A Guerra da triplice alliança
53 que so lhe foram apresentar, cujo numero a inda não é sabido ao certo . Ao meio dia ele hontem acamparam no Passo ele Sarandy , no rio Jàguarão , passando ã tarde pa rte da r eferidas forcas para o Estado Oriental, e fi cando a outra deste lado, sem que eu saiba até este momento se pas3ou toda par a aquelle Estado por não t er ainda recebido par ticipação elas for ças que mandei de observação . Dizem, entretanto , os inimigos que v~o_a Bagé. Estou informado pelo cidadão Mar cos ela Porciuncula, que foi apns10- nacl o pelas ditas fo rças no acto da invasão da linha, no rio Jaguarão , sendo hontem solto no dito Passo de Sarandy , bem como por out ras pe oas e pôr algu ns desertores do inimigo que se me têm apr esentado, que a columna de i\fufioz é superior a 1.500 homens. Ti rnram 4 mor tos e 6 fe– ri dos, segunda as informações referidas, - e nó l morto e 5 fe ridos, sendo rle ·tes ultimos o majo r reformado Anacleto Ferr eira Po r to e 1 t enente do corpo n. 15, aquell e gravemente . E' quanto tem occorrido até esta data . Deus guarde á V. Ex. - Quartol do commando da guarnição e fron– teira do Jaguarão, na cidade de Jaguarão , 29 de Janeiro de 1865. l\'Ianoe l P e r e ira 'Varg as, Coronel. E .r;t1·aclos cio o(!icio de 3 l de Janeiro elo p1·csiden1e ela p i ovincia ao m,inisli·o ela gue1 i·a: .... . . Nenhum auxil io 1,odia eu prestar de prompto . Par a defesa ri a fronteira e cidade de Jaguarão estavam organi ·adas e armado dous corpos de carnllaria de gua rda nacional, o 15° proYi orio e o 28" com um effectivo ele mais de 50 ) pr aç as , segundo o, rnappas que ultima– mente havia r ecebido. Dentro da cidade havia._100 praça do infantaria ela gua rda nacional e armamento para mai outras 100. Os dous va– por es de guer ra .,lpa e Cachoeira la se achaYam, e uas r espectivas guarn ições, com quanto pequenas, podiam tambem auxilar a defe ·a da cidade . . . . . O presidrnte repete as noticins constantes dos ires oíl:icios do comm an<lante do Jagua– ri'io e diz que forças nossas, chegadas do vnrios ponto~, perrngu iam o inimigo. Accresceuta o seguinte : Devo ele concluir communicando a V. Ex. que houve muito ent hu– si.asmo na guarda nacional do municipio de Jaguarão, Pi ratinim e Pelofas ; que :fizer am- se promptas reuniões pa ra ma rchar em auxilio da cidade sitiada, e i o inimigo nàO se retira t ão apre sadamente, levava nece ·aria– mente uma gra nde lirão, que haYh de punil-o·· pela sua temeridade . .. . A's ordens general do Basilio Muõoz serviam o co onel Aparício a Angelo Muniz. Veja-se sobre estes factos o cap. II, nota 4"' pag. 59. O plenipotenciarío brazileiro pedio lrgo informacõcs á presid1:m cia do Rio Grande do Sul sob're os attentados attribuidos ás forças ~e Mu iicz, mas essas informações não appa– receram e os nossos documentos officiaes (offietos do presidente ela província, do coronel Va•gas e do general Lopo Boteiho) só falla 1ú no saqueio de algumas casas, roubo de ca– vallos e escravos (Vej. o folh eto A convenção de 20 de Fei:erei,·o etc., pag. 'i5 e 171 da segunda parle). Camparem-se estrs factos com os hediondos cl'imes praticados mezes depois no territorio da mesma provi ncia de S. Pedro do Sul pelas tropas paroguayas de Esti– garribia 1 Nno obstante _a falta de informações, o plenipotenciario brazíl ciro promovia a prisão e punição de l\1unoz e Aparício, antes de receber o decreto de sua exoneração. O governo oriental era o primeiro a reconhecer que os crimes communs ficavam exceptuados da amnistia, e em 12 de Março renovou suas ordens para a captura ({esse$ dou chefe~. os
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