo·, e a deixar o acampamento do Cerrito, per to da cidade . Sendo as forças de Ori be completamente desbaratadas em Las Piedras no dia 3 de out ubro de 1851, fizeram as tropas alliadas sua ent rada . sua p::itria, e obriga ndo 1nrlo o qnll lrnsh ele m3is ill uslre no p1iz a emigr.w p.wa Mon!eü déo , p'1.1T1. o Brn~il e p:.ra o C'lti lc, nfim de csc'l.p:tr ao degiwllo e :i ,,,a,zhorca. ::lão factos mui rc~c ntes, e q;.:c ail.!.c\J, csUI n.1. 1,,en.utfa tlc todos. As l alr.vras que i,rcccdiam todos os documen tos officiaes desse tempo, ató mesmo as peças diplonmt.irns, t.lefinem bem o celeb re clicLador : « Viva a Co nfede1·ação A r·gentina ! M 01·r am os selvagens unita,·ios ! » Tal era o barharo grilo ele ex1ermiH io levant:lclo por esse tyranno feroz. O projeclo f.worito ele Rosas era o qu(l ainda boje a f1g1.m todos os políticos argentinos :- absorv, r o li stado Oriental d o Uruguay e a Rcpubl:ca do P araguay, reconstruindo o antigo vice-rcinn.do hesp:i.nhol do Hio cl'l. Prab . A política internacional elo Brasil, creacla pelo p~rtülo conse rvador e principalmen1e pelo illnsLre ministro Pnnli no ele Souza, visco nde do Urugu,1y, cousi, ti 0 1. então, como ainda hojP, cm manter a independencin. dos do ns estad.os mn eiçaclos po·a ambição argenli,u . Par.:i destruir a i ndcpomlencia Llo E sL'l.do Oricnt::il enviou o clictador argentino um exercit ◊ en carregado de apoiar as prctenções ele Oribc. Uma oulra expedição se prep ir,w a contra o P araguay, e, depois el e submetlielos os d.ous p.:üzc', seria declarada a guerr,1, ao Brasil. O guverno imperial, mais eleseo,barnçad o cl~pois que em 18 b3 terminou a gueru ci, il do Hio Grnnclc do Sul, começou a preparnr-sc para destruir os , lrmos do dictador. Essa sabia política en trou a ler execu ção depois qno cm ~9 cl P. setembro de 1818 se orga11 isou o gabinete ele quo faziam parte o mru·.:i ncz de i\Iontc-Ale • gre, o visconde de Uruguay, Eusebio ele Queiroz e outros notaveis estaJistas cons en a,lorcs. As clcsin telligencins com o general Rosas, e o tom insolente que fste tomou em relação ao Imperio, começaram desde que promorntnos o reconhecimento d.o Paragttay como nação soberana e indep• nden~ por varios govern os europeus. O represent'.lnLtJ arge nli110 no Rio de J aneiro reclamou energicamente contra. este reco nhecimen to, s uslent.1nclo que o Paragun.y era uma i,rovincia rcbellath d'\ Confecl -ração, mas o governo imper ial, firm e na poli1ica que arloptar,i, con ti nuou a pres1ar todos os hons offl cios e socco1Tos a Carlos Lopez, enlfio presidente d.aqttel h republica. Ofü ciaes 1.Jrnsilciros passar,1.m-se ú Assnmpção e conslruimm as pl'imeirns forLificaçõcs tl,1 colchro liumaitá. Um d.clles foi Wil hgrnn Cahrit:i, que cm 1866 morreu de uma bala pR raguaya clcfond.cnclo o Banco ele ltapirú, conhecido Lambem por- Ilha da Reüempção, ou l lha th Vi ctoria. O governo frnncez defendb , contra Oribe e o exercito de Rosc1e, o governo legal clf\ Republica Oriental elo Uruguay, que se achava reduzido ao recinto ele l\lo nLevicléo ; mas afinal retirou o corpo ele 1ropa3 que tinha nessa praça, e reiluzio o auxilio pecuníario que prestava no governo ori ental. A com·cnção Le Pred.our, entre a França o o governo ele Buenos-Aires, poz 1ermo ti in tervençlo fr.1.nceza no Rio da Prnta. O goYerno imperhl, porém, qu e j :i em 2;:; de dezembro de 1850 celebrá l',1 um tratado de allhn a defensiva com o governo do l'an guay, declarou, pela nota cl2 1G ele 111'\l'ÇO de 18.íl , ao ministro oricnhil, que o Dnsil obstaria ~\ que a praça ele l'IIontevidéo fosse presa do genernl Oribe, log,1.r-tenenle de Rosas. Quasi ao mesmo tempo as duas províncias argentin'.1.s de Entre-Rios e Corrientcs, go1·cmaclas pelos genernes Urqu iza e Virnsoro, declarnr,un que aceit'\, am a remmci-i. elo poder supremo fei ta cm 1850 pelo dictador Ros,1~, e rcassumhm « o exercício das hculdades i ohcrcntes {i sua sober,ini'l, clelegildas no governador de Buenos-Aires para a di recção dos negocios ele J)'\Z e gu-err::1 da Confeder,1.ção. ,, Tinham-se precipit1tclo os acontecimentos: ~rn tempo de obrnr. A irritação ele Rosas chegAm ao auge, e em seus documentos ofllciacs ftllav.1-se ás escancar,ld crh gucrrn « ao inf ame gabinete do B ra::il » e ao "louco selvagem 1111 itw·io U,·quizcb. " Tamhcm no Br;i.sil a opinião publica pedi a a n.ltos brados n. guerrn á visl:. elo desprezo com que Ros'ls e Oribe h avh m tratado sempre as jusl:i.s recl;im:i.çõcs elo g,ivcrn o imperial pelos 1.Jal'haros atlenl'\clos pralicn.1los co ntm os subtlilos l>rasiloiros estabelecidos na B'l.ndn. Oriental. A excitarão tm\,a chcg,tdo n. ln\ ponto, parliculnrmenle na pro,;ioci, do Ri o Gra nde elo ul, que, em fins de 18 1\J e princípios de lt,50, o coronel da gu .. '\rth nacional Fr,incisco P edro de Abreu, bnrão ele J acuhy, reunio urn corpo de avcntu rcil'os rio-grnndenses, e, violando as ordens do govern o, burlou a vigilnncia elos commanrhnlcs ela fronteim , penetr:mdo no Est.'\clo Oriental com o fim ele exercer represn.1ins cont rn ns tropa'! de Oribe. Grncas {i aclividade que desenvolvem o governo imperial, em IS;il tínhamos no Rio dn Prata um1:1 poderosa esq uadra t\s ordens do almin nle Greenfcll, e no R io Grande do Su l estam roun itlo lod.o o no~so exercilo,nlém ela guarda nacional ela provínc ia, tJne toda eslarn em amvis. Er.:\ prt} idente dessa pro,·inicn e commnmbu!c dns armn.s o rnarech'.tl dltque ele Cax ias. Em 29 ele maio <lesse ,u,110 celehrou-so cm 1\fontevideo umn. nllianç'l oJTensiva eHtre o I mperio do Brnsil, a Republica OricntP.J do Urugu'ly e o Estado de Entre-Rios "pnr, o fim de man ter a indcpentl'3ncill eh mesma Hepublic,i Oriental, f\zonclo snhír do ternlorio desta o geneml Oribe e 11s tropns fl rgonlinas que comrnn.ndwa ( nr l. l º do convenio ) ,,. Niio hou1·0 como diz o Sr. ::-chncicler um combale do las P lcclr.1s. O mnrechnl Cax ins penet rou em setembr o de 1851 na Banch Oriental á fren te cle 20,000 bi·nsileiros e de alg uns corpos de voluntarias arienmes. O general Urqui za, com o exercito on!re-riano e Rlgun s conlingentos correntlnos o oríentaes, atravessou o Uruguay, rnarcbnnrlo eontm Oribe. Tropl\s brnsiletras desemb!\rcar,,m em Montevidéo reforçando a guarnição

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