A Guerra da triplice alliança
1(3 Aires as hostilidades . Sem declaração de guerra achavam-se o Estado Orien– tal e Buenos-Aires em estado de ho tilidades·e a lucta proseguiu de 1839 em diante em ambos os territorios nas cil'cumstancias as mais singulare , incornprehensiveis e contraclictoria. . N'e ta contenda manife tou-se toda a an imosidade de Buenos- A.ire· contra Montevicléo em via de r:.piclo floresci– mento ; facto, que em toda as luta· até no ·. os dias profunda impressão causa ao observador. Obrigado a deixar a cidade ele MonteYidéo, Ori b e a sit iava em maio ele 1842 com tropas argentinas que lhe foram con– fiadas pelo clictador Rosa s , não só do lado elo rio, por meio ele um forte bloqueio, como t ambem do lado de terra, de feyereiro de 1843 em diante. R i vera, pelo cont rario, t inha concluído uma alliança com a ' proYincias de Entre-Rios e Santa Fé revoltadas contra Buenos Ail'es, mas foi batido em 6 ele Dezembro de 1842 no Arroyo Grand e por Ori be e pelo general argentino Ur q ui z a . Separado da capital pelo as édio estabelecido por Ori b e, lançou-se Rivera sobre o t erritorio argentino e pelejou pelos centralistas ( unitarios ) con tra os federalista· capitaneados por Orib e e Urquiza até que batido completamente por .estes, em 27 de março de 1848, perto de I n cl i a Mu e r ta, t eYe ele refugiar-se no Bra il. Ahi não encontrou apoio algum, porque a Regencia que governaya em nome do jo.-en Imperador D. P e dro II (1), nenhum desejo tinha ele envolver- se nas questões domest icas elo e:;tado vi inho, cujas feridas lhe exhauriam a Yida. enclo Suar e z eleito presidente em 1843 (2.) para succeder a O ri b e, t eve ele u:; tentar uma dupla lu ta não só contra Oribe corno contra Rivera . Na Yerdacleem 1846 . ,.-oltou R i vera do Bra il para st1a patria, por lhe parecer ensejo favorarnl par a uma r evolução em Montevidéo; foi, porém, em 27 ele janeiro ele 1847, completamente batido no Sa 1to , e ele isti u el e noYas agitações, vivendo até 1853 arredado da . cena política . Em vez <la guerra civil teve o pre idente S u ar e z (3) ele lutar com Buenos- Aire"', e esta luta, sem as umir até o anuo ele 1851 grandes proporções, não deixou todavia de cançar o paiz. r~o haYendo esperança de conquistar a paz pelas armas, ficou fóra de toda a duvida r1ue Bueno -Aires só tinha em mira paralysar a futura riYal. As cousas só tomaram uma feição farnraYel ao Estado Oriental quando o general argentino Ur qui z a, governador da proYincia de Ent re-Rio·, se separou de Ro s a , pL'e iclente ela Confederação, e recorreu às armas. O Estado Oriental voltou-. e então para o Brazil e achou apoio, pois tratam - se rle expellir o tigre do Prata, como chamava o povo ao sanguinario rlespota Ro s as . Celebrou- se em 29 de maio de 1851 uma tripl ice alliança entre o E tado Oriental, o Braz il e · Entre- Rios, cm Yirtude ela qual U r q ui z a, com os -entre- riano. e correntinos, e o gener al conde de Ca xi a s, à frente ele um exerci Lo brasileiro, in.-adirarn o E;;taclo Oriental (4). Com elles uniu- e o general oriental Garzon, e apparecendo nas (1 ) Em 1843 já tinha ce3sado o governo da Regenci9. (2) Suarez occuoou a presidencia da Republica como v ice-p1·esiden te (era presidente do scnndo) durnnte todo o tempo do siLio de l\íontevid óo e antes de começar este. Não foi e leito para succedcr n Oribc . Na segundn presidenci::i de Rivera mnrchundo este para a campanh a afim de dirigi r ns operações con tra Ol'ibe, Ji cou Sua1·ez em Monte vidéc t'.I frente do governo . (3) No icxlo nll em?io diz-se en adamente Ji, a,.e;:. (!l O snnguinnrio goner:i.1 Rosas governava despoli cnmenfe deslle l d35 a Confedcmção Ar~, 111inn. Eu uovcrn,i1lol' de B11enos-J\i1·es o enc<inegndo clns relações exteriores pelos tliffo l'ontcs esta los qn compunham a Confederação. Tão preciso.mos reconlnr aqui os hol'l'orosos nt!e ntad0s qno pm ti cou pm\l exterminar o p;11•ticlo 1 1 nitm·io, !lf grwdo em sangue
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